
Caberá às entidades privadas viabilizar uma plataforma móvel, responsável por deslocar os visitantes até o primeiro andar do Museu, sem interferir na estrutura arquitetônica do prédio histórico, mas possibilitando assim a acessibilidade exigida pelos órgãos competentes.
O acervo da Coleção Mossoroense, que conta com mais de 4 mil títulos publicados, terá, enfim, um porto seguro. O Museu Lauro da Escóssia receberá o grande acervo.
O anúncio foi feito na tarde de quarta-feira, 24, pelo prefeito Francisco José Júnior, durante reunião realizada no próprio prédio histórico, e contou com a participação de representantes do segmento privado, historiadores, vereadores e auxiliares da gestão.
Em comunicado enviado à imprensa, Francisco José Júnior ressaltou: “Uma cidade sem memória é uma cidade sem história. Encontramos, em parceria, uma solução para manter viva a Fundação Vingt-un Rosado e preservar esse acervo, que será disponibilizado para estudantes, pesquisadores e para a população em geral. Com essa decisão, nós estamos preservando a memoria, a história de Mossoró”.
Participaram da reunião, a secretária da Cultura, Isolda Dantas, acompanha de seu adjunto, Jurandi Filho, os presidentes da Fundação Vingt-un Rosado, Dix-sept Sobrinho, do Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (Sindivarejo), Michelson Frota, da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Getúlio Vale, o vereador Claudionor dos Santos, o diretor do Museu Lauro da Escóssia, Alnyr Moura, e os historiadores Kydelmir Dantas e Geraldo Maia, além de Oberi Penha, que representou a Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM).
Caberá às entidades privadas viabilizar uma plataforma móvel, responsável por deslocar os visitantes até o primeiro andar do Museu, sem interferir na estrutura arquitetônica do prédio histórico, mas possibilitando assim a acessibilidade exigida pelos órgãos competentes. O Município, em parceria com a Fundação, fará a catalogação do acervo, e será responsável pela manutenção dos títulos.
Para o médico e diretor da Coleção Mossoroense, Dix-sept Rosado Sobrinho, este é um momento importante, haja vista que a editora passa por um período delicado de sua história. “A minha responsabilidade é de quem recebeu o maior bem, o amor maior do meu pai, a sua editora, os seus livros. Não sou intelectual, mas estou dando continuidade ao legado deixado por meu pai, dando um destino melhor ao grande acervo que ele, em vida, organizou e publicou. Tenho certeza que o exemplo de meu pai, Vingt-un Rosado, serve para toda uma cidade”, disse.
Segundo Dix-sept, agora com a proposta e o espaço para a editora, até a próxima terça-feira, 30, a Coleção Mossoroense estará em novo endereço. “Vamos catalogar, outra vez, os livros. Selecionar o que deve vir, organizar tudo e nos mobilizar ainda mais. A comunidade, os pesquisadores, alunos e professores não podem ficar distantes de tão rico acervo, acervo que servirá a todos e que estará à disposição da comunidade mossoroense”, falou, explicando que, assim que forem feitos os ajustes necessários, a população terá acesso aos livros.
Para Oberi Penha, que participou das negociações representando a ACIM, esse é um momento histórico, “de valorização da nossa cultura e história, um esforço das instituições no sentido de preservar esse importante acervo. A ACIM está de parabéns por ter abraçado essa ideia e termos hoje esse compromisso firmado com a prefeitura de Mossoró”.
Fonte: Gazeta do Oeste