Saúde apresenta relatório sobre ações na Câmara de Natal

O secretário de Saúde de Natal, Luiz Roberto Fonseca, apresentou, nesta segunda-feira (14), o relatório dos resultados do segundo quadrimestre de 2016 em audiência pública na Câmara Municipal. A prestação de contas aos parlamentares e à população é prevista em lei. Conforme o titular da pasta, até o período em questão o setor obteve uma receita de R$ 757 milhões; mais de 90% dos recursos foram gastos com a folha de pagamento de pessoal.

“Temos o planejamento como ferramenta estratégica, porque facilita os processos de tomada de decisões, aperfeiçoa os instrumentos de cálculo e previsão das ações e confere mais transparência à gestão”, pontuou o secretário Luiz Roberto Fonseca. “Natal é a quinta capital que mais aplica investimentos próprios na saúde. Administrar uma estrutura com mais de 7.800 funcionários é um imenso desafio”, avaliou.

Segundo ele, os esforços para otimizar recursos esbarram na sobrecarga da rede municipal por atender pacientes de outras cidades do Rio Grande do Norte. “O relatório foi bem feito, rico em detalhes, empenhado em mostrar a realidade. Eu já venho acompanhando a saúde pública de Natal há anos. Por isso, digo com segurança que poderíamos ter muito mais se não tivéssemos a pressão causada pelo atendimento à demanda de outros municípios. O que nós queremos é a participação maior dos governos federal e estadual nas contrapartidas, tanto para organizar as regionais do estado, como para ajudar a capital”.

Na ocasião, Luiz Roberto anunciou que estará deixando a Secretaria de Saúde no final deste mês, após dois anos e meio de serviços prestados ao Município. O cansaço físico e mental foi o motivo para entregar o cargo. “É uma decisão que eu já tinha em mente desde o final do ano passado. Porém, adiei alguns meses para concluir alguns projetos que estavam em andamento. Acredito que cumpri a missão e agora pretendo voltar para minha rotina de médico”, explicou o secretário.

Por sua vez, o presidente da Comissão de Saúde, vereador Fernando Lucena (PT), informou que encaminhará R$ 100 mil provenientes do orçamento impositivo para a estruturação de um posto de saúde nas comunidades de Petrópolis, Praia do Meio e Alto do Juruá. “O vereador Ubaldo Fernandes (PMDB) também vai colaborar com a liberação de R$ 50 mil. Trata-se de uma antiga reivindicação dos moradores daquela região que sofre a dificuldade em conseguir atendimento”, destacou Lucena, que lamentou a saída de Luiz Roberto Fonseca do comando da SMS.

“Reconheço a qualidade do trabalho que o médico Luiz Roberto desenvolve à frente da Secretaria de Saúde. Um homem trabalhador, competente e dinâmico. Espero que venha alguém que tenha capacidade de continuar as ações. Coma crise econômica muitas pessoas que tinham plano de saúde migraram para o SUS, fato que sobrecarregou a rede municipal. Todavia, o secretário e sua equipe conseguiram fazer mais com menos. Não tenho dúvidas que o desempenho dele na Secretaria representa um oásis de excelência em meio à imensidão de incompetência da gestão do prefeito Carlos Eduardo Alves”, acrescentou.

A vereadora Carla Dickson (PROS), falou que o secretário mudou a realidade da saúde em Natal. “Ele inaugurou duas UPAs, reformou 40 postos de saúde, criou o primeiro hospital municipal da nossa cidade, realizou o concurso público para agentes de endemias, investiu na formação continuada dos profissionais da saúde, entre outras conquistas. Pessoa íntegra e batalhadora. Vai fazer falta!”.

Comissão de Educação

Enquanto isso, no gabinete da presidência, a Comissão de Educação realizou uma reunião para discutir a elaboração do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLB). O documento foi enviado pelo Executivo para o Legislativo, que no momento tramita na Comissão de Justiça da Casa. Entretanto, a vereadora Eleika Bezerra (PSL) apontou falhas na redação, haja vista que as conclusões retiradas dos debates promovidos pela Câmara junto com especialistas, artistas e movimentos sociais não foram consideradas no texto.

“Diante disso, vamos convidar a Funcarte para um encontro no dia 29 de agosto, a fim de encontrar uma solução para o impasse. A Comissão de Cultura também deverá estar presente. Ora, foram audiências públicas, congressos, simpósios, reuniões, estudos etc., para a prefeitura simplesmente ignorar tudo? Não, isso não pode acontecer. Então, vamos sentar e conversar para que o projeto fique alinhado com as contribuições oferecidas por professores e intelectuais que entendem de livro e leitura”, disse Eleika, presidente da Comissão de Educação.