Por que muitas empresas não colhem os benefícios da automação mesmo após implementá-la?

Por Fernando Baldin, Country Manager LATAM da AutomationEdge
A automação, especialmente em tempos de inteligência artificial (IA) e hiperautomação, deixou de ser promessa e se tornou prioridade. No entanto, após investirem em projetos de automação, muitas empresas não conseguem extrair os benefícios prometidos, como redução de custos operacionais, aumento de eficiência e escalabilidade. O que explica essa situação?
A resposta está longe de ser trivial, mas começa por uma constatação simples, automatizar não é apenas implementar tecnologia, é transformar processos.
Estudos recentes da Bain & Company, empresa de consultoria, revelam que 44% dos projetos de automação não entregam as economias esperadas, e apenas 12% atingem todos os objetivos definidos. O principal motivo não está na tecnologia em si, mas na execução falha e na falta de alinhamento estratégico. Muitas empresas iniciam suas jornadas com expectativas infladas, mas sem uma base sólida de governança, priorização e indicadores claros de sucesso. Além disso, ignoram a necessidade de uma transformação cultural profunda. Sem isso, os robôs operam, mas os resultados não aparecem ou pior, geram efeitos colaterais negativos.
A falsa sensação de maturidade digital
Muitas organizações se iludem ao pensar que a aquisição de uma plataforma de automação, por si só, representa um avanço significativo na transformação digital. O problema é que frequentemente o que se automatiza são processos engessados, mal desenhados e pouco compreendidos. A tecnologia apenas acelera o caos quando aplicada a fluxos ineficientes.
É comum encontrarmos empresas que automatizam tarefas manuais sem revisar os processos por trás dessas tarefas. São criados “robôs” para operar em ambientes desorganizados, perpetuando ineficiências. Isso explica por que a automação em vez de gerar alívio operacional, muitas vezes resulta em frustração, retrabalho e baixo retorno sobre investimentos (ROI).
Ausência de governança e estratégia
Outro ponto crítico é a ausência de governança clara. Sem uma estratégia centralizada, indicadores definidos, critérios de priorização e de sucesso bem estabelecidos, os projetos de automação se tornam iniciativas isoladas, descoordenadas e pouco sustentáveis.
Automação exige uma jornada contínua, que vai da identificação de oportunidades até a medição do impacto. É preciso definir quem é responsável por cada etapa, como os processos serão mantidos atualizados, qual o roadmap de evolução e como será garantida a qualidade das automações ao longo do tempo.
Além disso, sem uma liderança comprometida com a mudança cultural, os ganhos da automação tendem a ser superficiais. Os líderes precisam entender que automação não é apenas uma conquista da TI, mas, sim, uma alavanca de transformação de negócio.
Falta de capacitação e envolvimento das áreas
Outro equívoco recorrente é centralizar o projeto exclusivamente nas mãos da TI, sem o envolvimento das áreas de negócio. A automação é mais eficaz quando há sinergia entre tecnologia e operação, e isso só acontece quando os times entendem o valor do que está sendo feito e se sentem parte do processo.
A ausência de capacitação também mina os resultados. Robôs quebram, interfaces mudam e outros problemas surgem. Se não houver profissionais preparados para manter e evoluir os fluxos, a automação se torna frágil e em vez de escalar, estagna.
Empresas que internalizam o conhecimento sobre automação e criam estruturas de suporte, como centros de excelência ou squads multidisciplinares, colhem resultados muito mais robustos e sustentáveis.
Falta de visão em longo prazo
Muitas empresas tratam a automação como projeto pontual, com foco em reduzir funcionários ou tempo de execução de tarefas. Essa visão limitada subaproveita o potencial transformador da automação.
Quando bem aplicada, a automação não apenas substitui atividades humanas repetitivas, mas amplifica a capacidade das equipes, melhora a qualidade dos dados, aumenta a rastreabilidade e prepara o terreno para uma cultura orientada por dados.
É preciso mudar a pergunta de “quanto posso economizar com este processo automatizado?” para “como este processo pode ser reinventado com o apoio da automação?”. A diferença de impacto entre as duas abordagens é gigantesca.
Se muitas empresas não colhem os frutos da automação, é porque continuam tratando ela como um fim em si mesma, e não como meio para transformar a forma como operam, tomam decisões e geram valor. Aqueles que compreendem isso não apenas implementam robôs, constroem vantagem competitiva.
Fernando Baldin é formado em Relações Públicas, com Pós-graduação em Administração de empresas, há mais de 20 anos com Service Desk e Serviços de TI.
Sobre a AutomationEdge
A AutomationEdge é fornecedora de soluções de Hyperautomação, Robotic Process Automation e IT Automation. Seu RPA inteligente, altamente avançado, reúne todos os recursos essenciais necessários para automação empresarial, como inteligência artificial, machine learning, chatbot, ETL, integrações de API prontas e automação de TI.
Governo do Brasil garantirá botijão gratuito a 15,5 milhões de famílias
Estimativa é que 65 milhões de botijões de gás sejam distribuídos por ano. Investimento em 2025 será de R$ 3,57 bilhões e para 2026, de R$ 5,1 bilhões
O Governo do Brasil lançou, nesta quinta-feira (4.09), o Programa Gás do Povo, que garante gratuidade no botijão de gás de cozinha para as famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade. A iniciativa vai ampliar para 50 milhões de pessoas, aproximadamente 15,5 milhões de residências, o acesso ao benefício, o triplo do Auxílio Gás.
A estimativa é que 65 milhões de botijões de gás sejam distribuídos gratuitamente, por ano, para as famílias inscritas no Cadastro Único. O investimento do Governo do Brasil para 2025 é de R$ 3,57 bilhões, já previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), enquanto a estimativa para o próximo ano é de R$ 5,1 bilhões.
O acesso ao gás de cozinha promove justiça social, promove a saúde e amplia a segurança alimentar da população de baixa renda. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a importância da ação, uma das maiores de acesso ao cozimento limpo do mundo, durante o lançamento do Gás do Povo, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (4.09).
“Todo mundo tem que ter direito a comer e, para isso, precisa ter direito ao alimento e depois ao gás para cozinhar. É por isso que estamos tentando mostrar que o que falta nesse país não é dinheiro, é tratar o povo com o respeito e a decência que o povo brasileiro precisa”, enfatizou o presidente Lula.
O benefício contemplará as famílias inscritas no Cadastro Único, com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para quem recebe o Bolsa Família. Quem recebe o Auxílio Gás continuará recebendo o valor do benefício enquanto a migração estiver em andamento.
Desenhado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e operacionalizado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o Gás do Povo começa a ser pago em novembro de 2025. Presente na cerimônia de lançamento, o ministro Wellington Dias projetou a implementação total do programa. “Até o mês de março do próximo ano, queremos alcançar as mais de 15 milhões de famílias beneficiadas com o Gás do Povo.”
Após a mudança do Auxílio Gás para o novo programa, o beneficiário poderá ir até o ponto de revenda mais próximo de sua residência, apresentar o vale eletrônico disponibilizado por meio do aplicativo Gás do Povo, operacionalizado pelo MDS, e retirar o botijão de gás.
