7 cuidados essenciais para treinar ao ar livre em dias quentes
Profissional de educação física do CEJAM explica como ajustar horário, hidratação, alimentação e intensidade para evitar desidratação e superaquecimento
São Paulo, dezembro de 2025 – Treinar ao ar livre é um hábito de muitos brasileiros, mas a exposição direta ao sol pode transformar uma rotina saudável em um risco quando o corpo perde a capacidade de lidar com o calor.
Segundo Washington Alves, profissional de educação física da UBS Jardim Comercial, unidade gerenciada pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP), o organismo entra numa disputa interna por energia quando a temperatura está muito elevada. Ele explica que o corpo precisa, ao mesmo tempo, sustentar o esforço físico e acionar mecanismos para resfriar a temperatura interna.
“Quando o calor é intenso, o corpo liga um modo de emergência. É como tentar acelerar um carro com o motor superaquecendo”, afirma.
Nesse contexto, aumentam as chances de desidratação, perda de eletrólitos, tontura, queda de pressão, câimbras e até insolação. O profissional reforça que muitos desses riscos podem ser evitados com ajustes simples de rotina, atenção aos sinais do corpo e escolhas mais estratégicas no treino. Abaixo, separamos 7 dicas essenciais para a prática de atividades físicas ao ar livre:
Escolha o horário certo
Antes das 9 horas e depois das 17 horas, o sol está menos perpendicular e a radiação é mais tolerável. Washington recomenda evitar o período entre 10 e 16 horas e alerta que a sensação térmica elevada e a umidade acima do comum tornam o esforço ainda mais perigoso. Quem já acorda indisposto, com tonturas ou mal hidratado também deve adiar o treino.
Hidrate-se antes, durante e depois do treino
Multiplicar o peso corporal por 35 mililitros ajuda a calcular o consumo diário de água. Durante o exercício, a orientação é ingerir 200 mililitros a cada 15 ou 20 minutos. Em treinos longos ou sob calor forte, vale incluir reposição de eletrólitos. A perda de sódio, potássio e magnésio está entre as principais causas de câimbras e queda de pressão.
Reconheça os sinais do corpo
Tontura, visão escurecida, náusea, dor de cabeça pulsante, arrepios no calor, confusão mental, batimentos mais acelerados sem motivo e ausência de suor são sinais de que é preciso parar imediatamente. “O corpo sempre fala. O problema é quando os sinais são ignorados”, lembra Alves.
Use roupas adequadas e proteja a pele
Optar por tecidos leves, respiráveis e de cores claras reduz a absorção de calor. Boné, óculos escuros e protetor solar devem fazer parte da rotina. Sempre que possível, treine em áreas sombreadas para diminuir a sobrecarga térmica.
Faça um pré-treino leve
Refeições pesadas antes do exercício desviam sangue para o sistema digestivo e reduzem a capacidade do corpo de se resfriar. Frutas, iogurte e lanches naturais com proteína magra ajudam a manter o nível de energia sem atrapalhar a regulação térmica. “Comida pesada e calor forte não combinam”, diz o educador.
Reduza a intensidade em dias quentes
Diminuir de 10 a 30 por cento do ritmo habitual, aumentar os intervalos e priorizar atividades contínuas ajudam a preservar o corpo. “O mesmo esforço exige mais energia sob calor intenso, e o que seria leve num dia fresco vira moderado ou até pesado”, pontua.
Redobre os cuidados em praias
A areia e a água refletem radiação e aumentam a exposição. Além disso, o vento pode mascarar a sensação de calor enquanto o corpo continua perdendo líquidos. “O vento engana; a pessoa acha que está mais fresca, mas continua desidratando rápido”, destaca. Nessas condições, hidratação reforçada e pausas frequentes na sombra são indispensáveis.
Além dessas recomendações, o educador acrescenta que a prática de exercícios ao ar livre continua sendo benéfica, desde que respeitados os limites individuais e as condições ambientais. Para ele, o ponto central é entender que o desempenho não deve ser prioridade em dias quentes. “Treinar faz bem, mas treinar com segurança é fundamental. A combinação de planejamento, atenção aos sinais do corpo e adaptações simples na rotina é o que garante que o exercício cumpra seu papel sem colocar a saúde em risco.”
Sobre o CEJAM
O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com o poder público no gerenciamento de serviços e programas de saúde em São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Campinas, Carapicuíba, Barueri, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Lins, Assis, Ferraz de Vasconcelos, Pariquera-Açu, Itapevi, Peruíbe e São José dos Campos.
A organização faz parte do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS), e tem a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde.
O CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), tendo conquistado, em 2025, a certificação Great Place to Work. O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.
No ano de 2025, a organização lança a campanha “365 novos dias de saúde, inovação e solidariedade”, reforçando seu compromisso com os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança).
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Entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, foram vendidas 49,7 mil toneladas de panetone no Brasil, de acordo com um levantamento da Worldpanel by Numerator, encomendado pela Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados). De fato, a iguaria deixou de ser algo exclusivo para ser consumido apenas no Natal e hoje é comum ver ao longo do ano nas gôndolas de supermercados diversas versões de panetone.


