Oito mitos e verdades sobre o Instagram

Feed cronológico reverso nãõ voltará — Foto: Carolina Oliveira/TechTudo

Feed cronológico reverso não voltará — Foto: Carolina Oliveira/TechTudo

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1. Instagram avisa quando você tira print dos Stories de alguém

Parcialmente verdade. Durante cerca de seis meses, a rede social, de fato, fez testes com a funcionalidade, que alertava aos usuários sempre que alguém salvava uma imagem sua dos Stories, como ocorre no rival Snapchat. No entanto, aparentemente, o Instagram desistiu da ideia e mesmo quem tinha acesso ao recurso deixou de ter. Em junho deste ano, o Instagram comunicou que havia finalizado o período de experimentações e que mais ninguém seria notificado caso alguém fizesse um print de uma foto ou vídeo.

2. A ordem de visualização dos Stories mostra quem vê mais vezes seu perfil

Mito. A ordem daqueles que viram os seus Stories é feita por um algoritmo que determina a posição em que eles aparecem. A a forma como esse algoritmo atua é guardada em total sigilo pelos desenvolvedore, no entanto, em entrevista ao site norte-americano The Verge, o líder de produtos do Instagram, Julian Gutman, deu algumas dicas sobre o que influencia essa aparição.

As interações na plataforma, ou seja, curtidas, comentários, mensagens diretas influenciam a ordem de vizualização. Caso o usuário assista sempre aos Stories de uma mesma pessoa ou acesse seu perfil, o algoritmo do serviço a interpreta como alguém que deve priorizar a exibição de conteúdo. As conexões no Facebook também foram indicadas por Gutman como um fator que pode determinar a exibição da carinha do seguidor, uma vez que as duas redes sociais pertencem à mesma empresa.

3. O feed em ordem cronológica vai voltar

Mito. Até 2016, o Instagram exibia no feed os posts em ordem cronológica, ou seja, as publicações mais recentes apareciam no topo. Depois disso — e até os dias de hoje —, a rede usa um algoritmo que, de acordo com a empresa, mostra o que é mais relevante para o usuário, não levando em consideração as últimas fotos e vídeos postados. Mesmo anos depois de ser lançado, o modelo de exibição continua não agradando boa parte dos usuários.

Em março, a plataforma anunciou um botão chamado “Novos Posts”, que terminaria com a atualização automática dos feeds e prometeu alterações que garantiriam que as postagens mais recentes tivessem maior probabilidade de aparecer primeiro. Entretanto, Julian Gutman afirmou, em junho, que não há qualquer intenção de retomar o modo de exibição cronológico reverso. O principal motivo, de acordo com o site Digital Trends, é que o algoritmo faz com que os usuários permaneçam mais tempo no app.

4. Os posts só alcançam 7% dos seguidores

Mito. Em junho deste ano, um rumor de que o Instagram estaria limitando as publicações feitas na rede a apenas 7% dos seguidores ganhou força. Buscando “driblar” essa possível delimitação por conta própria, usuários passaram a fazer posts com uma espécie de teste, no qual pediam para que quem visse a publicação escrevesse a palavra “sim” nos comentários. Procurada pelo site G1, a assessoria da plataforma negou a veracidade da informação e reforçou que não esconde as publicações dos perfis para os seguidores.

5. O Instagram foi criado por um brasileiro

O engenheiro brasileiro Mike Krieger é co-fundador do Instagram — Foto: Reprodução/ LinkedIn

O engenheiro brasileiro Mike Krieger é co-fundador do Instagram — Foto: Reprodução/ LinkedIn

Verdade. O brasileiro Mike Krieger é um dos criadores do app. O engenheiro de software nascido em São Paulo se mudou para os Estados Unidos em 2004, para estudar na Universidade Stanford. Convidado pelo amigo norte-americano Kevin Systrom para fazer parte de um projeto, desenvolveram juntos o Instagram. O app foi lançado em 2010 na App Store da Apple e, dois anos depois, a empresa foi adquirida pelo Facebook por US$ 1 bilhão. Na última quinta-feira (26), ambos os executivos anunciaram sua saída da companhia.

6. Hashtags só funcionam nos posts

Hashtag no Stories do Instagram — Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudo

Hashtag no Stories do Instagram — Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudo

Mito. As hashtags, ou termos escritos antecipadas pelo símbolo #, podem ser usadas em posts, comentários, Stories e mesmo na descrição do perfil. E, diferentemente do que algumas pessoas acreditam, têm a mesma eficiência independente de onde é inserida. Vale lembrar que é importante que o perfil ou a publicação sejam públicos para que possam ser encontrados por outros usuários na página de hashtag correspondente. Números são permitidos nas marcações, mas elas não funcionam com caracteres especiais. Além disso, a rede social limita a 30 a quantidade de tags por post ou comentário.

7. Os vídeos são priorizados no feed

Mito. Na tentativa de desvendar o misterioso algoritmo que comanda a ordem de aparição de posts no feed, os usuários acabam criando teorias. Uma delas é de que a exibição de vídeos seria priorizada em detrimento das fotos publicadas na rede. De acordo com porta-vozes da rede, isso não é verdade, mas pessoas que interagem mais com conteúdos do gênero, curtindo ou deixando comentários, têm maior probabilidade de vê-los.

O tipo de conteúdo não influencia na frequência em que el é exibido no feed — Foto: (Foto: Carolina Ochsendorf/ TechTudo

O tipo de conteúdo não influencia na frequência em que el é exibido no feed — Foto: (Foto: Carolina Ochsendorf/ TechTudo

Também é mito que a plataforma priorize a exibição de Stories daqueles que usam as publicações efêmeras com mais frequência ou utilizam bastante o Instagram Live. Além disso, usuários que postam demais na rede não são penalizados por overposting, como alguns acreditam. O que ocorre é que, buscando tornar o perfil mais atraente, a plataforma não exibe todas as fotos e vídeos publicados em sequência, como uma forma de não saturar os seus seguidores.

8. O Instagram ouve o que você fala

Instagram — Foto: Carolina Oliveira/TechTudo

Instagram — Foto: Carolina Oliveira/TechTudo

Mito. De acordo com o especialista em segurança cibernética Jim Stickley para o jornal Today, isso não passa de conspiração. Segundo o profissional, Instagram e Facebook (ambos pertencentes à mesma empresa) são capazes de desenvolver o perfil de cada usuário com base no que ele faz. Ou seja, cada curtida, clique em anúncios online, aplicativos instalados e mesmo atividades que não são diretamente ligadas às redes sociais (mas conectadas a parceiros) ajudam a compreender e definir as preferências. O especialista assegura que a solicitação de acesso ao microfone do dispositivo móvel é feita para a captação de áudios de vídeos que são postados na plataforma.