Além do acesso pelo aplicativo, a retirada do botijão também poderá ser feita com o cartão do próprio programa, por meio de vale impresso a ser retirado nas agências da Caixa Econômica Federal ou em lotéricas, ou com o cartão do Bolsa Família.
A entrega do botijão não será mais bimestral e a quantidade de vales será disponibilizada de acordo com o número de integrantes da família:
- Famílias com 2 integrantes: Receberão até 3 botijões por ano. Validade de 4 meses, cada vale;
- Famílias com 3 integrantes: Receberão até 4 botijões por ano. Validade de 3 meses, cada vale;
- Famílias com 4 ou mais integrantes: Receberão até 6 botijões por ano. Validade de 4 meses, cada vale.
Revenda
A adesão dos pontos de revenda varejista de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, será voluntária por meio do credenciamento ao programa no sistema da Caixa. Todos os distribuidores e pontos de revenda que aderirem ao Gás do Povo serão devidamente identificados com a logomarca do programa, identidade visual padronizada, incluindo os pontos de venda, botijões, veículos e materiais de comunicação.
O crédito do Gás do Povo será disponibilizado diretamente às famílias e transferido automaticamente às revendas credenciadas após a compra do botijão. O valor do benefício será definido a partir de um preço de referência por estado, calculado pelo MME e pelo Ministério da Fazenda, com base nos preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP).
O programa prevê ainda mecanismos para reduzir desigualdades regionais, assegurando que distribuidores com mais de 10% de participação no estado devem garantir o benefício em municípios que não possuem revendas credenciadas no programa. Caso não haja nenhuma revenda no município (dentro ou fora do programa), o beneficiário deve ir até o município mais próximo para retirar o gás.
Regiões
O Nordeste concentra o maior número de famílias contempladas. A estimativa é de que mais de 7,1 milhões de lares sejam atendidos. Na sequência aparecem Sudeste (4,4 milhões), Norte (2,1 milhões), Sul (1,1 milhão) e Centro-Oeste (889 mil).
Estados
Entre as Unidades da Federação, oito estados terão mais de um milhão de famílias beneficiadas. São elas: Pará (1,11 milhão); Maranhão (1,01 milhão); Ceará (1,13 milhão); Pernambuco (1,14 milhão); Bahia (1,84 milhão); Rio de Janeiro (1,12 milhão); Minas Gerais (1,20 milhão); e São Paulo (1,87 milhão).
Saúde
Além de aliviar o orçamento familiar, o Gás do Povo terá impacto direto na saúde pública e na segurança alimentar. Estima-se que 2,3 bilhões de pessoas no mundo ainda não tenham acesso a tecnologias limpas de cozimento, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA).
No Brasil, cerca de 12 milhões de domicílios ainda utilizam lenha e gás de forma combinada para cozinhar, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre esses, aproximadamente 5 milhões são famílias de baixa renda — um universo de cerca de 15 milhões de pessoas que ainda recorrem à lenha, sobretudo devido ao impacto do botijão no orçamento familiar.
Essa prática aumenta em até três vezes o risco de infecções respiratórias em crianças e contribui para doenças pulmonares crônicas, principalmente em mulheres.
Com o novo programa, será possível reduzir a dependência do fogão à lenha e, consequentemente, diminuir internações no Sistema Único de Saúde (SUS) relacionadas à exposição à fumaça tóxica.
O Gás do Povo também reforça o compromisso do Brasil com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), especialmente com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 7), que prevê acesso universal a tecnologias limpas de cocção. A iniciativa está alinhada à liderança brasileira no debate sobre transição energética justa, no âmbito do G20 e dos BRICS.
Assessoria de Comunicação – MDS
Divulgada a lista dos indicados ao maior prêmio dos Quadrinhos no Brasil
Vencedores do 37º Troféu HQMIX serão conhecidos até o final de novembro, e a entrega dos troféus será em dezembro

Foram quatro meses de análise profunda pelo júri de especialistas da área dos quadrinhos sobre as mais de 1.500 inscrições, neste ano, para a seleção dos indicados ao 37º Troféu HQMIX. São 28 categorias, com cerca de dez indicações para cada. Além dessas, ainda há outras categorias, que são escolhas de outras Comissões Julgadoras e de premiação, como os trabalhos de TCC, Doutorado e Mestrado para a área acadêmica, e Projeto Gráfico, Relevância Internacional, Grande Mestre, Projeto Editorial e as necessárias homenagens.
Agora, a lista dos indicados entra para a votação do júri nacional, que conta com mais de duas mil pessoas que trabalham na área de produção e pesquisa de quadrinhos, e terão o período do dia 10 até 25 de setembro para eleger os vencedores de cada categoria.
“É um deleite e um martírio ser presidente do júri do Troféu HQMIX, pois a cada edição podemos vislumbrar mais diversidade, contemporaneidade e temáticas de todas as regiões do Brasil, inclusive, o Norte se inscreveu em peso! Sendo assim, a Comissão Julgadora não pode deixar de prestigiar esta paisagem deslumbrante, selecionando mais de 10 obras na maioria das categorias”, comenta a presidente do júri e copresidente do HQMIX, Daniela Baptista.
A divulgação dos vencedores ocorrerá até o final de novembro, e a entrega dos troféus será em dezembro. A data e local da cerimônia do 37º Troféu HQMIX será divulgada até o final de setembro.
O HQMIX é um parâmetro para as análises de mercado pelos editores e autores, porque, nos últimos 36 anos, conta a evolução da linguagem mais longeva da comunicação humana, que começou com os desenhos rupestres nas cavernas.
O Brasil é um dos países onde mais se publica quadrinhos, e assim como o futebol e o samba é quase uma unanimidade entre a população. Aproximadamente 88% das pessoas já leram pelo menos uma vez alguma revista em quadrinhos. E essa cultura passa de geração em geração nos últimos 156 anos, desde que Angelo Agostini publicou na Revista Vida Fluminense seu personagem “Nhô Quim”.
O Troféu demonstra que a produção de quadrinhos no Brasil continua forte e promissora. Desenhistas brasileiros estão sendo cada vez mais premiados, inclusive fora do Brasil, pela qualidade e força de suas histórias. Portanto, o Troféu HQMIX cumpre a função de promover, exaltar e fortalecer o mercado de quadrinhos no Brasil.
A Comissão Julgadora da fase de indicados é composta por: Anne Quiangala (pesquisadora na área de quadrinhos); Nara Bretas Lage (pesquisadora e jornalista especializada na área de quadrinhos); Thiago de Barros Carneiro (profissional de Comunicação, criador e produtor de conteúdo do AfroNerd); Natania Aparecida da Silva Nogueira (Dra. em História e pesquisadora); José Alberto Lovetro (jornalista e presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil – ACB); e Daniela Baptista (presidente da comissão de júri).
