Mês: setembro 2024
Presidente Marcelo Queiroz é homenageado na ALRN em sessão alusiva ao Dia Internacional do Turismo
Festa do Sabugo 2024 movimentou mais de R$ 47 milhões em negócios
E. coli: Rio Sena acende alerta sobre perigos que a água contaminada pode trazer a saúde
Análise da qualidade da água é uma das principais formas de prevenção de infecções intestinais, além de aumentar a segurança dos processos
A água, uma das principais fontes de vida, pode ser também um meio de transmissão de várias doenças, entre elas a Escherichia coli (E. coli). Esta bactéria, uma das principais causadoras de doenças intestinais, foi recentemente evidenciada durante os Jogos Olímpicos de Paris, na França, após atletas de triathlon passarem mal ao nadarem nas águas do Rio Sena. Um dos casos de maior destaque foi o da triatleta belga Claire Michel, hospitalizada após contrair infecção por E. coli.
Os casos acenderam um alerta sobre o debate da segurança dos rios para competições, mas a qualidade da água deve ser observada em outros lugares. De acordo com a infectologista do Hospital Vita, Dra. Marta Fragoso, as formas de se prevenir contra esses quadros vão além de evitar mergulho em águas impróprias, mas também ao ingerir a água, que deve ser tratada ou filtrada.
Em relação às infecções intestinais em geral, alguns cuidados devem ser tomados. São eles: evitar leite não pasteurizado, cozinhar muito bem as carnes, lavar as mãos com sabonete e água corrente após utilizar o banheiro, nas trocas de fraldas, no contato com animais, antes e após preparar alimentos e antes de alimentar-se, além de não engolir água ao nadar ou brincar em lagos, lagoas, riachos ou piscina.
O que é a E. coli e quais os sintomas?
A E. coli é uma bactéria gram-negativa e é comumente encontrada no trato intestinal de humanos e animais de sangue quente. Embora grande parte das cepas sejam inofensivas à saúde, casos mais graves podem ocorrer e ao atingir pessoas idosas ou com comorbidades, como diabetes, câncer ou alterações grandes da imunidade, por exemplo, pode levar ao óbito.
Os sintomas mais comuns incluem diarreia, que pode ser aquosa ou sanguinolenta, cólicas abdominais, náusea e vômito, urina turva, dor ao urinar e febre. Casos mais graves podem levar a Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU), uma condição que gera insuficiência renal, e a Colite Hemorrágica, uma inflamação grave do intestino grosso e que pode causar sangramento intestinal.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico geralmente ocorre após o paciente apresentar queixas, e pode ser feito por meio da cultura da urina, fezes ou de sangue. Métodos moleculares são de alta sensibilidade e utilizados para a detecção rápida e precisa de genes específicos da E. coli, permitindo a identificação de cepas patogênicas. Há ainda os testes imunológicos, utilizados para detectar infecções específicas.
“O tratamento é feito através de antibióticos que, dependendo da gravidade da infecção, podem ser administrados por via oral ou endovenosa. Em média, a duração é de sete a dez dias”, explica a Dra. Marta. A escolha do antibiótico deve ser orientada pelos resultados dos testes de sensibilidade, para garantir a eficácia do tratamento, e a reidratação oral também é recomendada para alguns casos.
Prevenção e segurança da água
No caso ocorrido do Rio Sena, a saúde dos atletas era a principal prejudicada, mas a contaminação de água pode ocorrer dentro de indústrias, podendo atingir escalas maiores de pessoas ou até mesmo nos lares. Ocorrências como essa servem de alerta e destacam a importância da segurança da água e da necessidade de rigorosos controles de qualidade e vigilância sanitária. Na ocasião, as provas foram adiadas por dias após a qualidade da água ser testada e não atingir os níveis necessários.
“O monitoramento microbiológico dos corpos hídricos pode evidenciar a contaminação por esgoto não tratado e os dados levantados devem ser considerados para realizar a remediação, evitando novos surtos”, explica Roger Luz, Assessor Científico da Kasvi.
A Kasvi, empresa brasileira dedicada a oferecer as melhores soluções para pesquisa, ciência, diagnósticos, estudos e novas descobertas, oferece insumos e materiais para análise de água. Um dos produtos são os sacos para amostra, feitos de polietileno e que podem ser utilizados em diferentes áreas, como armazenamento de amostras de alimentos, ambientais, biológicas e farmacêuticas.
