Dia: 25 de julho de 2024
Julho verde: Pesquisa clínica é uma importante aliada no combate ao câncer de cabeça e pescoço
Só em 2019, o câncer de cabeça e pescoço foi o responsável por mais de 20 mil mortes no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca)
Com o objetivo de conscientizar a população sobre as causas e tratamentos do câncer de cabeça e pescoço, a Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG Brasil) criou a campanha Julho Verde. Durante esse período, ações, eventos e palestras sobre o assunto ocorrem por todo o país. A expressão câncer de cabeça na verdade é um termo genérico para tumores localizados em algum órgão da face e sistema respiratório como olho, gengiva, boca e nariz.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), só em 2019, o câncer de cabeça e pescoço foi o responsável por mais de 20 mil mortes no Brasil.
Apesar da possibilidade de cura ser bastante alta no estágio inicial da doença, muitas vezes os sintomas são ignorados pelos pacientes, que procuram um médico quando a doença já está em um estágio avançado. Aproximadamente 76% dos casos são diagnosticados em estágios já avançados.
Entre os principais sintomas do câncer de cabeça e pescoço estão lesões nos lábios e garganta que não cicatrizam no período de duas semanas, voz anasalada e dor na hora de engolir um alimento. Cigarro, álcool, praticar sexo oral sem preservativo e exposição solar prolongada sem protetor solar são alguns fatores de risco. Ficar atento aos sinais da doença, fazer exames preventivos e a não exposição aos fatores de risco são algumas formas de prevenção ao câncer de cabeça e pescoço.
“Uma importante aliada também na busca por novas opções de tratamentos para o câncer de cabeça e pescoço é a pesquisa clínica, já que os tratamentos modernos e as novas opções de medicamentos para tratar essa doença são obtidos a partir dela”, explica Fernando de Rezende Francisco, Gerente Executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (ABRACRO). A pesquisa clínica é quando são feitos testes em humanos para identificar se o medicamento ou tratamento em questão é seguro e também se ele é eficaz.
Para que um estudo clínico seja realizado no Brasil, é necessário passar por um processo de avaliação e aprovação regulatória pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e ética pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). O voluntário que participa dos estudos recebe todo tipo de apoio e assistência ao longo das etapas, e caso queira deixar o estudo, ele pode fazer isso a qualquer momento.
“O câncer de cabeça e pescoço atinge grande parte da população, então é extremamente importante que estudos clínicos sejam realizados com frequência para descobrir novas opções de tratamentos e também conseguir avanço científico no combate ao câncer”, afirma Francisco. O paciente que participa dos estudos clínicos, além de contribuir para que novos tratamentos sejam disponibilizados para tratar diferentes doenças, ele ainda consegue utilizar um medicamento inovador e que ainda não está disponível no mercado.
Em muitos casos, há desoneração do SUS, Sistema Único de Saúde, com a realização de estudos clínicos patrocinados. Os pacientes que estavam em tratamento, ou na fila para tratamento, em serviços públicos de saúde e ingressam nos estudos também deixam de receber o tratamento público e passam a receber o tratamento de uma fonte financiadora privada (dentro do ambiente de estudo).
“O voluntário que participa de uma pesquisa clínica recebe assistência completa do início ao fim, ou seja, qualquer dúvida ele pode acionar os profissionais que estão por trás dos estudos, ele é acompanhado e monitorado bem de perto pela equipe médica, e esse voluntário ainda está contribuindo para que pessoas com a mesma doença que ele consigam ter qualidade de vida”, declara Francisco.
Sobre a ABRACRO
A Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica é responsável pela grande mudança na reputação dessa área tão importante para a saúde no Brasil. Há 17 anos, ela representa as ORPCs (Organizações Representativas de Pesquisa Clínica) e contribui para a melhoria dos processos e atividades do setor. Hoje, são fonte para os órgãos reguladores do setor que, pela rigidez dos processos e questões éticas, muitas vezes a consulta antes da publicação de uma nova norma. A ABRACRO também realiza eventos e workshops para aproximar o paciente e o público leigo dos profissionais da área.