Abaixo, segue a lista dos indicados ao 37° Troféu HQMIX, que também pode ser acessada pelo site HQMIX:
WEB TIRA
· AS TIRINHAS DE HELÔ D’ANGELO (https://www.instagram.com/helodangeloarte/) | |
· BATATINHA FANTASMA (https://www.instagram.com/batatinhafantasma/) | |
· CARTUMANTE (https://www.instagram.com/cartumante/) | |
· CECILIA MARINS (https://www.instagram.com/ceciliatangerina/) | |
· CERRADO EM QUADRINHOS (https://www.instagram.com/cerrado.em.quadrinhos.oficial/) | |
· COLETIVO EDUCARTUM (https://www.instagram.com/coletivoeducartum) | |
· CUSCUZ SURPRESA (https://www.helodangelo.com.br/post/cuscuz-surpresa-2024) | |
· HELOIZE RODRIGUES MIRANDA (https://www.instagram.com/heloilustra_/) | |
· JOÃOZIM (http://www.instagram.com/joaozim_hq) | |
· SOFIA E OTTO (https://www.instagram.com/sofiaeotto) | |
· TIRINHAS DA CAROL ITO (https://www.instagram.com/carolito.hq/) |
WEB QUADRINHOS
· CUSCUZ SURPRESA (https://www.helodangelo.com.br/post/cuscuz-surpresa-2024) |
· DANDARA: A FILHA DO FOGO (https://tapas.io/series/Dandara-A-filha-do-fogo/info) |
· HOMEM-GRILO (http://homemgrilo.com/) |
· MANIFESTO DE UMA LÉSBICA DE 20 ANOS (https://tapas.io/series/manifestodeumalesbica/info) |
· MEMORIA EM QUADRINHOS (https://www.facebook.com/groups/1128898421422748) |
· MEMÓRIAS DA INTIFADA (https://www.revistabadaro.com.br/memorias-da-intifada/) |
· PILLOW TALKS (https://tapas.io/series/pillowtalks-PTBR/info) |
· PLANETA EM COLAPSO – REPORTAGEM EM QUADRINHOS SOBRE A ENCHENTE NO RIO GRANDE DO SUL (https://sumauma.com/category/reportagem-em-quadrinhos/) |
· RIOS DE JUNHO: PERFORMANCES E GOVERNAMENTALIDADE NAS RUAS DE 2013 |
· SONHANDO COM CORAGEM (https://seer.ufu.br/index.php/revistaestadodaarte/article/view/74608/40289) |
· UM QUADRINHO PRA FALAR DE VULVODÍNIA (https://www.instagram.com/p/DBZ3oxsp1nv/?img_index=1) |
PUBLICAÇÃO INDEPENDENTE SERIADA
· ALMANAQUE KITEMBO 2K24 – QUADRINHOS AFROFUTURISTAS |
· ASAS DA VINGANÇA |
· CARA-UNICÓRNIO – VOL. 01 EDIÇÃO ESPECIAL |
· ESPERA |
· MONSTROS NÃO DIZEM ADEUS |
· NÃO SE ASSUSTE, ISSO É COISA DE MULHER! |
· NÓS QUATRO |
· O JARDIM DAS FADAS SELVAGENS |
· O RETRATO INACABADO DE MADAME BARDIN – VOL. 01 |
· ORIXÁS – GRIÔ |
· PURGATÓRIO: A COZINHA FICA AQUI (PARTE 1) |
PUBLICAÇÃO INDEPENDENTE ED. ÚNICA
· A MENINA QUE VOMITAVA MONSTROS |
· BELMONTE – O CAVALEIRO DA TRISTE FIGURA |
· CAMPO DE VAGA-LUMES |
· CAPA DE CULPA |
· CINZAS DA MEMÓRIA |
· CIRANDA DA SOLIDÃO – EDIÇÃO DELUXE |
· MAIS UMA HISTÓRIA PARA O VELHO SMITH |
· MANGA E SAL |
· NÃO SOU ORLANDO |
· O FEMINISMO QUE EU COMPREI |
· ONDE HABITA O MEDO |
· SENDO MULHER ERRADO |
· SIMONE |
PUBLICAÇÃO INDEPENDENTE DE GRUPO
· A VIAGEM DE MAÍRA |
· ALMANAQUE KITEMBO 2K24 – QUADRINHOS AFROFUTURISTA |
· AQUELE DA CAPA AZUL |
· CAFÉ ESPACIAL #22: TERROR |
· ETERNO |
· MELHORES DO MUNDO – A ÚLTIMA HQ DO MDM É VERDADE MERMO |
· NÃO SE ASSUSTE, ISSO É COISA DE MULHER! |
· NO ANDAR DE BAIXO |
· ORIXÁS – GRIÔ |
· QUADRINHOS À MARGEM: NARRATIVAS INTERIORANAS SOBRE IDENTIDADE E PERTENCIMENTO |
· QUADRINHOS SONOROS VOL. 01 |
PUBLICAÇÃO MIX
· ALMANAQUE KITEMBO 2K24 – QUADRINHOS AFROFUTURISTAS |
· ARREDA |
· COLEÇÃO MSP 50 |
· CRÔNICAS DA AUGUSTA |
· GIBI DE MENININHA – DAMAS DA NOITE |
· JÚLIO LANCELLOTTI #ACOLHE |
· MULHER VIDA LIBERDADE |
· NÃO SE ASSUSTE, ISSO É COISA DE MULHER! |
· O OUTRO LADO DO MUCURUÇÁ |
· QUADRINHOS SONOROS VOL.01 |
· SAMBA – MÚSICA POPULAR EM QUADRINHOS |
· VOZES DA MARVEL: ORGULHO VOL. 03 |
EDIÇÃO ESPECIAL ESTRANGEIRA
· CÉLESTE E PROUST |
· DARK SPACES – WILDFIRE |
· DC SEM PALAVRAS |
· DIÁRIO DE OAXACA |
· É SOLITÁRIO NO CENTRO DA TERRA |
· MEU AMIGO KIM JONG-UM |
· MINHA COISA FAVORITA É MONSTRO – LIVRO 2 |
· MULHER VIDA LIBERDADE |
· O ETERNAUTA (EDIÇÃO DEFINITIVA) |
· ODILE E OS CROCODILOS |
· PAGAR A TERRA |
· ROAMING |
EDIÇÃO ESPECIAL NACIONAL
· AS SEREIAS DE HAARLEM |
· BEM-VINDA DE VOLTA |
· CARIMBÊ |
· DO CONTRA: HERANÇA (GRAPHIC MSP) |
· JÚLIO LANCELLOTTI #ACOLHE |
· LAERTE TOTAL GIGANTE VOL. 01 |
· MARINA: EXPRESSÃO (GRAPHIC MSP) |
· MUZINGA |
· NÃO SOU ORLANDO |
· PIGMENTO |
· QUANDO NASCE A AUTOESTIMA? |
· SAMBA – MÚSICA POPULAR EM QUADRINHOS |
PUBLICAÇÃO DE AVENTURA/TERROR/FANTASIA
· A MENINA QUE VOMITAVA MONSTROS |
· CINZAS DA MEMÓRIA |
· CONDADO MALDITO VOL. 08: GUERRA DAS BRUXAS |
· CONTOS NEGROS |
· CRÔNICAS DO HORROR – O DEVORADOR DE ALMAS |
· EM CANTOS DA MATA |
· GIBI DE MENININHA – DAMAS DA NOITE |
· KILILANA SONG |
· NÃO SE ASSUSTE, ISSO É COISA DE MULHER! |
