Segundo professor de Educação Física da UnP, o exercício físico é um dos principais aliados contra essa condição
A sarcopenia, condição caracterizada pela perda progressiva de massa muscular, força e desempenho físico, afeta principalmente pessoas com mais de 60 anos, mas pode começar a se manifestar muito antes. Segundo especialistas, o envelhecimento é o principal fator de risco, mas o sedentarismo, muitas vezes associado ao uso excessivo de telas, alimentação inadequada e doenças crônicas também contribuem para o agravamento do quadro.
De acordo com o personal Leandro Medeiros, professor do curso de Educação Física da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, a melhor forma de prevenir a sarcopenia é manter um estilo de vida ativo, aliado a uma dieta balanceada.
“A prática regular de exercícios físicos, principalmente os de força, como musculação, é essencial para preservar a massa muscular. Quanto mais cedo a pessoa começar a se movimentar, menores as chances de sofrer com os efeitos da sarcopenia no futuro”, afirma.
Além da atividade física, a alimentação desempenha um papel fundamental. A ingestão adequada de proteínas, vitaminas e minerais ajuda a manter a saúde muscular. “Não se trata apenas de comer mais, mas de comer melhor. Fontes de proteína como ovos, carnes magras, leite e derivados, além de leguminosas, devem fazer parte da rotina alimentar. Por isso, é tão importante buscar o suporte de um profissional da área da Nutrição”, orienta Leandro.
Outro ponto importante é a regularidade nas práticas saudáveis. “Não adianta fazer exercício só uma vez por semana. É a constância que traz resultados. Três a cinco vezes por semana, com acompanhamento profissional, é o ideal”, reforça.
Impactos na terceira idade
Com o avanço da sarcopenia, os impactos na vida do idoso podem ser severos: surgem dificuldades para caminhar, manter o equilíbrio, levantar da cama, tomar banho, realizar tarefas domésticas ou sair para fazer compras. Em casos mais avançados, a pessoa pode precisar do apoio de outra pessoa, bengalas ou até cadeira de rodas. Também é comum o aumento de dores corporais, provocadas não apenas pelo desgaste ósseo e articular, mas pela ausência de músculos que ajudam a estabilizar o corpo.
O diagnóstico da sarcopenia é clínico, mas pode ser confirmado por testes de força, avaliação da composição corporal e exames laboratoriais. O tratamento envolve reabilitação física, orientação nutricional e, em alguns casos, suplementação alimentar.
A prevenção, no entanto, continua sendo o melhor caminho. “O envelhecimento é inevitável, mas é possível envelhecer com autonomia e qualidade de vida. Cuidar do corpo hoje é garantir independência no futuro”, lembra o docente da UnP.