Jornalista Idyane França lança livro nesta quinta (25), no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha
O livro Revelia, escrito na pandemia pela jornalista Idyane França, será lançado dentro da programação Julho das Pretas do Coletivo Mulherio das Letras Zila Mamede
Revelia é escrito por uma jovem mulher, negra, socialmente à margem, como ela mesma descreve na sua apresentação da obra, que grita ao mundo o seu inconformismo, a sua rebeldia, a sua liberdade de querer e amar, o processo não se sujeitar e se ajustar, ou da busca por aprovação de outros, sentimentos que fazem parte dela mesmo e de todos nós.
Essa é a síntese deste livro de poemas de Idyane França, que em dado momento quase se torna um manifesto, e que será lançado na próxima quinta-feira, 25, às 18h, dentro da programação do tradicionalmente potente Julho das Pretas, evento organizado pelo coletivo Mulherio das Letras Zila Mamede, que inclui muita literatura, poesia e música, no Mahalila Café e Livros.
Escrita em 2020, em plena pandemia do COVID-19, a obra conta com o prefácio da doutora em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo, mestre em Literatura Portuguesa pela PUC-RJ e pesquisadora do CNPq, Constância Lima Duarte.
A autora explica que o livro foi a forma que ela encontrou para manter sua sanidade mental no período da pandemia e que o mesmo traz um paradoxo entre o indivíduo e o coletivo e que é neste limiar entre o indivíduo e o coletivo, que Revelia se mostra.
“Ao me descrever, talvez esteja também lhe descrevendo em algo. Então, Revelia não seria mais somente sobre mim. Seria sobre nós. Seria sobre coisas que sentimos, mas que não ousamos falar. Seria sobre o quanto, por vezes, nos sentimos deslocados no mundo. Ou sobre as nossas escolhas que estão sempre sob a supervisão de alguém. Que sempre precisamos provar algo. Seria sobre o cansaço. Sobre a ideia do fracasso que tanto nos atormenta. Sobre o desejo. Sim, o desejo! Todos os desejos que reprimimos. O desejo de sermos quem somos”, afirma a poeta na apresentação do livro.
Editado pela JV Publicações, o livro possui ilustrações feitas pela própria escritora que trazem desde traços minimalistas a aquareladas explosões de sentimentos.
Julho das Pretas
Além do lançamento de Revelia, que será seguido por um bate-papo com a escritora mediado pela poeta Iatamyra Rocha Freire, a programação do evento também contará com uma abertura sobre o dia 25 de julho, que é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, o Sarau das Pretas com um recital poético com integrantes do Mulherio das Letras Zila Mamede e o show da cantora Analuh Soares.
Sobre a autora
Jornalista potiguar, poeta, feminista e ativista do movimento negro, Idyane França iniciou sua carreira artística como atriz na Cia. Estalo de Teatro, participando do FEST EM CENA em 2007, com o espetáculo A Separação dos Dois Esposos de Qorpo Santo.
Jornalista pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi ganhadora do XXII Prêmio Estadual de Direitos Humanos Emmanuel Bezerra dos Santos (2016), pela Câmara Municipal de Natal/RN, juntamente com a rede de comunicação Mídia Ninja. Ao lado da também poeta potiguar, Olga Hawes, idealizou o projeto “No Olho da Onça”, que busca dar voz a poetas e artistas, ampliar a diversidade de literaturas que ocupam os espaços culturais e divulgar trabalhos feitos por mulheres que divergem da norma. Participou de 5 antologias.
Sobre o Mulherio das Letras Zila Mamede
O Mulherio das Letras é um movimento nacional de mulheres envolvidas com literatura, que existe desde 2017. São escritoras, quadrinistas, designers, ilustradoras, editoras, profissionais das letras e demais interessadas na expressão pela palavra escrita e oral. Seu objetivo é dar visibilidade ao trabalho das mulheres no mercado editorial, em colaboração umas com as outras. Sua principal articuladora e uma das idealizadoras desse movimento é a reconhecida e premiada escritora Maria Valéria Rezende, natural do estado de São Paulo, mas que reside na Paraíba desde 1976.
Presente em diversos estados brasileiros e em alguns países, tais como: Estados Unidos, Portugal e Espanha; no Rio Grande do Norte, o Mulherio das Letras tem o regional Zila Mamede, um braço desse coletivo que atua, desde dezembro de 2019, desenvolvendo diversas atividades em prol da literatura escrita por mulheres. Seu foco principal é dar visibilidade à escrita das autoras potiguares.
