Samu Natal discute implementação da Lei Lucas no município

O coordenador do Serviço de Atendimento de Móvel de Urgência (Samu Natal 192), Claudio Macedo, participou na manhã desta quinta-feira (6), da reunião da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Social para uma discussão sobre a divulgação e execução da Lei Federal 13.722 de 2018, a Lei Lucas, que torna obrigatória a Capacitação em Noções Básicas de Primeiros Socorros, de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de Educação Básica e de estabelecimentos de recreação infantil.  

“O treinamento é muito importante. Isso vai deixar os filhos e os pais mais seguros, porque é muito importante a ação de primeiros socorros. Uma criança engasgada, sem poder respirar o seu coração para mais rápido do que o de adultos. Nossa função não é só salvar vida, mas também educar”, esclareceu o coordenador do Samu Natal, o médico Cláudio Macedo. 

Claudio Macedo, coordenador do Samu Natal, explica que os cursos de primeiros socorros serão ofertados anualmente, tanto para capacitação quanto para reciclagem dos profissionais já capacitados. O objetivo do treinamento é possibilitar que os professores consigam agir em situações emergenciais enquanto a assistência médica especializada não for proporcionada. 

Os cursos de primeiros socorros serão ministrados por entidades municipais ou estaduais especializadas em práticas de auxílio imediato e emergencial à população, no caso dos estabelecimentos públicos; e por profissionais habilitados, no caso dos estabelecimentos privados. A certificação dos profissionais deverá ainda ser exposta em local visível nos locais de ensino e recreação. 

O conteúdo dos treinamentos será direcionado de acordo com a faixa etária do público atendido. As instituições educacionais deverão dispor ainda de kits de primeiros socorros, conforme orientação das entidades especializadas em atendimento emergencial, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). 

QUEM FOI LUCAS?

Lucas Begalli Zamora virou notícia em todo o Brasil após morrer por asfixia durante um passeio escolar, na cidade de Campinas, em São Paulo. 

O garoto tinha apenas 10 anos e engasgou com um pedaço de salsicha, enquanto comia um cachorro-quente servido como lanche para todos os alunos. Ninguém da excursão conseguiu socorrer Lucas, que teve os primeiros sinais de morte cerebral mesmo antes da chegada do Samu. O seu falecimento ocorreu dois dias depois no hospital onde estava internado. 

Desde então a família lutava pela obrigatoriedade da capacitação de professores e auxiliares em escolas, creches e espaços recreativos para crianças.