Preços do petróleo desabam neste domingo e tem maior queda diária desde 1991

G1

Campo de petróleo em Vaudoy-en-Brie, na França — Foto: Christian Hartmann/Reuters
 Foto: Christian Hartmann/Reuters

Os contratos do petróleo recuavam mais 20% na noite deste domingo (8), na maior queda diária desde 1991, depois que a Arábia Saudita cortou o valor de venda do barril e indicou o início de uma guerra de preços.

A decisão da Arábia Saudita vem na esteira do fracasso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre o tamanho da produção de petróleo.

Por volta das 21h (horário de Brasília), o petróleo do tipo Brent cedia US$ 9,57, ou 21,14%, cotado a US$ 35,70 o barril. Já o WTI recuava US$ 8,75, ou 21,2%, a US$ 32,53 o barril.

Na abertura dos negócios no mercado asiático, o preço do petróleo do tipo Brent chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991).

Segundo a Reuters, a Arábia Saudita planeja aumentar a produção de petróleo acima de 10 milhões de barris por dia (bpd) em abril, após o atual acordo para restringir a produção entre a Opep e a Rússia – conhecida como OPEP + – expirar no final de março.

A Arábia Saudita também reduziu o preço oficial de venda do barril para abril entre US$ 6 e US$ 8 dólar o barril.

A Rússia se opôs ao corte de produção sugeridos pela Opep para estabilizar os preços da commodity em meio à epidemia de coronavírus, que desacelera a economia global e afeta a demanda por energia.