Os meios de cultura são suplementos comumente utilizados em análises de água, pois seguem um rigoroso controle de qualidade e são ideais para promover o crescimento de bactérias, fungos e leveduras. As alças de inoculação e microscópio também fazem parte do catálogo da empresa e ajudam a testar a água e manter os níveis de acordo com os necessários para a saúde humana. Mais informações, acesse https://kasvi.com.br/ .
Sobre a Kasvi
A Kasvi é uma empresa brasileira dedicada a oferecer as melhores soluções para pesquisa, ciência, diagnósticos, estudos e novas descobertas. Com mais de 10 anos de expertise no mercado laboratorial, a Kasvi é referência em produtos e equipamentos de alta performance para indústrias e laboratórios.
57% dos consumidores querem experiência presencial ao fazer compras, mesmo com as facilidades do e-commerce
Pesquisa indica que mais da metade das pessoas deseja ver, tocar e sentir os produtos antes de comprá-los; centros comerciais ainda são essenciais no mercado
São Paulo, setembro de 2024 — Mesmo com o sucesso indiscutível das vendas online e o crescimento da tecnologia nos últimos anos — inclusive com chatbots e outros modelos de inteligência artificial aplicada durante a jornada de compra — algumas experiências simplesmente não podem ser simuladas em uma tela. As sensações físicas são o maior exemplo, conforme indica o relatório mais recente do EY Future Consumer. Com mais de 23 mil respondentes em 30 países, a pesquisa descobriu que 57% dos consumidores querem ver e sentir os produtos antes de levá-los para casa.
Além disso, 32% deles também indicam que desejam o atendimento pessoal que só acontece nas lojas físicas. Quando se trata de compras de alto valor, isso ganha ainda mais peso: 68% buscam conselhos especializados durante o processo para ter certeza de que estão tomando decisões acertadas. De toda forma, os sinais apontam para a preferência do presencial sobre o virtual em muitas situações.
“É importante percebermos que o foco no bom atendimento e na boa experiência presencial não deve ser abandonado. Muito pelo contrário, é isso que faz com que os consumidores retornem”, aponta Maurício Romiti, diretor administrativo da Nassau Empreendimentos, que administra um dos principais shoppings de São Paulo, o Center 3. “Além disso, a criação de valor no âmbito presencial pode passar por muitas possibilidades. No shopping, há uma oferta não só de lojas, mas também de lazer, alimentação e cultura. Cada um desses aspectos retroalimenta o outro, fazendo com que o cliente sinta prazer em sair de casa para comprar”.
O especialista também indica que as empresas precisam continuar trabalhando sua presença digital, e que uma coisa não exclui a outra. “Há muitos dados coletados via e-commerce, pelo site ou redes sociais da marca, que podem se transformar em decisões que afetam a loja física. Usar a tecnologia ainda é imprescindível, uma vez que vivemos um período multiconectado e multicanal. Muita gente descobre o produto pela internet e decide comprar pessoalmente”, explica.
A dica, então, é aproveitar os diferentes canais de maneiras únicas e complementares. Algumas promoções podem ser específicas em cada espaço, assim como pode existir integração da jornada de compra para que cada pessoa consiga começar e finalizar o processo onde quiser, através de cadastros, por exemplo.
“O consumidor está de olho em tudo. Se ele achar que determinada compra vale mais a pena online, essa é a escolha que ele fará. Contudo, quando a experiência presencial atende ao que ele deseja, as chances de retorno crescem. Já que as pessoas estão buscando as vantagens do atendimento pessoal, das sensações físicas e das demais possibilidades que só o presencial permite, é preciso garantir que elas saiam da loja completamente satisfeitas”, finaliza Romiti.
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Projeto tecnológico impulsiona venda e compra de carros
Criar novas formas de tecnologias para organizar o setor e impulsionar ainda mais as vendas fazem parte das ações do Grupo Idroo
O setor automobilístico vem crescendo, segundo dados do 1º trimestre deste ano, com a venda de 514 mil veículos, representando uma alta de 9,1% na comparação com o mesmo período de 2023. As informações são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Criar novas formas de tecnologias para organizar o setor e impulsionar ainda mais as vendas fazem parte das ações do Grupo Idroove, que vem reforçando a sua atuação no Amazonas e no Ceará, promovendo soluções inovadoras para apoiar concessionárias e revendedoras de veículos.
