A disparada do dólar desencadeou uma reação coordenada do governo nesta quarta-feira, 21, obrigando a presidente Dilma Rousseff a convocar ministros de várias Pastas com o objetivo de definir uma nova tática para o câmbio. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, teve de cancelar uma viagem aos Estados Unidos para permanecer em Brasília. Foi convocada para esta quinta-feira uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O objetivo do governo é traçar uma nova tática para a alta do dólar. Não há como impedir totalmente a disparada da divisa, pois se trata de um realinhamento global de investidores. Desde o início da crise, o Federal Reserve, o banco central americano, recompra títulos da dívida dos EUA e outros papéis. Esse programa está terminando e vai levar bilhões de dólares de volta aos Estados Unidos.
A presidente debateu o assunto pela manhã com os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e com a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster. Ficou acertado que a petroleira deve receber mais um reajuste nos preços do óleo diesel e da gasolina. A estatal compra combustíveis lá fora a preços internacionais e vende no País a um valor menor. A situação, que prejudica a empresa há anos, ficou mais delicada com a escalada da moeda americana, que nesta quarta fechou a R$ 2,436, a maior cotação desde março de 2009.
Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, discutia parâmetros do Orçamento. Ao longo do dia, o BC ofereceu ao mercado US$ 1,774 bilhão em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.
Fonte: Uol.
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