· NO ANDAR DE BAIXO |
· ONDE HABITA O MEDO |
· QUADRINHOS SONOROS VOL.1 |
ADAPTAÇÃO PARA OS QUADRINHOS
· A ESTRADA |
· A REVOLUÇÃO DOS BICHOS EM QUADRINHOS |
· FRANKENSTEIN |
· HQ QUARTO DE DESPEJO |
· MORTE E VIDA SEVERINA |
· NAO SOU ORLANDO |
· NOITE DE ALMIRANTE E OUTROS CONTOS DE MACHADO DE ASSIS |
· POCAHONTAS |
· SAMBA – MÚSICA POPULAR EM QUADRINHOS |
· SENHOR DAS MOSCAS |
· TEEN ORIXÁS, O ACARAJÉ LENDÁRIO |
· VIDAS SECAS EM HQ |
PUBLICAÇÃO DE CLÁSSICO
· A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER E OUTRAS HISTÓRIAS |
· ASTRO BOY BIG VOL. 01 |
· CAVALEIROS DO ZODÍACO SAINT SEIYA FINAL EDITION VOL. 01 |
· CEBOLINHA 1974 – BIBLIOTECA MAURICIO DE SOUSA |
· CIRANDA DA SOLIDÃO – EDIÇÃO DELUXE |
· COLEÇÃO CREPAX: DRÁCULA, FRANKENSTEIN E OUTRAS HISTÓRIAS |
· COLEÇÃO MSP 50 |
· MAGALI 1989 – BIBLIOTECA MAURICIO DE SOUSA |
· MORTADELO E SALAMINHO – O SULFATO ATÔMICO |
· O ETERNAUTA (EDIÇÃO DEFINITIVA) |
· SANGUE E TERROR |
· USAGI YOJIMBO VOL. 05 |
PUBLICAÇÃO INFANTIL
· A VIAGEM DE MAÍRA |
· DO CONTRA: HERANÇA (GRAPHIC MSP) |
· MARAMUNHÃ – NA DA TERRA DO WARANÁ |
· MENINAS |
· MILA E MILIO EM ORQUES E CREPIOCAS |
· MONSTROS NÃO DIZEM ADEUS |
· NINGUÉM TRABALHA MAIS DO QUE AS OPERÁRIAS |
· SANTUÁRIO DOS DINOSSAUROS |
· SONHO DE HERÓI |
· TEEN ORIXÁS, O ACARAJÉ LENDÁRIO |
· ZURI |
PUBLICAÇÃO JUVENIL
· A MENINA QUE VOMITAVA MONSTROS |
· ACHADOS & PERDIDOS |
· LADRAS |
· LAMA |
· MARINA: EXPRESSÃO (GRAPHIC MSP) |
· ONDE HABITA O MEDO |
· ORIXÁS – GRIÔ |
· PIGMENTO |
· QUANDO NASCE A AUTO-ESTIMA? |
· SÓ COM A GENTE: UMA VIAGEM EM QUADRINHOS AO DESERTO DO ATACAMA |
· TODA CRESPA |
· ZURI |
PUBLICAÇÃO DE HUMOR
· A BALADA PARA PASSEAR |
· CERRADO EM QUADRINHOS |
· CUSCUZ SURPRESA |
· DC SEM PALAVRAS |
· ESQUISITONA |
· LADRAS |
· LINHA DO TREM – MAS, DOUTOR |
· NÓS QUATRO |
· SÓ AS MELHORES |
· SÓ COM A GENTE: UMA VIAGEM EM QUADRINHOS AO DESERTO DO ATACAMA |
· TIRINHAS PARA LER ENQUANTO ENROLA NA FIRMA |
· VELHOS MILLENNIALS |
LIVRO TEÓRICO
· ARQUIVO OTA: UM MERGULHO NA MENTE MAIS MALUCA DA HQ BRASILEIRA |
· BRANQUITUDE, REPRESENTAÇÕES E PRIVILÉGIOS: ESTUDO SOBRE AS
IDENTIDADES BRANCAS NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS |
· HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: AS TIRAS DE
ARMANDINHO E UM ESTUDO DOS COMENTÁRIOS DOS LEITORES NO FACEBOOK |
· HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E INTERDISCIPLINARIDADE |
· HUMOR GRÁFICO NA ALFABETIZAÇÃO VISUAL |
· IMAGENS NEGRAS NOS QUADRINHOS |
· JAPÃO – O IMPÉRIO DA CULTURA POP |
· O QUE AS FAMÍLIAS PRECISAM SABER SOBRE CULTURA POP ASIÁTICA: MANGÁS,
ANIMES, DRAMAS E JCK POP |
· OS DONOS DA RUA – REPRESENTATIVIDADE RACIAL E AS TRANSFORMAÇÕES DO
PROTAGONISMO NEGRO NO UNIVERSO TURMA DA MÔNICA – EDIÇÃO AMPLIADA AMAZON |
· QUADRINHOS, COMUNICAÇÃO & ENTREMEIOS – DIÁLOGOS POSSÍVEIS (PARTE 1) |
· SUPERGAYS |
PUBLICAÇÃO EM MINISSÉRIE
· ALACK SINNER |
· BITCH PLANET – PLANETA DAS VAGABUNDAS |
· BORBOLETA ASSASSINA |
· CÁLCULO RENAL – AS 13 ALMAS DO JOELMA |
· FIRE! |
· SAVANTS OF SOUNDS |
· SERIGY – O HERÓI DOS EXCLUÍDOS |
· TOOLS CHALLENGE VOL. 02 |
· TWINKLE: A JORNADA DAS ESTRELAS GÊMEAS |
PUBLICAÇÃO DE TIRA
· APRENDIZ DE BRUXA |
· BATATA THE GATO – CARMIM |
· C DE CORAÇÃO |
· CERRADO EM QUADRINHOS |
· CUSCUZ SURPRESA |
· DEFEITO DA FABRICA |
· INFINITO VOL. 01 |
· LAERTE TOTAL GIGANTE |
· NA MIRA DA LENA VOL. 11 – MARGÔ |
· SÓ AS MELHORES |
· TIRINHAS PARA LER ENQUANTO ENROLA NA FIRMA |
MANGÁ E PRODUÇÕES CORRELATAS
· AMARELO SELETIVO |
· ASTRO BOY BIG VOL. 01 |
· BRUNO TEM UM NAMORADO |
· DARUMA: PERSEVERANÇA |
· IKKYU: FOGO (火) – VOL. 03 |
· JIRAIYA – O NOVO IMPÉRIO DOS NINJAS |
· O CÉU PARA CONQUISTAR |
· PÚRPURA |
· ROMARIA |
· ·SAILOR MOON ETERNAL EDITION VOL. 01 |
· SIMONE |
· YOJIMBOT |
EDITORA DO ANO
· BRASA EDITORA |
· COMIX ZONE |
· EDITORA CONRAD |
· EDITORA DRACO |
· EDITORA JBC |
· EDITORA VENETA |
· NEMO |
· PIPOCA & NANQUIM |
· QUADRINHOS NA CIA |
· RISCO EDITORA |
· ·ZAPATA EDIÇÕES |
NOVO TALENTO DESENHISTA
· BENITTA (MANGA E SAL) |
· CECILIA MARINS (PASSARINHO) |
· CORA RONRON (MALDIÇÃO!!! VOL.02) |
· CUCAS (LAMA) |
· DÉBORA SANTOS (VIDAS SECAS) |
· DOUGLAS DOCELINO DA CONCEIÇÃO (SIMONE) |
· MAGÔ POOL (BICHO SELVAGEM) |
· OBERAS (CAMPO DE VAGA-LUMES) |
· RAYANNE CARDOSO (MARAMUNHÃ – NA TERRA DO WARANÁ) |
· ROBSON MOURA (CONTOS NEGROS) |
· SASYK (PILLOW TALKS) |
NOVO TALENTO ROTEIRISTA
· BENITTA (MANGA E SAL) |
· JAILSON SOARES e RAFAEL MOURA (CAMPO DE VAGA-LUMES) |
