Número de crianças investidoras aumenta 65% em um ano na Bolsa

ndo diversas campanhas de conscientização da população, mas é em casa que se tem a base”, diz Oliveira.

André Braz, economista do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV (Fundação Getulio Vargas), também acredita que os números da bolsa de valores mostra que a conscientização financeira vem aumentando.

Braz ressalta que abrir uma conta para menor de idade na bolsa de valores é burocrático e exige a autorização dos pais a cada investimento que será feito.

“Se houver parceria e os pais sejam os responsáveis legais pelos investimentos e saiba orientar os filhos, é muito legal”, frisa.

O economista acredita que o maior contato do jovem com o mercado financeiro, seja em casa ou nas escolas, que agora incluíram a disciplina em seu programa curricular, despertará o seu interesse para uma vida mais responsável e com mais cuidados com o dinheiro.

A medida que o jovem tem contato com o mercado financeiro ele se encanta. Descobre as possibilidades e recompensas de se ter uma vida responsável e que é preciso trabalhar e poupar para se ter conforto ao chegar na terceira idade. Você investe cedo para ganhar os retornos desse investimento mais rapidamente.

ANDRÉ BRAZ

Bráz destaca que o mundo está mudando e exigindo cada vez mais o desenvolvimento do empreendedorismo entre os jovens.

“Aquele emprego de registrar ponto, de entrar às 8h e sair às 18h, está acabando. Se você não é empreendedor, vai precisar fazer uma reserva para financiar a sua vida na terceira idade. O esforço financeiro de jovens é menor do que o de uma pessoa madura”, afirma.

O jovem, de acordo com ele, pode investir pouco dinheiro que aquele tempo que o recurso ficará aplicado trabalhará para ele.

Dia dos Pais: gerações dividem os prazeres da vida e dos negócios

“Ele tem o tempo ao seu lado enquanto uma pessoa madura terá de fazer um esforço financeiro maior para juntar mais dinheiro, renunciando ao consumo presente para financiar sua aposentadoria.”

Ainda que a reforma da Previdência estabelece que o profissional saia com mais de 60 anos do mercado de trabalho, a longevidade do brasileiro vem crescendo cada vez mais.

“Estamos vivendo cada vez mais e essa vida terá de ser financiada com o dinheiro que juntamos ao longo da vida. Quanto mais cedo começarmos a guardar, menos precisaramos sacrificar nosso consumo atual.”

Juliana Inhasz, professora de economia do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) acredita que esse movimento já vem acontecendo há tempos.

As pessoas tem tido maior exposição à informação. Isso é muito propício nessas novas gerações que se informam por meio de streaming, redes sociais (YouTube , TikTok, instagram etc) e influencers que falam sobre finanças.

JULIANA INHASZ

A professora, lembra, porém, que muitas vezes “os influencers falam de um jeito como se fosse fácil ganhar dinheiro” e acabam fazendo com que essas gerações pouco experientes caiam nessa falácia, criando uma expectativa negativa. Por isso, é preciso ter muito cuidado com o conteúdo que se acompanha na internet.

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