
Quem correu aos supermercados nesta véspera de Natal para comprar ou reforçar os ingredientes da ceia sentiu uma elevação nos preços de quase tudo, em grande parte influenciados pela alta do dólar.
A farinha de trigo do empadão, por exemplo, subiu 19,65%; o bacalhau ficou 18,55% mais caro e o frango, 8,20%, afetado também pelo aumento do milho e pela quebra da safra na Argentina. A ave, normalmente uma alternativa às carnes típicas como o peru e o chester, pesou no orçamento das famílias, que deve optar este ano pela carne de perco, que ficou 8,42 mais barata, e alguns cortes de carne bovina.
Mas as altas não pararam por aí. A cebola subiu 26,99%; a batata-inglesa 10,01%; frutas nacionais, 8,41%; frango: 8,20%; maionese: 7,37%; arroz: 7,20%; azeite: 4,03%; pão de outros tipos 3,47%; vinho: 2,01%; couve: 0,28%.
Com o 20% mais caro, a importação de produtos natalinos registrou queda média de 48% na comparação com 2017 e a cesta de bens e serviços ficou 4,5% mais cara.
Por conta disso, nos três meses encerrados em novembro, as importações de diversos produtos tipicamente natalinos registraram retrações significativas. Em média, as quantidades importadas 18 produtos sazonalmente mais demandados nesta época do ano recuaram 48% em relação ao Natal de 2017.
Assim, ao que tudo indica, a ceia deste Natal será mesmo no porco. O pernil suíno registrou uma queda de 8,42% em relação ao ano passado; da mesma forma, o lombo suíno (-6,15%) e ovos (-3,41%) registraram queda de preço na comparação com o ano passado.
Na capital potiguar, os supermercados tentaram atrair os consumidores como podiam, fazendo ofertas pontuais para chamar compradores que, uma vez dentro de suas instalações, continuavam as compras, apesar dos preços pouco atrativos.
Caso que chamou a atenção foi uma rede que anunciou ofertas imbatíveis em bebidas, mas quando o consumidor ia conferir encontrava o preço anunciado por garrafas de 750 ml, no caso de uísques.