· KAEL VITORELO (FILOSOFIA DO MAMILO) |
· LAURA HAN JIN e YASMIM DI GIOVANNI (INFINITOS DIAS RESTANTE) |
· LUIZA LEMOS (EROTIKA OCCULTUM) |
· MAGÔ POOL (BICHO SELVAGEM) |
· MONGE HAN (DARUMA: PERSEVERANÇA) |
· NÁDIA FREIRE (BRADO RETUMBANTE) |
· PRIS GALLICCHIO (COLORINDO A DOR) |
· THAIS SILVA FONSECA (ONDE HABITA O MEDO) |
· WAGNER DIESEL (ODILO) |
DESENHISTA NACIONAL
· ALCIMAR FRAZÃO (A FILHA DO HOMEM) |
· ALINE ZOUVI (PIGMENTO) |
· BIANCA MÓL (ZURI) |
· BIANCA PINHEIRO (O MENINO DE OURO & A CAIXA DE ALCEBIAS) |
· BRAZILIANO (VALONGO) |
· GERMANA VIANA (GIBI DE MENININHA – DAMAS DA NOITE) |
· GUSTAVO DUARTE (DC SEM PALAVRAS) |
· JEFFERSON COSTA (QUANDO NASCE A AUTOESTIMA?) |
· PRETA ILUSTRA (HQ QUARTO DE DESPEJO) |
· TALLES RODRIGUES (MAYARA & ANNABELLE – CONFLITOS INTERNOS) |
· THIAGO SOUTO (O TEATRO FANTASMA) |
· VERÔNICA BERTA (MARINA – EXPRESSÃO) |
ROTEIRISTA NACIONAL
· ALEX MIR (ORIXÁS – GRIÔ) |
· ALINE ZOUVI (PIGMENTO) |
· FELIPE CASTILHO (CORINGA: O MUNDO) |
· FELIPE PAN (AS SEREIAS DE HAARLEM) |
· FERRÉZ (CARIMBÊ) |
· HELENA CUNHA (NÃO SOU ORLANDO) |
· ORLANDELI (MAIS UMA HISTÓRIA PARA O VELHO SMITH) |
· REGIANE BRAZ (QUANDO NASCE A AUTOESTIMA?) |
· TRISCILA OLIVEIRA (HQ QUARTO DE DESPEJO) |
· VERÔNICA BERTA (MARINA – EXPRESSÃO) |
· WANDER ANTUNES (O SILÊNCIO E A TEMPESTADE) |
COLORISTA NACIONAL
· AMANDA MIRANDA (BRABA – ANTOLOGIA BRASILEIRA DE QUADRINHOS) |
· DIOGO MENDES (RINGUE) |
· FRED RUBIM (LE CHEVALIER E A VOLTA AO MUNDO EM 80 HORAS) |
· GERMANA VIANA (ORIXÁS – GRIÔ) |
· JANIS IERULLO (CAPA DE CULPA) |
· JEFFERSON COSTA (QUANDO NASCE A AUTOESTIMA?) |
· MARIANE GUSMÃO (CORINGA: O MUNDO) |
· PIERO BAGNARIOL (LUZIA E OS POVOS DO BRASIL) |
· PRIS GALLICCHIO (COLORINDO A DOR) |
· THAIS LEAL (MONSTROS NÃO DIZEM ADEUS) |
· VERÔNICA BERTA (MARINA – EXPRESSÃO) |
· WANDER ANTUNES (O SILÊNCIO E A TEMPESTADE) |
ARTE FINALISTA NACIONAL
· AL STEFANO (EM CANTOS DA MATA) |
· AMANDA FREITAS (THE FLOWER POT – O COMEÇO) |
· AMANDA MIRANDA (BRABA – ANTOLOGIA BRASILEIRA DE QUADRINHOS) |
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EXPOSIÇÃO
· 51º SALÃO INTERNACIONAL DE HUMOR DE PIRACICABA |
· EXPOSIÇÃO “QUADRINHOS SONOROS VOL.1” |
· EXPOSIÇÃO “SABOR DAS CORES” – OBRAS E PREPAROS ARTÍSTICOS DE CAROL ROSSETTI |
· EXPOSIÇÃO HERÓIS DC |
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· RECONSTRUIR SOBRE O QUE APAGAM – OS ESPAÇOS REIMAGINADOS DE ANA KOEHLER E ALVES – EXPOSIÇÃO INTEGRANTE DA 12ª EDIÇÃO DO FIQ BH |
· SANGUE, SUOR E NANQUIM |
Sobre o Troféu HQMIX:
Criado em 1989 pelos cartunistas Jal e Gual, com a finalidade de premiar e divulgar a produção de histórias em quadrinhos, cartuns, charges e as artes gráficas como um todo no Brasil.
A cada ano são escolhidos, por meio de votação, os que mais se destacaram entre as várias categorias que compõem a premiação.
Desde o início, o apresentador Serginho Groisman tem sido parceiro e padrinho nesta jornada, assim como o apoio do Sesc São Paulo. A Associação dos Cartunistas do Brasil e o Instituto do Memorial de Artes Gráficas do Brasil são as duas entidades que organizam o Troféu HQMIX.
Mário de Andrade: seus relatos da jornada amazônica em ‘O turista aprendiz’ revelam uma pessoa à frente de seu tempo
Maior clássico brasileiro da literatura de viagem ganha nova edição pela Tinta-da-China Brasil, com 14 fotografias tiradas pelo autor e apresentação de Flora Thomson-De Veaux

Fundo Mário de Andrade/Acervo IEB-USP/MA-F-0175
Imagens em alta neste link: https://flic.kr/s/aHBqjBKKwa
Nestes ‘apontamentos de viagem’, como dizia meu avô Leite Morais, às vezes eu paro hesitando em contar certas coisas, com medo que não me acreditem (Mário de Andrade, 1927)
Mário de Andrade morreu aos 52 anos em 1945. Para os parâmetros do século XXI, muito cedo. Seu legado, no entanto, é digno de uma dinastia. Romances, poemas, ativismo cultural, implementação de políticas públicas culturais, um acervo de mais de 30 mil obras, e uma pesquisa etnográfica colhida em dezenas de viagens pelo Brasil.
Foi uma dessas viagens, para a região Amazônica, que Mário transformou, a princípio sem grandes pretensões, no maior clássico brasileiro de literatura de viagem: O turista aprendiz.
Em O turista aprendiz, Mário de Andrade relata a viagem que fez pela Amazônia em 1927 na comitiva da amiga e mecenas Olívia Guedes Penteado. A prosa leve, ora reflexiva, ora irônica, sugere um escritor entregue à experiência e à realização do sonho de conhecer o Brasil.
