G1: RN tem 65 mil pessoas afastadas do trabalho por causa da pandemia, diz IBGE

Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19 de setembro. Em agosto, esse número era de 84 mil.

Mauro Pimentel

O número de pessoas afastadas do trabalho para ficarem em distanciamento social diminuiu no Rio Grande do Norte. Ao todo, 65 mil trabalhadores permaneceram fora do cargos no mês de setembro no estado.

O dado está na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, divulgada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número tem caído desde maio, quando começou a pesquisa. No mês anterior, agosto, esse número era de 84 mil. Em julho, eram 140 mil trabalhadores. Em maio, na maior marca, 272 mil pessoas estavam nessa condição.

Segundo o IBGE, esses trabalhadores são apenas os que estão afastados oficialmente dos cargos do trabalho, seja com remuneração ou não. Os funcionários em home office não integram esse grupo.

Apesar da diminuição, esse número de trabalhadores afastados em função da pandemia representa 5,5% das pessoas ocupadas no RN. Essa é a segunda maior proporção entre os estados do Nordeste e uma das cinco maiores do Brasil.

Na região Nordeste, são 773 mil trabalhadores afastados – 4,2% da população ocupada. No Brasil, 3,6% da população ocupada estavam nessa condição em setembro, ou seja, 3 milhões de pessoas.

238 mil desocupados

O Rio Grande do Norte também registrou no mês de setembro 238 mil pessoas desocupadas – termo dado àquelas que buscam emprego, mas não encontram. A taxa de desocupação é de 16,8%, número estável em comparação ao mês de agosto. A taxa é considerada “alta” pelo IBGE.

Também permaneceram estáveis no mês de setembro no RN a informalidade, a média de rendimento proveniente de auxílios emergenciais governamentais e o percentual dos domicílios que receberam auxílios emergenciais governamentais.

População testada contra Covid-19

Segundo o IBGE, 10,7% da população do RN fez teste para Covid-19, o que representa 377 mil pessoas. O estado está ao lado da Paraíba e da Bahia com a terceira maior testagem do Nordeste. Apenas Piauí (17%) e Sergipe (12%) testaram mais, proporcionalmente, a própria população.

Desse total de testados, 36% têm rendimento médio real entre meio salário mínimo a menos de um salário mínimo. Já as pessoas com rendimento médio de quatro ou mais salários mínimos representam 9,4% – a menor parte dos testados.

PNAD

Elaborada para acompanhar o período de pandemia, a PNAD Covid-19 apresenta dados sobre saúde, trabalho e outros tópicos relacionados ao período. Mensalmente, o IBGE divulga os resultados da pesquisa para Brasil, grandes regiões e unidades da federação.