O Grupo Idroove realiza ações para romper as limitações de crescimento de uma loja convencional de compra e venda de veículos.
A partir dessa visão, desenvolveu a Idroove Car, uma franquia escalável na qual os franqueados se tornam sócios e recebem treinamento específico em processos e responsabilidades.
Além do Idroove Car, a empresa também desenvolve a Escola Idroove para quem busca melhorar seus rendimentos em gestão e vendas; EuSou, voltado para o desenvolvimento pessoal e de soft skills dos colaboradores; GestCar, uma ferramenta para gestão de concessionárias; Idroove Plan, focado no planejamento financeiro personalizado; e o Clube Idroove, um sistema de afiliação com benefícios exclusivos.
Cada projeto integra o ecossistema Idroove, que contribui para a construção de um futuro sustentável e próspero, impactando positivamente a vida de seus colaboradores, parceiros e clientes.
Além disso, o Idroove foi selecionado para participar do Projeto Alavanca, uma iniciativa da aceleradora de startups Venture Hub, em Manaus.
O objetivo é acelerar os projetos da em diferentes segmentos, priorizando a validação de mercado, aumento da tração, conexões empresariais e captação de investimentos.
O programa fornece o suporte e as ferramentas necessárias para que as empresas possam crescer de forma sustentável, visando resultados concretos e duradouros.
“Estamos entusiasmados com a oportunidade de participar do Projeto Alavanca. Cada solução que desenvolvemos tem como objetivo melhorar o ecossistema de venda de automóveis e oferecer uma experiência superior para clientes, parceiros e colaboradores”, declara a Idroove Car.
O Projeto Alavanca fornece uma trilha de aprendizado para o desenvolvimento de habilidades e conexões entre os empreendedores e seus potenciais clientes.
Ao longo de quatro meses, com sprints e mentorias, a startup passa por um processo de estruturação e amadurecimento para despontar no mercado.
Outro diferencial é o acesso a treinamentos focados em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), metodologias ágeis, estratégias de inserção no ecossistema de inovação e aprendizado mútuo entre os empreendedores.
Dia da cachaça: Boia fria cria rede de franquias investindo nas bebidas
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Considerado o embaixador da bebida destilada no Brasil, Delfino Golfeto fundou a Água Doce Sabores do Brasil, que hoje conta com 80 restaurantes
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A rede foi precursora de um conceito de casual dining verdadeiramente brasileiro que valoriza tanto a gastronomia quanto bebidas autênticas nacionais, com destaque para a cachaça. Hoje, os 80 restaurantes da marca localizados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, apresentam pratos típicos com um toque caseiro e regional, porções generosas, drinques criativos com ou sem álcool, além de uma carta que conta com a seleção de 60 tipos variados de cachaça.
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A evolução prosseguiu e em 2006 foi criada uma Central de Distribuição Logística para atender às demandas dos restaurantes espalhados por diversos estados. Em 2013, a ABF elegeu a Água Doce como a Melhor Franqueadora do Brasil. Delfino foi inserido em 2016 no “Hall da Fama” da entidade, exclusivo para franqueadores premiados que contribuíram com a evolução do franchising brasileiro. Atualmente, Delfino preside a rede Água Doce e é proprietário do Museu da Cachaça, uma iniciativa sem fins lucrativos. Em 2024, a rede celebra 34 anos como pioneira em um conceito que destaca a gastronomia brasileira e bebidas autênticas nacionais, com ênfase na cachaça. Reconhecida pelo melhor Escondidinho do País em diversas versões, inclusive vegetarianas, a Água Doce consolidou-se como referência gastronômica em todo território nacional.
Planos Futuros
Seguindo com o plano de expansão da marca, a empresa desembarcou em três cidades com novas operações no primeiro semestre de 2024, sendo elas Taquaritinga e São José do Rio Preto, em São Paulo, e Uberaba, em Minas Gerais. Visando ingressar em outros perfis de municípios, a franquia possui três modelos de negócios, seguindo o perfil do público-alvo e de investidores locais. Até o fim do ano, são esperadas duas operações em shopping centers paulistas e a primeira unidade delivery. Como resultado, a franquia obteve incremento de 8% no faturamento entre janeiro e junho deste ano.