Publicado pela primeira vez em 1970, o livro foi relançado pela Tinta-da-China Brasil, em edição que recupera o manuscrito original de 1943, revisto pelo autor, e é acompanhado de 14 fotos tiradas com sua “codaque” ao longo da viagem e um mapa detalhado do trajeto percorrido.
A nova edição, organizada e apresentada por Flora Thomson-DeVeaux, diretora de pesquisa da Rádio Novelo e tradutora do livro para o inglês, conta com capa dura e design assinado pela artista portuguesa Vera Tavares.
O olhar de aprendiz sobre a Amazônia
Há uma espécie de sensação ficada de insuficiência, de sarapintação, que me estraga todo o europeu cinzento e bem-arranjadinho que ainda tenho dentro de mim. (Mário de Andrade, 1927)
A viagem aconteceu cinco anos depois da Semana de Arte de 22. Mário de Andrade embarcou no Rio de Janeiro rumo a Belém do Pará. A bordo de um vaticano — embarcação a vapor típica da região, que fazia paradas periódicas para abastecimento de lenha — navegou pelos rios Amazonas, Solimões e Madeira, até as fronteiras do Peru e da Bolívia. Se hoje a Amazônia ainda oferece desafios de acesso aos visitantes, em 1927 uma viagem dessas era uma epopeia.
Os contratempos que todo mundo experimenta quando viaja não faltaram. Ele constata que levou itens errados na mala e para dar conta do calor, decide mandar fazer novas roupas em Belém, de linho branco. O escritor se besunta de repelente para evitar as picadas de uma grande fauna de mosquitos: “é um desespero […] Pela primeira vez, não resisto e me emporcalho da tal pomada inglesa”.
Sem pretensões de uma pesquisa etnográfica rigorosa, como faria na sua viagem ao Nordeste no ano seguinte, o autor concentrou em menos de 200 páginas um impressionante manancial de informações sobre um Brasil até então completamente desconhecido. Mário aproveita para conversar com a população ribeirinha, provar frutas como graviola e guaraná, peixes e pratos típicos como salada de abacate, banhar-se nas praias, remar barquinhos e encalhar num banco de areia, cantar ao luar, beber uísque com água de coco. Ele não poupa a si mesmo, e nem suas companheiras de viagem, em comentários divertidos com seu olhar de “aprendiz”.
Uma viagem que inspira gerações
Nos orgulhamos de ser o único (grande?) país civilizado tropical… Isso é o nosso defeito, a nossa impotência. Devíamos pensar, sentir como indianos, chins, gente do Benin, de Java… Talvez então pudéssemos criar cultura e civilização próprias. Pelo menos seríamos mais nós, tenho certeza (Mário de Andrade, 1927).
Nos registros do diário de viagem, revela-se a personalidade e o senso de humor de Mário. O tom íntimo por vezes lembra a correspondência do escritor, que ao lado desses diários de viagem tem ganhado destaque nas últimas décadas, não apenas pela importância documental, mas por seu alto valor literário.
Consagrado como um clássico da literatura de viagem no Brasil, O turista aprendiz é um dos livros mais referenciados de Mário de Andrade. Ele vem frequentando cabeceiras de diversas pessoas através de décadas, e influenciando artistas para além das letras. O título dá nome ao documentário da fotógrafa Maureen Bisilliat, em 1979; a uma coleção de roupas do estilista Ronaldo Fraga em 2010; e ao longa-metragem de ficção de Murilo Salles, exibido na 48ª Mostra de Cinema de São Paulo. Também serviu de base para a construção do samba-enredo da escola de Samba Mocidade Alegre em 2024 — ano em que a agremiação se consagrou campeã do Carnaval paulista.
O entusiasmo do escritor com o país e a diversidade de suas culturas e paisagens nos dão fôlego para encarar os dilemas culturais, políticos e sociais que o Brasil vive hoje. Como destaca Flora Thomson-DeVeaux em sua apresentação, O turista aprendiz não é apenas um documento literário, mas também um testemunho da aposta de Mário de Andrade na cultura como uma chave para enfrentar os impasses do Brasil.
A leitura de O turista aprendiz ganha nova relevância no cenário contemporâneo, em que a Amazônia está no centro das discussões sobre mudanças climáticas, desmatamento e sustentabilidade. Um clássico.
Ficha Técnica
O turista aprendiz
Mário de Andrade
ISBN: 9786584835306
Formato: 14 x 19,5 x 2,3
Número de páginas: 224 páginas
Preço: R$ 129,90
Sobre Flora Thomson-DeVeaux
É escritora, tradutora e pesquisadora. Traduziu para o inglês Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e O turista aprendiz, de Mário de Andrade. É diretora de pesquisa da Rádio Novelo.
Sobre a Tinta-da-China Brasil
É uma editora de livros independente, sediada em São Paulo, gerida desde 2022 pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos. Sua missão é a difusão da cultura do livro.
https://www.tintadachina.com.br/
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Os pilares da nova geração de alertas mudam o jogo dos apps bancários

Por Luanna Vargas Shirozono, cofundadora da HeronPay e especialista em estatística e economia
Estamos presenciando uma transformação silenciosa e profunda na forma como os aplicativos bancários interagem com seus usuários. No centro dessa revolução estão os alertas inteligentes, que deixaram de ser apenas notificações operacionais para se tornarem verdadeiras ferramentas de cuidado. Cuidado com o tempo, segurança, comportamento financeiro e, acima de tudo, com as pessoas.
Essa nova geração de alertas é parte de um movimento maior, a hiperpersonalização dos serviços financeiros. E é aí que reside o poder de um app bancário moderno em ser um concierge financeiro digital, capaz de compreender contextos, antecipar necessidades e agir com responsabilidade e proatividade.
Em um mundo onde tudo se torna mais “invisível”, das transações aos atendimentos, a visibilidade oferecida por alertas bem estruturados se torna essencial. Mais do que mostrar uma movimentação, eles trazem contexto, significado e orientação. O verdadeiro valor não está na simples notificação de que “uma compra foi realizada”, mas na capacidade de dizer se aquela compra faz sentido, se está alinhada com o padrão de comportamento do usuário, se há risco, se é hora de intervir e de que forma.
Essa abordagem exige tecnologia, mas também exige sensibilidade. Os dados, por si só, não são suficientes. IAs e modelos preditivos viram commodities se não forem alimentados por conhecimento profundo do negócio, visão integrada do cliente e um forte compromisso com a experiência.
Unificação e inteligência: Os pilares da nova geração de alertas
O futuro dos alertas passa pela unificação da visão do cliente, combinando múltiplas fontes e perfis, sejam eles contas adicionais, dependentes, funcionários ou familiares, em uma jornada fluida e inteligente. É essa visão consolidada que permitirá gerar alertas mais contextuais e relevantes, que dialogam com a vida real dos usuários.
Estamos falando de um ambiente controlado, seguro, que oferece muito mais confiança do que redes sociais, e-commerces ou assistentes genéricos. A experiência bancária do futuro não será isolada, mas, sim, integrada a uma série de outros ecossistemas, e os alertas serão o elo que conecta, protege e orienta essa nova vida digital.
