COP 30: SENAI-RN participa de debate sobre protagonismo feminino na transição energética

Participação da diretora do SENAI CTGAS-ER no evento se dará na próxima quarta-feira (12) a convite do Ministério da Educação (MEC)
A diretora do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), do SENAI-RN, Amora Vieira, participa, na próxima quarta-feira (12), de debate na 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30) sobre o “Protagonismo feminino na sustentabilidade: a centralidade das mulheres na transição energética justa”.
A COP é o maior evento global das Nações Unidas dedicado a negociações sobre mudanças climáticas. A conferência começou oficialmente nesta segunda-feira (10) e segue até o dia 21, em Belém (PA), reunindo chefes de Estado, cientistas, empresários/as, representantes da ONU e da sociedade civil de mais de 170 países.
A participação da diretora se dará a convite do Ministério da Educação (MEC). “É um convite que mostra a relevância das ações que o SENAI tem desenvolvido”, diz  Amora Vieira. “Temos realizado um trabalho consistente de formação de mulheres no Rio Grande do Norte, conectado às demandas da indústria”, complementa.
A discussão sobre o protagonismo feminino será realizada durante mesa-redonda, a partir das 14h30, no estande da Unamaz – Associação de Universidades Amazônicas – na chamada “Zona Verde” da COP, espaço onde estão programadas exposições, debates, oficinas e apresentações culturais abertas ao público.
O objetivo, segundo o MEC, é mostrar como a educação profissional e tecnológica pode ser motor de transformação social, ambiental e econômica por meio do protagonismo das mulheres. Projetos do SENAI-RN nessa frente, desenvolvidos por meio do CTGAS-ER, serão apresentados pela diretora.
“É uma oportunidade que teremos de mostrar projetos implantados e reais à sociedade, com soluções mensuradas da intervenção da indústria de energias renováveis na vida das pessoas, através das ações do SENAI”, observa o diretor regional do SENAI-RN, Rodrigo Mello.
“É muito comum nesse tipo de evento se tratar de ideias, de planejamento, gerar compromissos que possam ou que devem gerar mudanças positivas, o que é, sem dúvida, importante. Mas essa oportunidade de participação do SENAI do Rio Grande Norte vai além. Porque vamos apresentar o que está feito, o que está implantado, o que gerou o impacto a ser replicado, a incentivar ou a ajustar para esse novo planejamento, para novas ações concretas”, acrescenta ele.
Também participam da mesa-redonda a professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe, Fabiana Faxina, a professora do Instituto Federal do Amapá e coordenadora da região Norte do EnergIFE, programa de eficiência energética da rede federal, Leila Cristina Nunes Ribeiro, e a professora do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – IFNMG, Campus Montes Claros, Lívia de Fátima Silva Mendes.
Mulher
A diretora do CTGAS-ER destaca a importância de incluir o papel das mulheres na pauta da Conferência. “O papel da mulher é central”, analisa Amora. “O que o SENAI tem feito é enxergar essa mulher como potência: ela busca qualificação, quer atuar no setor de energia, e nossa missão é viabilizar formação técnica e superior de qualidade para isso.”
Primeiro do Brasil a se tornar signatário do Pacto Global de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção da ONU, o SENAI-RN tem sua atuação alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que buscam, entre outros avanços, erradicar a pobreza, reduzir desigualdades, ampliar o acesso à educação de qualidade e combater as mudanças climáticas.
Desde 2021, por meio do CTGAS-ER, a instituição tem intensificado a atuação em projetos em parceria com empresas de energia para impulsionar a participação feminina em um mercado ainda predominantemente masculino.
Em 2024, o SENAI-RN recebeu o “Selo ODS Educação”, reconhecimento nacional público pela formação das primeiras mulheres especialistas do estado em operação e manutenção de parques eólicos – programa desenvolvido em parceria com a AES Brasil. Entre as ações mais recentes, no mesmo ano, iniciou um projeto com a Vestas para formar técnicos e técnicas para o setor, destinando metade das vagas a mulheres.
“Queremos mostrar ao mundo que o Brasil – e especialmente o Rio Grande do Norte – encontrou um caminho sólido de conexão entre educação e indústria para impulsionar as carreiras de mulheres”, afirma Amora. “A COP será um palco importante para apresentar nossa missão: formar pessoas e fortalecer o papel feminino na transição energética.”
A mesa-redonda, na COP, também deverá destacar iniciativas nacionais voltadas à inclusão de mulheres na economia verde, como os programas EnergIFE e Profissionais do Futuro, parceria do MEC com a agência alemã de cooperação internacional GIZ, que já capacitou mais de 3 mil mulheres e 269 docentes em energias renováveis e prevê, até 2025, a formação de 12 mil mulheres em cursos voltados à economia verde.
Outro destaque é o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens (Portaria Conjunta nº 2/2025), que estabelece a meta de 30% de participação feminina em cursos técnicos e de engenharia vinculados a projetos de energias renováveis até 2027.
De acordo com o Ministério da Educação, o encontro reunirá experiências, histórias e dados que ilustram o papel da formação técnica e tecnológica como via de acesso das mulheres às profissões verdes.
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