Natal diminui número de mortes no trânsito em 45%

As mortes por acidentes de trânsito no país estão em queda. Um levantamento inédito do Ministério da Saúde divulgado nesta terça-feira (18) aponta que, dos anos de 2010 a 2016, houve uma redução de 27,4% dos óbitos nas capitais do país e Natal foi a segunda capital do país com maior redução em termos percentuais.

Capital potiguar ficou atrás apenas de Aracaju na redução de mortes no trânsito

Capital potiguar ficou atrás apenas de Aracaju na redução de mortes no trânsito
De acordo com o levantamento, a capital potiguar apresentou diminuição de 45,9 % no número de mortes por acidentes do trânsito no período. Enquanto 98 pessoas vieram a óbito no trânsito da capital potiguar em 2010, em 2016 o número caiu para 53. Outras capitais que se destacaram, em termos percentuais, com grandes reduções foram Aracaju (SE), com 57,1%; Porto Velho (RO), com 43,5%; Salvador (BA), com 42,4% e Vitória (ES) com 42,1%. Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

No cenário nacional, as mortes em pedestres tiveram a maior redução (44,7%), quando comparados os mesmos anos. Os ocupantes de automóveis e os motociclistas apresentaram queda de 18% e 8%, respectivamente. A redução dos óbitos pode estar relacionada às ações de fiscalização após a Lei Seca, que neste ano completou 10 anos de vigência. Além de mudar os hábitos dos brasileiros, a lei trouxe um maior rigor na punição e no bolso de quem a desobedece, com regras mais severas para quem misturar bebida com direção.

A diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho, avalia que a diminuição das mortes no trânsito mostra que o brasileiro tem mudado, aos poucos, as atitudes, prezando cada vez mais pela segurança. “Houve um aprimoramento da Legislação, aumento na fiscalização e alguns programas estratégicos, como o Vida no Trânsito. No entanto, o número de óbitos e internações ainda preocupa, especialmente os de motociclistas. Precisamos avançar na mobilidade segura para reduzir esses números”, enfatizou Maria de Fátima Marinho.

Em 2017, os acidentes de trânsito causaram 35.036 internações ao custo de R$ 48 milhões nas capitais e no DF. O número é menor do que o de 2016, onde os acidentes registraram 37.890 internações ao custo de R$ 54 milhões.

Segunda causa de morte entre as causas externas, os acidentes de trânsito têm maior ocorrência entre os homens jovens, com idades entre 20 a 39 anos. As principais vítimas fatais são os motociclistas, seguidos pelos ocupantes de automóveis e pedestres.

Vida no trânsito
Outra estratégia que está impactando para a redução de óbitos é o Programa Vida no Trânsito. Realizado desde 2010, em parceria com estados e municípios, o Ministério da Saúde desenvolve ações para fortalecer políticas de vigilância, prevenção de lesões e mortes no trânsito e promoção da saúde. Desde a implantação, já foram investidos mais de R$ 90 milhões.

O Programa envolve a melhoria da qualificação, planejamento, monitoramento, acompanhamento e avaliação das ações com foco em dois fatores de risco nacionais: associação álcool e direção e velocidade excessiva e/ou inadequada e outros a níveis locais a depender dos resultados obtidos a partir das análises dos dados.

As ações foram iniciadas em cinco capitais: Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Palmas (TO) e Teresina (PI) e já apresentaram resultados expressivos, reduzindo em pelo menos 20% a taxa de mortalidade por acidentes de trânsito. A partir de 2012, foi implantado nas demais capitais, e em alguns municípios.  Hoje está sendo executado em cerca de 40 municípios.

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