Trump diz que não ouviu gravação sobre assassinato de Khashoggi

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não ouviu a gravação feita pelo serviço de inteligência da Turquia sobre a morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul.

A emissora “Fox News” antecipou trechos de uma entrevista com o presidente que vai ao ar hoje. Perguntado sobre a gravação pelo jornalista Chris Wallace, Trump responde que foi informado da existência do áudio, mas que não o ouviu.

Trump descreveu o áudio como uma “gravação de sofrimento” e disse que o aconselharam a não ouvi-lo.

“Impusemos sanções muito fortes, sanções maciças contra um grande grupo de pessoas da Arábia Saudita”, indicou o presidente. “Mas, ao mesmo tempo, eles são nossos aliados e quero permanecer com um aliado que, de várias formas, foi muito bom”, continuou.

Khashoggi foi assassinado por um grupo de agentes da Arábia Saudita, alguns deles próximos ao príncipe herdeiro ao trono do país, Mohammed bin Salman. Eles esperavam o jornalista no consulado saudita em Istambul, onde o profissional, crítico ao governo, pegaria documentos para se casar com uma mulher turca.

A Turquia repassou para vários países as gravações de áudio e as transcrições relativas ao que ocorreu dentro do consulado. O jornal “The New York Times” afirmou que o conteúdo também foi enviado para a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA).

Trump conversou ontem com a diretora da CIA, Gina Haspel, após informações divulgadas pela imprensa americana de que a agência concluiu que o príncipe herdeiro ordenou o assassinato de Khashoggi.

Depois da conversa, Trump afirmou que a CIA ainda não chegou a conclusões porque ainda é muito cedo para fazer essas afirmações. Segundo ele, o governo terá um relatório completo até a próxima terça-feira sobre a autoria do assassinato do jornalista.

Além disso, o presidente americano falou na entrevista à “Fox News” sobre o conflito no Iêmen, no qual os EUA apoiam a coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita no combate aos rebeldes houthis, que tem o respaldo do governo do Irã.

“Precisam de duas pessoas para (dançar) um tango. Quero que a Arábia Saudita pare, mas também quero que o Irã pare”, refletiu Trump sobre uma possível solução para a crise iemenita.