Hiperpersonalização: Da promessa à sobrevivência
Com o avanço das tecnologias de IA generativa, dados contextuais e aprendizado contínuo, entramos definitivamente na era da hiperpersonalização financeira. Cada cliente pode e deve ter uma experiência única. Isso inclui não só produtos e serviços, mas a forma como se comunica com o banco, como recebe alertas, como reage a situações imprevistas e como planeja seu futuro.
Neste cenário competitivo, onde o cliente troca de instituição com alguns cliques, oferecer um app que “entende você” já não é luxo, é sobrevivência. A personalização deixou de ser diferencial e passou a ser condição básica para permanecer relevante.
Os alertas inteligentes não são apenas um avanço tecnológico. São o reflexo de uma nova cultura bancária, que entende que cuidar da vida financeira do cliente é mais do que evitar fraudes ou acompanhar saldos. É apoiar decisões, educar, prevenir, proteger sem atrapalhar e ser útil sem ser invasivo.
Acredito que esse é o caminho para uma relação mais próxima, transparente e eficiente entre instituições financeiras e seus clientes. Uma relação construída sobre dados, mas também sobre empatia e propósito. Porque no fim, mais do que transações, o que movimenta o sistema financeiro são pessoas.
Luanna Vargas é especialista em inteligência de pagamentos, com mais de 19 anos de experiência nas áreas de analytics, ciência de dados, prevenção a fraudes e inteligência artificial. Formada em Matemática e Ciência da Computação pela USP, com mestrado em Economia pela UFSCar, ela atuou em empresas como Visa e Will Bank, além de ter sido empreendedora selecionada pela Antler. Atualmente é cofundadora da HeronPay.
Sobre a HeronPay
A HeronPay é uma fintech de ponta para inteligência de pagamentos (SaaS B2B) que revoluciona a forma como consumidores, usuários e empresas interagem com seus pagamentos. Ajudamos organizações a superar riscos identificando fraudes e anomalias no comportamento do cliente, com novos padrões em Analytics com IA e dados de pagamento unificados. Por meio de pontes entre IAs e redes de controle de pagamentos em tempo real, está estabelecendo novos padrões em segurança e inteligência de pagamentos.
Americanas realiza Saldão com até 50% de desconto
– No mês em que completa 96 anos de história, varejista promove evento com promoções em todas as cerca de 1.500 lojas físicas, site e app
– Saldão começa no dia 2 de setembro e terá 20 dias de duração
Em nova fase de seu plano de transformação, a Americanas retoma evento de saldão de ofertas, com até 50% de desconto em produtos de dezenas de categorias e possibilidade de parcelamento em até 12x sem juros com o cartão cliente•a. As promoções acontecem em todas as lojas físicas da rede, além do site e app da marca, com opção de entrega rápida ou retirada na loja. O objetivo é aquecer as vendas para as grandes campanhas comerciais do segundo semestre, como Dia das Crianças, Black Friday e Natal, com datas proprietárias entre o meio e o fim do ano, aumentando a conexão com os mais de 50 milhões de clientes que acessam os canais de vendas da companhia todos os meses. O Saldão acontecerá entre os dias 2 e 22 de setembro, mês em que a companhia comemora 96 anos de história no varejo brasileiro.
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A campanha aumenta a competitividade da varejista no segmento, ampliando o acesso a milhares de produtos. São diversas ofertas focadas em categorias que fazem parte das diferentes jornadas de consumo, como bomboniere, alimentos, limpeza, beleza, higiene pessoal, telefonia, informática, games, eletrodomésticos, portáteis, vestuário, casa, brinquedos e outras. O evento também reforça a parceria estratégica da Americanas com seus fornecedores, o que possibilita condições especiais para oferecer preços competitivos e um sortimento variado aos clientes.
Segundo Osmair Luminatti, vice-presidente comercial da Americanas, esta ação faz parte da estratégia para fortalecer a conexão com os clientes. “Estamos, a cada dia, resgatando a nossa essência que é resolver a vida das pessoas, de uma maneira simples. Ao longo da nossa história quase centenária, sempre fomos reconhecidos pela oferta de um sortimento variado e preços acessíveis. Hoje, continuamos com essa proposta de valor, mas entregando muito mais conhecimento sobre nosso cliente, que vai encontrar descontos agressivos e estoque cheio, com lançamentos da grande indústria”, afirma o executivo.
Ofertas em destaque — Algumas das principais apostas são Fraldas Huggies, Batata Pringles, Hidratante Nivea 400ml, Desodorante Aerosol Rexona, Samsung Galaxy A16, Tabletes de chocolate Lacta e Conjunto de Potes Herméticos DUP.
Pagamentos — Além das promoções e ofertas exclusivas do evento, a Americanas oferece condições especiais de pagamento e parcelamento. As facilidades são ainda maiores para quem possui o cartão cliente•a, próprio da varejista. Durante o Saldão, quem utilizar o cartão cliente•a poderá parcelar suas compras em até 12x sem juros e terá acesso a descontos exclusivos em departamentos selecionados, como vestuário, bomboniere e telefonia.
Campanha – Em parceria com a agência Suno United Creators, a Americanas lança sua campanha “Saldão Americanas, ta valeeendo“. Com materiais de campanha para mídias online e offline, três lives no período, além de conteúdos inéditos para as redes sociais da marca e conteúdo com influenciadores, a marca comunicará as ofertas do Saldão com até 50% de desconto, além dos benefícios que o cliente encontra nas lojas, no site e no app, como parcelar as compras em até 12x no cartão.
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Os principais desafios na adequação de pequenas e médias empresas à LGPD

Por Patricia Punder, advogada e CEO da Punder Advogados
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi um divisor de águas na forma como empresas brasileiras de todos os portes tratam informações pessoais. No entanto, embora a legislação seja única, os caminhos para sua adequação são desiguais. As pequenas e médias empresas (PMEs), que representam a maioria dos negócios do país, enfrentam desafios específicos que vão além da simples falta de orçamento. Trata de uma questão de cultura de governança, desconhecimento técnico-jurídico e ausência de priorização estratégica.
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae recentemente, revelou que a adequação das PMEs à LGPD ainda está muito longe do necessário. Embora 80% dos empreendedores afirmem já ter ouvido falar da legislação, apenas 5% dizem conhecê-la em profundidade. Mais preocupante é o fato de que 77% dos pequenos negócios não adotaram nenhuma medida concreta de adequação, mesmo quase cinco anos após a entrada em vigor da lei. Além disso, 52% dos empresários não conseguem mensurar o impacto de incidentes cibernéticos e demonstram baixa familiaridade com o tratamento de dados sensíveis.
O primeiro grande desafio é entender que a LGPD não é opcional. Ainda é comum, em ambientes de PMEs, a percepção de que a lei só se aplica a grandes corporações ou a empresas de tecnologia. Essa crença é equivocada e perigosa. A LGPD não faz distinções com base no porte da empresa, mas, sim, sobre o tratamento de dados pessoais. Ou seja, qualquer organização que colete, armazene ou utilize dados identificáveis de clientes, colaboradores ou fornecedores, está sujeita à lei.
