CNC: Confiança do empresário do comércio cai pelo terceiro mês seguido

Fecomércio

A pesquisa mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que mede o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) apresentou, em junho, a terceira queda seguida, recuando para 118,3 pontos, menos 1,7% em relação a maio de 2019. Apesar de, na variação anual, o índice ter aumentado 8,5%, em relação ao mesmo período de 2018, o resultado reflete um cenário com perspectivas menos favoráveis para o setor e para a economia do que as previstas no início do ano, levando a Confederação a revisar suas projeções de crescimento do varejo em 2019.

“Os empresários do comércio estão mais cautelosos do que no início do ano, pois o aumento das vendas ficou aquém do esperado, com a economia ainda em ritmo lento. Temos confiança que o ambiente de negócios tende a melhorar, principalmente com a aprovação da reforma da Previdência, mas, por enquanto, estamos revendo as expectativas do setor para 2019”, disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Subíndices

Conforme mostra o Icec, o atual cenário da economia influenciou negativamente os três subíndices avaliados. O que mede a percepção do empresário do comércio em relação às condições atuais da economia teve queda de 5,1%. As recentes frustrações quanto à retomada do ritmo de crescimento econômico também se converteram em um menor grau de otimismo em relação ao futuro, levando a uma queda de 0,5% no subíndice que mede as expectativas do empresário, mesma variação mensal no subíndice que mede as intenções de investimento.

Como resultado, a CNC está revisando de 23,3 mil para 6,8 mil sua estimativa de abertura líquida de estabelecimentos comerciais em 2019. O início de ano mais fraco do que o esperado no varejo, a lentidão na reativação do mercado de trabalho e a taxa de juros em tendência de alta também levaram a Confederação a reduzir, entre janeiro e junho deste ano, sua expectativa quanto à variação das vendas do varejo ampliado, em 2019, de +6,0% para +4,5%. Para o PIB deste ano, a entidade reduziu sua projeção de +2,6% para +0,9%.