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“O projeto de marca própria tem como objetivo ampliar a experiência do cliente, permitindo que a jornada de consumo seja completa, englobando o atendimento presencial e online. Além disso, os produtos da Água Doce levam o DNA da marca para dentro da casa do consumidor, proporcionando a confraternização e a degustação de nossos sabores no conforto do lar, junto com a família e os amigos”, finaliza Delfino Golfeto.
Sobre a Água Doce:
Os restaurantes da Água Doce são destino para famílias e grupos de amigos que buscam fazer de almoços, jantares, happy hours e confraternizações variadas um momento especial de entretenimento. O cardápio é extenso, repleto de delícias da culinária brasileira servidas em fartas porções e pratos. Além do extenso menu de cachaças e drinques, a casa é reconhecida pelo melhor Escondidinho do País, presente nas versões tradicional (carne de sol), camarão, frango e bacalhau, além das versões vegetarianas de palmito e alho-poró. Explorando o conceito rústico, os restaurantes proporcionam espaço aconchegante aos clientes, com música ao vivo e espaço kids, mais conhecido como Doce Cantinho. Atualmente, são 80 unidades em sete estados. Além do conceito de restaurante completo, a rede possui dois modelos enxutos com investimentos menores: a Água Doce Express, que conta com um cardápio mais enxuto e foco em almoço e happy hour, além do tradicional jantar; e a Água Doce Delivery, focado nas entregas em domicílio e take away.
Cenário de evasão do Ensino Superior derruba mito contra educação à distância
Por Cesar Silva, diretor-presidente da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT)
O Ministério da Educação, por meio do INEP, fez as contas sobre o nível de evasão do Ensino Superior, com base no Censo da Educação Superior. O resultado está na ordem de 60%, considerando tanto os cursos presenciais quanto o EAD (educação à distância). Sendo mais específico, a análise mostra 58% de evasão no Ensino Presencial, contra 59% na Educação à Distância. Há um equilíbrio estatístico entre as duas modalidades, porém os números são extremamente altos para uma etapa tão importante da formação profissional e pessoal do cidadão.
A pesquisa do INEP considera um intervalo de monitoramento de 2013 a 2022, desde o grupo inicial de matrículas até os demais que surgiram durante os dez anos seguintes, para chegar em outras duas taxas de comparabilidade, além da já citada taxa de deserção. Uma delas indica a taxa de diplomação de estudantes que, ao final deste intervalo, concluíram os estudos. Deu 41% para o Ensino Presencial, contra 40% na EAD na Taxa de Conclusão Acumulada.
Já a outra mostra o percentual de alunos que ainda permanecem com algum tipo de vínculo com a Instituição de Ensino. Eles podem vir a concluir ou não o curso original. Deu 1% de Taxa de Permanência nas duas modalidades.
É interessante notar que ao longo destes dez anos de comparação temos flutuações que diferem nas modalidades.
Por exemplo, nos primeiros quatro anos de estudos a taxa de conclusão no Ensino Presencial é mais alta que no EAD, ficando em 28% pró Ensino Presencial, contra 16% no EAD. Mas, a partir do sexto ano após a matrícula, as taxas de conclusão vão se aproximando.
Isto indica que o aluno do EAD demora mais no itinerário de estudos, mas que acaba por concluir o curso mais à frente, empatando com o colega do presencial na taxa de diplomação.
A esta altura do cenário educacional brasileiro, trata-se de uma contribuição importante do INEP, que é um órgão vinculado ao MEC, pois com estes dados é possível derrubar uma sequência de fake news e de narrativas intencionais contrárias ao EAD no país – modalidade esta que contribuiu significativamente para a democratização do acesso ao ensino superior nas últimas décadas.
Pessoalmente, sinto gratidão e parabenizo os profissionais do INEP pela qualidade das informações consolidadas e divulgadas, mesmo na contramão do posicionamento do próprio MEC, que por meio do seu atual Ministro, Camilo Santana, se mostra contra o EAD ao questionar a qualidade dos cursos sem bases científicas, como as trazidas pelo INEP.
Agora, é inquestionável! O real cenário está explícito nos dados do Censo do Ensino Superior de 2022. Nota dez para o INEP.
Setembro Amarelo nas escolas: prevenção começa por práticas anti bullying
Artigo –
Por Ana Claudia Ferreira Julio
No dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, a conscientização sobre a importância de reconhecer e lidar com sinais de sofrimento psicológico ganha destaque. E no ambiente escolar, onde crianças e adolescentes passam grande parte de seu tempo, o combate ao bullying e o fortalecimento de uma rede de apoio emocional são fundamentais nessa prevenção.
