De acordo com especialista, “formar médicos conscientes significa despertar neles a responsabilidade de olhar para o paciente”
O Dia Mundial da Segurança do Paciente, celebrado nesta quarta-feira, 17 de setembro, é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) que busca conscientizar profissionais, instituições e a sociedade sobre a importância de reduzir riscos e prevenir danos durante o cuidado em saúde. O tema, cada vez mais presente nas políticas públicas e na prática clínica, envolve desde protocolos técnicos até a valorização da humanização no atendimento.
A data é um convite para refletir sobre os impactos que erros e falhas podem gerar na vida dos pacientes. Segundo a OMS, milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com eventos adversos evitáveis em hospitais e serviços de saúde, o que coloca a segurança como prioridade estratégica para os sistemas de saúde. Nesse contexto, fortalecer a cultura de segurança é um caminho essencial para transformar a realidade do cuidado.
Na formação médica, o debate sobre segurança do paciente representa mais que um conteúdo curricular: trata-se de um compromisso ético com a vida. A Universidade Potiguar (UnP), por meio do curso de Medicina, integrante da Inspirali, o melhor ecossistema de educação em saúde do país, tem se posicionado de forma ativa nesse movimento, inserindo discussões, práticas e metodologias que reforçam a responsabilidade dos futuros profissionais na prevenção de riscos.
A professora e coordenadora do curso de Medicina da UnP/Inspirali, Regina Venturini, destaca que a segurança do paciente é um valor que deve acompanhar os estudantes desde o início da graduação. “Mais do que dominar técnicas, formar médicos conscientes significa despertar neles a responsabilidade de olhar para o paciente em sua totalidade. A segurança envolve não apenas reduzir erros, mas também praticar uma medicina ética, empática e humanizada”, enfatiza.
Na prática, os estudantes vivenciam a humanização em diferentes cenários, desde ações de prevenção e promoção da saúde em escolas e comunidades até a participação em eventos de orientação à população. Essa experiência também se estende ao contexto ambulatorial, no Centro Integrado de Saúde (CIS) da UnP, que integra a rede SUS, e aos hospitais públicos e privados parceiros. “Esses espaços permitem que os futuros médicos aprendam a unir conhecimento técnico, comunicação clara e acolhimento como elementos fundamentais da segurança”, comenta Venturini.
Outro ponto relevante é o alinhamento da formação médica com as diretrizes internacionais. “Ao se conectar às orientações da OMS, contribuimos para inserir os estudantes em uma realidade global de boas práticas em saúde. Essa integração reforça a ideia de que a segurança do paciente não é um tema isolado, mas parte fundamental da qualidade e sustentabilidade dos serviços de saúde”, pontua a docente da UnP/Inspirali, Regina Venturini.
