Coronavírus: Bancos podem prorrogar pagamento de dívidas

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A lei está publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira e começa a valer em 90 dias
A iniciativa conjunta é do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander Pilar Olivares/Reuters/Reuters

Os maiores bancos brasileiros anunciaram, nesta segunda-feira, 16, que estão abertos a prorrogar, por até 60 dias, os pagamentos de dívidas das pessoas físicas e micro e pequenas empresas. A medida é uma reação do setor ao efeito do coronavírus e vale apenas para os empréstimos que estão sendo pagos em dia. A iniciativa conjunta é do Banco do BrasilBradescoCaixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander que afirmam estarem “abertos e comprometidos em atender pedidos de prorrogação, por 60 dias dos pagamentos de dívidas”. As informações são da consultoria Arko Advice.

Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou nesta segunda-feira, 16,  medidas para ajudar a economia brasileira a enfrentar os efeitos adversos da epidemia de Covid-19, causada pelo novo coronavírus. A decisão permite que os bancos facilitem a renegociação de dívidas de pessoas físicas e jurídicas e aumentem a capacidade de utilização do seu capital.

A primeira medida facilita a renegociação de operações de créditos de empresas e de famílias que possuem boa capacidade financeira e mantêm operações regulares e adimplentes ativas, permitindo ajustes de seus fluxos de caixa. Na prática,  a medida dispensa os bancos de aumentarem o provisionamento (recursos que têm de ser mantidos em caixa para o caso de eventuais perdas) no caso de renegociação de operações de crédito a ser realizadas nos próximos 6 meses. Com isso, o Banco Central estima que aproximadamente 3,2 trilhões de reais de créditos podem se beneficiar dessa medida, que depende das partes envolvidas.