Projeto de Inovação Pedagógica continua promovendo melhorias no RN

Para promover sustentabilidade nas ações do Projeto de Inovação Pedagógica (PIP), que implantou um sistema de apoio pedagógico, técnico e financeiro para o desenvolvimento de propostas inovadoras de aprendizagem, o Governo do RN vem trabalhando para que esses processos educacionais sejam fortalecidos.

Ao todo, 397 escolas e 176 mil jovens foram beneficiados com a produção de pesquisas científicas e outras experiências pedagógicas exitosas que abrangeram desde componentes de cultura e arte à matemática, mídias digitais e leitura. As ações, que receberam R$ 13 milhões de investimento, continuam ativas na maioria das escolas.

No município de Currais Novos, na Escola Estadual Tristão de Barros, três turmas do Ensino Integral, da 1ª série do Ensino Médio, foram contempladas. Mais de 130 alunos desenvolveram no campo da competência matemática práticas para descomplicar a disciplina por meio de intervenções pedagógicas que exploravam a leitura e escrita, recursos manipuláveis, pesquisa de campo e uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) para proporcionar mais habilidade no desempenho desses estudantes.

“Depois que implantamos o PIP, nossos alunos desenvolveram mais a capacidade crítica, principalmente aqueles que viam a matemática como um bicho de sete cabeças. A iniciativa, que se sustenta até hoje aqui na escola, veio como um reforço para os alunos que tinham muitas dificuldades, resultando numa redução de 80% na faixa dos estudantes que apresentavam déficit de aprendizagem”, explicou o professor Lucemário Dantas, coordenador do Projeto na Tristão, destacando que a Escola recebeu, além de materiais manipuláveis, computadores e aparelhagem para laboratório.

Mostrando capacidade, lutando por seus objetivos, mantendo foco e disciplina, os alunos da 1ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Peregrino Júnior, do Conjunto Santa Catarina, em Natal, trabalharam a área da leitura. Esses estudantes conseguiram deixar para trás a realidade de lerem 0,5 livro por ano, para atingirem a marca de cinco livros.

Como parte dos produtos desta ação, lançaram – em conjunto –  o livro ‘Educar pela pesquisa – Desenvolvendo e aperfeiçoando as competências de leitura, interpretação e escrita’. A obra, com quase 50 artigos, foi produzida em sua totalidade pelos próprios estudantes.

A aluna Gláucia Lavínia, que à época participou desta experiência, disse que se pedissem para designar o PIP em uma palavra, esta seria ‘mudança’. “Foi uma mudança completa de vida, de postura, de metas e objetivos. A partir do projeto, passamos a entender que só escreveríamos bem se lêssemos muito. E assim seguimos”, contou.