Dentre as atividades do Mulherio das Letras Zila Mamede, está o Julho das Pretas, cuja organização fica a cargo do NEAS – Núcleo de Estudos Auta de Souza; grupo, dentro do coletivo, que pesquisa, acolhe e incentiva a escrita das mulheres negras.
Serviço:
Lançamento “Revelia” no Julho das Pretas do Mulherio das Letras Zila Mamede
Data: 25 de julho
Horário:18h
Local: Mahalila Café e Livros (Rua Dra. Nívea Madruga, 19 – Potilândia)
Programação:
- Abertura: 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha
- Lançamento do livro “Revelia”, de Idyane França.
- Bate-papo com a poeta e mediação de Iatamyra Rocha Freire
- Sarau das Pretas – recital poético com as integrantes do Mulherio das Letras Zila Mamede
- Sessão de autógrafos
- Show de Analuh Soares
Empresa potiguar é premiada com New York Product Design Award
A Movew, empresa genuinamente potiguar e especializada em móveis planejados, foi premiada com o New York Product Design Award – premiação que reconhece os destaques mundiais no segmento de design de produto, em cerimônia realizada de forma virtual na sede da instituição em Nova York.
A peça premiada, fruto da parceria entre a marca e o Estúdio Galho, foi a mesa Rocas, inspirada nas belezas naturais do RN, em especial na imponência do Atol das Rocas. Entre os critérios avaliativos, destacam-se: forma, qualidade visual e artística, criatividade, inovação, acabamento, funcionalidade e impacto.
A escolha pelo Atol das Rocas surgiu do desejo de resgatar e homenagear esse espaço tão importante para preservação das espécies marinhas e de aves que ali se reproduzem. O propósito da marca foi mostrar que é possível produzir peças extraordinárias com robustez e regionalismo.
O Atol das Rocas é um agrupamento de ilhas vinculadas ao estado do Rio Grande do Norte, localizadas a 260 km a nordeste de Natal.
Trata-se de um dos principais biomas ecológicos do Brasil e, em razão disso, foi transformado na primeira unidade de conservação marinha do Brasil em 1979, ganhando o status de Reserva Biológica, além de ser considerado a maior colônia de aves marinhas do planeta, com cerca de 150 mil espécies. Dentre a sua rica diversidade, encontram-se peixes, aves, crustáceos, moluscos, entre outros.
Especialista afirma que redução da jornada de trabalho pode aumentar produtividade e qualidade de vida
Profissional de RH analisa benefícios, desafios e oportunidades de novo formato trabalhista que pode ser discutido no Senado ainda este ano com o PL 1.105/2023
Testada e bem sucedida em países como Holanda, Dinamarca e Alemanha, a redução da jornada de trabalho é tendência mundial e pode voltar à pauta do Senado brasileiro ainda neste ano. O assunto entra em foco com a discussão do Projeto de Lei N° 1.105/2023, que propõe alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para permitir a redução das horas trabalhadas diárias ou semanais sem diminuição da remuneração.
Para analisar os impactos dessa mudança, a especialista em RH, Gabriella Saldanha, pontua os benefícios e desafios dessa transição tanto para o profissional quanto para as empresas. “A jornada de trabalho reduzida traz para o colaborador uma melhor qualidade de vida, porque permite que ele concilie a sua vida profissional e pessoal, tendo mais tempo de descanso e para realizar atividades que o deixem renovado para o início de mais uma semana de trabalho”, avalia a profissional, que atualmente ocupa o cargo de gerente acadêmica na Estácio.
“Com isso, as empresas podem se beneficiar com o aumento da produtividade dos colaboradores, a maior qualidade nas entregas, que resulta em aumento da receita, e a diminuição da falta de pontualidade e até dos desligamentos voluntários. Outro benefício para as organizações é a diminuição de custos com consumo de energia e água, por exemplo”, diz.
Retenção de talentos e saúde mental
Quando questionada sobre a influência da jornada reduzida na retenção de talentos, Gabriella afirma que, cada vez mais, os jovens profissionais buscam por qualidade de vida. “Dessa forma, as empresas que optarem por essa redução terão mais facilidade na atração e retenção de talentos, o que diminui a rotatividade e deixa processos internos mais fluídos”, afirma.
Gabriella também menciona que a redução da jornada pode auxiliar na diminuição da incidência de doenças mentais, como a ansiedade e o burnout. “Vale salientar que no Brasil, 18,6 milhões de pessoas têm ansiedade, sendo o país mais ansioso do mundo, além de ser o país com mais pessoas diagnosticadas com depressão na América Latina. E esses são os diagnósticos que mais causam afastamento das atividades laborais”, alerta.
