Cientista australiano se submete a suicídio assistido, na Suíça

O cientista australiano David Goodall, de 104 anos, morreu nesta quinta-feira (10/5), por volta das 12h30 (7h30 em Brasília) após se submeter a um procedimento de suicídio assistido. Ele viajou à Suíça, pois tal recurso foi negado em seu país, segundo a fundação Exit International.

O cientista trabalhava com pesquisas em botânica e em 2016, ainda ativo como associado no Centro de Gestão de Ecossistemas da Universidade Edith Cowen, na Austrália, foi considerado o cientista mais velho em atividade no mundo.

“Às 12h30 de hoje, o professor David Goodall, de 104 anos, morreu tranquilamente na Basileia por uma intervenção de Nembutal”, um barbitúrico sintético normalmente utilizado como sedativo, escreveu em sua conta no Twitter o médico Philip Nitschke, fundador da Exit International.

Qualidade de vida
O cientista, descrito pela fundação como seu primeiro membro, disse, nesta semana, pensar sobre esse tipo de suicídio por cerca de 20 anos, mas só cogitou para si mesmo depois da deterioração em sua qualidade de vida.

Goodall falou ainda sobre sua falta de mobilidade, restrições médicas e a lei da Austrália proibitiva para retirar a própria vida. Apesar de suas queixas, ele não sofria de nenhuma doença.

 

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