A relação entre bullying e a saúde mental é estreita. Alunos que sofrem agressões (físicas, emocionais ou virtuais) podem desenvolver sentimentos de desespero, ansiedade e depressão, fatores estes que, em casos extremos, levam a pensamentos suicidas. Por isso, é essencial que a comunidade escolar esteja preparada para lidar com esses sinais de forma preventiva.
Existem sete aspectos, no entanto, que podem ser trabalhados nas escolas para ajudar na prevenção do bullying entre os alunos.
Política Escolar. Do ponto de vista jurídico, é indispensável que a instituição de ensino adote regras, procedimentos e penalidades para casos de bullying, sem exceções. Deve constar em documentos como Contrato de Prestação de Serviços, Regimento Escolar, Manual do Aluno, entre outros materiais institucionais. Todos devem seguir a mesma linha, prevendo situações, planos de ação e consequências que podem, em casos mais extremos, culminar no desligamento do aluno que pratica o bullying. Ou mesmo, no acionamento do Ministério Público, uma vez que a escola está lidando com menores de idade na eventual prática de atos delituosos.
Treinar professores para reconhecer sinais de alerta. Mudanças de comportamento, isolamento, piora no rendimento acadêmico. Esses são alguns dos sinais de alerta que devem ser observados. Capacitar os docentes para identificar tais indícios é um passo preventivo importante. Afinal, os docentes são o contato mais direto da instituição de ensino com o aluno.
Criação de equipe multidisciplinar. Não se trata apenas de um professor, um diretor ou alguns pais. O combate ao bullying demanda uma equipe multidisciplinar com professores, coordenador pedagógico, pais, colaboradores e, idealmente, um profissional de Psicologia. A criação desta equipe incentiva uma postura cooperativa e coletiva constante entre escola, pais/responsáveis, professores e demais colaboradores.
Comunicação com pais ou responsáveis. Se identificado algum indício de bullying, a comunicação com pais e responsáveis deve ser sempre clara, sem uso de subterfúgios linguísticos ou relativizações. É crucial que essa prática seja realizada formalmente, com instrumentos que permitam atestar a ciência de pais e responsáveis sobre o alerta realizado. Inicialmente, vale convidá-los a participar de reunião preliminar para apresentação do cenário e transmissão de orientações preparadas pela equipe do Colégio. Depois, acompanhar de perto cada caso. Afinal, ao mesmo tempo em que informa a pais/responsáveis sobre o que vem ocorrendo em suas dependências, a escola também atesta sua ampla ciência.
Desenvolvimento de programas de conscientização. Campanhas sobre saúde mental, suicídio e bullying devem ser frequentes no calendário escolar. Através de palestras, rodas de conversa e debates, os alunos podem entender a seriedade do problema e aprender a buscar ajuda quando necessário.
Procedimentos em casos de bullying. Todas as medidas disciplinares aplicadas por instituições de ensino, em quaisquer níveis, devem ser estruturadas para assegurar o contraditório e a ampla defesa do infrator. E divulgadas de forma ostensiva, para que não se possa alegar desconhecimento. Penalidades aplicadas no ambiente escolar podem, sim, ser revertidas judicialmente. Mas isso só costuma ocorrer quando não há a necessária sistematização e divulgação prévia das regras. Ou porque procedimentos divulgados não foram seguidos à risca pela própria instituição.
Rede de apoio entre pares. Estimular o apoio mútuo entre os alunos também pode ser uma estratégia eficaz. Grupos de apoio ou atividades que reforcem a importância da amizade e da solidariedade são importantes para criar um ambiente em que os alunos se sintam conectados. Telefones de serviços de apoio, como o Centro de Valorização da Vida (CVV) e linhas de emergência podem estar facilmente visualizáveis para que alunos, professores e familiares possam buscar ajuda sempre que necessário.
Por fim, importante lembrar que quem está lendo esse texto também pode estar passando por isso. Portanto, se você tiver pensamentos suicidas ou se sentir sozinho(a) a ponto de cogitar tirar a própria vida, busque ajuda especializada como o Centro de Valorização à Vida (www.cvv.org.br) e pelo telefone 188 ou Caps (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade.
Ana Claudia Ferreira Julio, advogada especialista em Direito e Gestão Educacional, atua no escritório Barcellos Tucunduva Advogados (BTLAW).
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