Centro de Diretos Humanos da UFRN atende vítimas de intolerância política

Oos relatos de casos de agressão foram divulgados nas redes sociais e algumas instituições, como a UFRN e IFRN, se pronunciaram sobre ataques sofridos em seus campi
José Aldenir / Agora Imagens
UFRN publicou nota repudiando os casos de violência dentro do campus universitário

Faltando menos de duas semanas para o segundo turno das eleições 2018, a Ouvidoria do Ministério dos Direitos Humanos já recebeu 38 denúncias de agressões por discordância política envolvendo as eleições presidenciais. Aqui, no Rio Grande do Norte, os relatos de casos de agressão foram divulgados nas redes sociais e algumas instituições, como a UFRN e IFRN, se pronunciaram sobre ataques sofridos em seus campi.

Na UFRN, o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDHMD/UFRN) da instituição se ofereceu para atender vítimas desse tipo de violência. “Nós temos uma equipe multidisciplinar composta por mim, uma assistente social e um advogado, além dos estagiários. Estamos abertos para receber essas pessoas e estamos tentando mapear os casos”, completou Luana Cabral, psicóloga do CRDHMD.

Segundo ela, tanto a pessoa que sofreu as agressões como as pessoas que ouviu algum relato podem denunciar os casos no Centro. “Ao saber do que se trata, vemos quem participa do atendimento, identificamos os encaminhamentos e articulações que precisam ser feitos e damos suporte”, explica a psicóloga.

Na nota, a Universidade repudiou os casos de violência dentro do campus universitário e reiterou sua postura de “defesa da pluralidade de pensamento e de respeito às liberdades políticas e individuais”. Por fim, a UFRN declarou que “como instituição federal de ensino superior pública, gratuita, autônoma e de qualidade, adotará todas as medidas legais cabíveis para coibir que atos de violência se repitam no âmbito da Instituição, da mesma forma em que manterá sua postura incondicional de defesa da Democracia e contra todo tipo de preconceito e discriminação em nosso país”.

Já o IFRN se posicionou em “defesa das diferenças e direitos de expressão garantidos pela democracia” e demonstrou solidariedade para com os casos que aconteceram na UFRN. Além disso, a instituição lamentou “os casos de violência física e moral sofridos por qualquer cidadão e aponta o diálogo e a educação como caminhos para superar o momento de tensão e construir um país com mais inclusão e democracia”.

Em casos de agressões físicas ou morais ligados a qualquer tipo de intolerância, a Polícia Civil informou que as vítimas devem se dirigir às delegacias distritais para o registro da ocorrência.