O protecionismo da seleção dos EUA

Ainda não entendeu o porquê da seleção americana, diferente das demais seleções, não está interagindo com as populações locais das cidades-sede? Simples. A Guerra ao Terror, deslanchada em 2001 pelo então presidente americano George W. Bush.

Desde então a National Security Agency (NSA) ficou responsável por reger boa parte da vida americana e, como revelou Edward Snowden, de bisbilhotar o resto do mundo. Entre os múltiplos desdobramentos da nova ordem, a NSA também passou a operar como se todo cidadão representando os Estados Unidos no exterior pudesse vir a ser alvo de um potencial ataque inimigo.

Isso explica toda a proteção reservada à seleção comandada pelo técnico alemão Jürgen Klinsmann, que conta com o mais forte aparato de segurança entre os 32 países representados no Mundial. Inclusive, todas as simulações de ataque terrorista e de atentados com armas químicas ou radioativas feitas antes do início do mundial aqui em Natal fazem parte do protocolo de todo grande evento desde essa declaração da guerra ao terror.

Conclusão: essa guerra ao terror, além de ter promovido e criado um Iraque terrorista, com povos radicalmente islâmicos, cria esse mal estar por onde passa. Agora na Copa do Mundo, quem não está informado desse protocolo dos grandes eventos, fica com a impressão da seleção dos EUA se achar superior, ser um povo sem empatia, quando na verdade só estão cumprindo tabela.

Os EUA foram a primeira seleção a treinar no Brasil para o Mundial de 2014 | Foto: Divulgação
Os EUA foram a primeira seleção a treinar no Brasil para o Mundial de 2014 | Foto: Divulgação