
Marcha das Lanternas Lilases foi realizada na noite de quarta-feira, 25, em parceira com a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e o Centro Feminista 8 de Março (CF8).
Moradoras do conjunto Nova Vida e integrantes de movimentos sociais saíram em caminhada pelas ruas do bairro no final da tarde de ontem, 25, durante a Marcha das Lanternas Lilases. A mobilização, realizada pelo grupo Mulheres em Ação, foi uma das atividades que marcaram o Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres. A iniciativa é realizada há dez anos e tem como objetivo chamar a atenção da comunidade para a violência sexista.
A concentração das participantes foi na sede do grupo, de onde saíram em caminhada no final da tarde pelas ruas até a praça do Nova Vida. No local, houve falas das presentes e, em seguida, as participantes retornaram em marcha com suas lanternas acesas. “Essa data é muito importante para a gente, porque é um dia de luta contra o preconceito, contra o machismo”, disse Francisca Damasceno, que faz parte do grupo Mulheres em Ação.
Ela conta que a primeira marcha foi realizada no ano de 2005, após o assassinato de uma moradora do conjunto, vítima de violência doméstica. Na ocasião, as moradoras do bairro começaram a pensar em uma forma de alertar a sociedade sobre a questão.
Francisca Damasceno lembra que, constantemente, mulheres são agredidas, não só no bairro ou na cidade, mas em todo o país. Para se ter uma ideia da gravidade do assunto, ela informa que, só este ano, três mulheres vítimas de violência perderam suas vidas no bairro, duas delas porque seus ex-companheiros não aceitavam o fim do relacionamento. Além disso, Francisca também destaca que a situação é ainda mais grave quando se tratam das mulheres negras e pobres, que sofrem ainda mais o preconceito.
A Marcha das Lanternas Lilases também representou a culminância de uma série de oficinas que vinham sendo realizadas desde o mês passado, como informa Francisca Damasceno.
A atividade foi realizada em parceira com a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e o Centro Feminista 8 de Março (CF8). Adriana Vieira, que integra a MMM, destaca que a ação também foi continuidade de uma programação iniciada na manhã de ontem, com a abordagem da temática ‘Cidade Segura para as Mulheres’, durante um seminário. À tarde, as mulheres expuseram a realidade de medo e de violência sexista enfrentadas.
Fonte: Gazeta Do Oeste