
O site Catraca Livre noticiou, esta semana, que dois importantes nomes da música nacional, o cantor Nando Reis e a cantora Pitty estão confirmados para o Festival Mada 2015, Música Alimento da Alma.
A notícia veio da própria organização do Festival Mada 2015. Através de um jogo de adivinhação nas redes sociais, o evento deu dicas para que os fãs soubessem dos participantes. O primeiro post era uma foto de um “All Star”, dica para a participação do cantor Nando Reis. E já a segunda publicação continha o símbolo presente na capa do single “Serpente”, do novo álbum da Pitty. A última era a foto de Plutão, deixando clara a confirmação de Plutão Já foi Planeta.
O encontro, sem local definido, está marcado para os dias 30 e 31 de outubro. A única certeza é que não será na área de eventos no entorno da Arena das Dunas, que está proibido de fazer shows de acordo com a organização do festival.
Pitty lançou, há pouco tempo, o single Serpente. Em seu site, comentou acerca da produção. “Lançamos o segundo videoclipe do disco novo, da música Serpente. Eu já tinha uma ideia de roteiro antes mesmo de saber que esse seria o segundo single; mas ficava tímida em comentar e também queria deixar o diretor livre caso ele tivesse uma ideia mais bacana. Decidimos filmar com o Charly Coombes, que além de diretor é um músico talentoso, e nos nossos primeiros brainstorms fui deixando a coisa rolar. Mas algo me dizia que valia a pena insistir na história do ritual, comentei e ele gostou. Começamos a formatar as ideias, e piramos em fazer uma espécie de curta. Queríamos contar uma história com começo, meio e fim; há tempos a gente não fazia um clipe mais linear”, destacou.
Segundo ela, “alguns detalhes eram de extrema importância pra mim nessa história. Que essa “seita” fosse matriarcal, que trouxesse o poder do feminino e de todas as deusas representadas em diferentes culturas, mitologia, rituais pagãos, religiões afro-brasileiras, que não fosse focada em uma única ideologia, que fosse diversa e representasse o coletivo. E que dialogasse com a nossa própria cultura folclórica, os nossos mitos da floresta. Dito isso, entendemos que teríamos que inventar o nosso próprio ritual de cura”, falou.
Durante a produção, segundo ela, “foi divertido explicar pro Charly, um americano criado na Inglaterra, sobre Curupira, Pajé, Iansã. Ele captou todas essas referências, e mais o hinduísmo, o mantra de Shiva presente na canção, mitologia greco-romana e, especificamente, Baco, o deus dos prazeres. precisávamos de um símbolo que fosse o elo entre os iniciados nessa seita inventada, e pedi pro Martin desenhar. Tínhamos essa coisa do fogo como elemento catalisador dessa junção toda. Charly estava muito empolgado em filmar o fogo e já tinha várias imagens na cabeça; as pessoas em volta, os pés, as palmas, a catarse. Precisávamos de gente para essa cena da fogueira, e fomos recrutando os amigos. Quando começamos a levantar os nomes, percebi um desequilíbrio: esta lista era majoritariamente de homens brancos. Comentei com eles e concordaram; precisávamos de mais mulheres, negros, e se desse até indio; para representar de forma mais democrática a nossa sociedade, ou pelo menos, o mundo que queremos. Pode parecer uma bobagem, mas não é: nos detalhes da arte se faz política também”, salientou.