Desafios na transição
Atualmente, a CLT prevê um regime de tempo parcial de 30 horas semanais, enquanto a Constituição Federal estabelece uma jornada máxima de 44 horas. O PL 1.105/2023 busca regular essa diferença de 14 horas e facilitar o estabelecimento de jornadas reduzidas, como a semana de quatro dias, através de negociação entre empregadores, sindicatos e funcionários.
Gabriella expõe os desafios que as empresas podem enfrentar ao fazer a transição para uma semana de trabalho de quatro dias. “A redução da jornada de trabalho precisa ser feita com cautela, pois impactará no aumento do valor da hora trabalhada pelo colaborador, que terá reflexo nas horas extraordinárias que por ventura ele precise fazer, onerando a folha. Vale salientar que a legislação trabalhista brasileira veda a redução salarial. É importante que a redução da jornada seja feita por meio de Convenção Coletiva, para maior segurança”, opina.
Estratégias para manter a eficiência
Para garantir que a redução da jornada não comprometa a eficiência e a qualidade do trabalho, Gabriella sugere: “A primeira e maior estratégia é criar uma cultura na organização de quatro dias de trabalho. Entender como os colaboradores visualizam essa mudança, e qual o seu sentimento frente a isso, é o primeiro passo para as organizações adotarem essa nova jornada. Com o entendimento e aprovação do colaborador, como também a ‘garantia’ do seu posto de trabalho, a eficiência, eficácia e qualidade do trabalho não serão comprometidos, pelo contrário, tenderão a aumentar”.
Já quando o assunto é avaliação de resultados, Gabriella recomenda “avaliar e comparar o desempenho do colaborador entre a jornada de cinco dias e a jornada de quatro dias, para verificar se o ganho de qualidade de vida pelo empregado está se refletindo em aumento de produtividade e, consequentemente, ganho de receita para a empresa. Analisar os custos com material, energia e água também é interessante e importante para que as organizações consigam, pela série histórica, ver se existe e qual é o ganho nesse processo”.
Kit escolar: aliviando o impacto financeiro das famílias que lutam contra o câncer
Sandra Fernandes da Costa – Coordenadora Pedagógica – Casa Durval Paiva
É sabido que, o custo crescente dos materiais escolares compromete uma boa parte da vida econômica das famílias, no início do ano, independente da condição social. Pensando nessa problemática, anualmente, a Casa Durval Paiva promove a “Campanha de arrecadação de material escolar”, que acontece durante todo o mês de janeiro, com o objetivo de aliviar o impacto financeiro das famílias acolhidas, além de incentivar e reconhecer a educação como meio de transformação social.
A iniciativa visa mobilizar a sociedade norte riograndense para doarem material escolar, seja ele novo ou usado, desde que estejam em bom estado, para montar kits escolares e distribuir entre crianças e adolescentes com câncer ou doenças hematológicas crônicas, assistidos pela Instituição, que são estudantes da educação básica.
O kit escolar é composto por material básico, dentre eles, podemos citar: caderno, caneta, borrachas, lápis comum, lápis para colorir, cola, estojo de lápis, mochila, dentre outros. A entrega do kit às famílias é de fundamental importância para manutenção do vínculo escolar.
Nos últimos cinco anos, a “Campanha de arrecadação” nos possibilitou montar e distribuir 382 kits escolares, com um impacto financeiro de mais de R$ 97.000,00, contribuindo com a vida financeira de quase 400 famílias. Assim, além de proporcionar apoio prático às famílias, que enfrentam situações de adoecimento grave, como é o caso do câncer, a iniciativa alinha-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS da Agenda 2030 da ONU, contribuindo para a construção de um futuro mais igualitário e sustentável.
Para 2024, pretendemos contemplar com a campanha os 179 estudantes, que receberam o atendimento pedagógico do serviço educacional ofertado pela Casa Durval Paiva, em 2023. Com a distribuição dos kits, garantir a segurança e a igualdade educacional dos alunos em sala de aula.
Assim, o processo de aprendizagem acontece de forma clara e objetiva, sendo o material escolar um meio facilitador de ensino, entre o professor e a aprendizagem do aluno, proporcionando momentos agradáveis de aprendizagem significativa.