Com uma carência de mais de 6,2 milhões de domicílios, modelos construtivos mais modernos podem acelerar entregas, reduzir custos e ampliar o acesso à moradia no país
Celebrado anualmente em 21 de agosto, o Dia da Habitação é um momento para refletir sobre os desafios e caminhos possíveis para garantir o direito à moradia previsto na Constituição Federal desde 2000. Segundo dados da Fundação João Pinheiro o déficit habitacional no país chegou a cerca de 6,2 milhões de domicílios em 2022, indicando a falta de moradias adequadas para boa parte da população
O principal motivo para esse déficit, segundo o estudo, é o custo elevado do aluguel, que compromete mais de 30% da renda de 3,2 milhões de famílias. Outros fatores incluem moradias precárias, improvisadas ou com adensamento excessivo, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
Para enfrentar o problema, especialistas apontam que é preciso repensar a forma de produzir habitação no Brasil, abrindo caminho para opções modernizadas. Entre as alternativas, as construções industrializadas, como o método construtivo Steel Frame, vêm ganhando espaço por serem mais rápidas, escaláveis e sustentáveis durante a edificação.
Segundo Rubens Campos, CEO da Espaço Smart, maior ecossistema de Steel Frame da América Latina, ao trabalhar com processos padronizados e componentes industrializados, e integrar inteligência de dados desde o planejamento até a execução, a construção industrializada oferece maior previsibilidade de prazos, custos e qualidade.
“A industrialização permite reduzir o tempo de obra em até um terço, quando comparado à alvenaria convencional, sem perder qualidade. Isso abre espaço para que programas públicos e privados construam mais moradias em menos tempo, com melhor controle de orçamento e menos desperdício”, afirma Campos.
O impacto potencial não é pequeno. Estimativas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) indicam que o Brasil precisaria investir R$ 1,97 trilhão até 2033, algo em torno de R$ 197,5 bilhões por ano, para eliminar o déficit.
“O modelo construtivo industrial acelera a entrega e também oferece transparência aos processos, fator essencial quando tratamos de uma gestão pública eficiente. Com menos riscos e desperdícios, é possível ampliar o alcance dos recursos e atender ainda mais famílias”, complementa o executivo.