Em segundo lugar, há uma dificuldade real de traduzir os requisitos legais da LGPD em processos internos claros. A ausência de equipes jurídicas ou de compliance especializadas dentro da estrutura da empresa exige soluções criativas e acessíveis. No entanto, muitas vezes, o que se vê é uma tentativa de “copiar e colar” modelos prontos da internet ou de adotar medidas formais sem a correspondente mudança prática no cotidiano operacional. Essa abordagem não só é ineficaz, como representa um risco jurídico: aparentar conformidade sem efetivamente implementá-la.
Outro ponto crítico é a fragilidade na segurança da informação. A LGPD exige medidas técnicas e administrativas adequadas à proteção dos dados. Porém, boa parte das PMEs opera com infraestrutura limitada, sem controle de acessos, sem backups regulares, e com baixa maturidade em gestão de riscos cibernéticos. Nesse contexto, a exposição a vazamentos ou incidentes é elevada e muitas vezes invisível para os próprios gestores. A ideia de que a proteção de dados é apenas um tema jurídico está ultrapassada, é um pilar de segurança e continuidade do negócio.
Um desafio que considero central é o da responsabilização do controlador. A LGPD impõe deveres claros aos controladores de dados, que não podem ser terceirizados integralmente. Ainda que o tratamento seja operacionalizado por terceiros, a obrigação pela governança e pela conformidade permanece com o controlador. Em PMEs, essa figura costuma ser o próprio sócio ou CEO, o que aumenta a exposição pessoal a riscos legais e reputacionais. É fundamental que esse profissional compreenda o impacto da lei, não como uma barreira, mas como uma oportunidade de elevar o padrão de gestão e construir confiança com seus stakeholders.
Além disso, o mercado ainda carece de mecanismos de apoio voltados à realidade das PMEs. A própria Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já reconheceu isso ao publicar normativos voltados a agentes de pequeno porte. No entanto, tais instrumentos precisam ser mais divulgados, debatidos e aplicados com inteligência. O setor jurídico tem papel crucial em traduzir essas normas em soluções viáveis, de forma educativa e prática, sem gerar pânico ou burocratização excessiva.
É preciso dizer que a adequação à LGPD não é um projeto com data de início e fim. Se trata de um processo contínuo de amadurecimento institucional, que deve ser incorporado à estratégia da empresa. Não há fórmula mágica, mas há um ponto de partida essencial, que é reconhecer que o tratamento de dados pessoais envolve deveres legais, riscos reais e relações de confiança que sustentam a atividade empresarial no século XXI.
A LGPD veio para ficar. As PMEs que compreenderem isso de forma profunda e estratégica sairão na frente, não apenas no cumprimento da lei, mas na construção de uma cultura organizacional mais ética, segura e sustentável.
Patricia Punder, é advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020.
Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br
Por que a IA conversacional será o novo “front office” das empresas nos próximos 5 anos

Por Celso Amaral, Diretor de Vendas e Parcerias Brasil e sul da América Latina da Kore.ai
Nos próximos cinco anos, o ponto de contato entre empresas e clientes será dominado por uma nova camada tecnológica, que são as interfaces conversacionais com processamento de linguagem natural (NLP) avançado. Essa tecnologia, até pouco tempo restrita a laboratórios e protótipos, evoluiu a ponto de se tornar a espinha dorsal de um novo modelo de atendimento, substituindo gradativamente os SACs tradicionais.
É uma transição profunda, impulsionada por consumidores mais exigentes, jornadas digitais cada vez mais fluidas e pela maturidade técnica que a inteligência artificial (IA) atingiu ao interpretar e responder à linguagem humana com naturalidade e contexto.
O fim do front office tradicional
O modelo convencional de atendimento, centrado em call centers, resposta interativa por voz (IVR) e atendentes humanos, está se tornando obsoleto. As longas esperas, os fluxos engessados e a fragmentação de canais não são mais compatíveis com a experiência que o consumidor moderno espera.
Ao contrário, os agentes conversacionais baseados em NLP de última geração são capazes de compreender a intenção do usuário mesmo em frases complexas, com ruídos ou ambiguidade linguística; interpretar contexto em tempo real, mantendo o histórico da conversa e ajustando respostas dinamicamente; analisar o sentimento da interação, detectando frustração, urgência ou insatisfação; desambiguar expressões com múltiplos significados; suportar múltiplos idiomas e variações regionais, inclusive com capacidades específicas para o português e seus sotaques; e conduzir diálogos em voz e texto com fluidez, se integrando a canais de comunicação.
Essa sofisticação na compreensão e geração de linguagem está tornando os agentes conversacionais em verdadeiros interlocutores digitais, capazes de resolver demandas com mais precisão e rapidez do que equipes humanas.
De centro de custo a gerador de valor
A mudança é também de mentalidade. O atendimento ao cliente, historicamente tratado como centro de custos, se transforma em motor estratégico de valor. Os agentes conversacionais atuais não apenas respondem, eles recomendam, executam, antecipam, aprendem e evoluem com cada interação.
Segundo um relatório da Gartner, escritório de pesquisa e consultoria, empresas que adotam IA conversacional com NLP avançado já reportam redução de até 80% no volume de chamadas humanas, além disso conforme uma pesquisa da PwC, do ramo de auditoria e consultoria, as companhias conseguem registrar melhora de mais de 30% em indicadores como Customer Satisfaction Score (CSAT) e Net Promoter Score (NPS). Também é possível obter aumento nas taxas de conversão em canais digitais de venda e suporte, e contar com operação 24/7 com consistência e compliance em escala global.
Esses agentes podem ser aplicados também no atendimento interno, apoiando áreas como RH, TI e finanças com fluxos automatizados de autoatendimento corporativo.
Como estruturar uma operação conversacional inteligente
Implementar um front office baseado em IA conversacional exige mais do que um bom algoritmo. É preciso investir em arquiteturas flexíveis e seguras, governança de conhecimento, curadoria linguística contínua, e design conversacional centrado no usuário, com foco na jornada, empatia e na solução, não apenas na resposta.
Empresas que não começarem essa transformação imediatamente correm o risco de perder competitividade. O consumidor já fez sua escolha, ele quer ser atendido de forma instantânea, fluida, eficiente e por uma interface inteligente.
O front office do futuro não será um call center, será um ecossistema de agentes digitais conversando com fluência e inteligência com clientes e colaboradores, onde e quando for necessário.
Celso Amaral é Diretor de Vendas e Parcerias Brasil e sul da América Latina da Kore.ai. Possui formações e especializações, como engenharia, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA; pós-graduação em administração de empresas pela EAESP / FGV; liderança para executivos sêniores, no Stan Slap Institute; especialização em finanças corporativas, pelo Babson College; especialização em liderança organizacional, pelo Center for Creative Leadership – CCL e especialização em fusões e aquisições (M&A), pela The Wharton School.
Sobre a Kore.ai
A Kore.ai é uma desenvolvedora de software e especializada em soluções conversacionais, fundada em 2014 e tem hoje cerca de 1.000 colaboradores, sendo mais de 70% formada por desenvolvedores e especialistas. A empresa tem escritórios físicos nos EUA, Reino Unido, Índia, Japão e Coreia do Sul, além do Brasil, onde a empresa está presente desde 2022. A maior parte dos seus clientes está na América do Norte, Europa e na Ásia. Mais de 100 milhões de consumidores e 500 mil funcionários de empresas já interagiram com plataformas conversacionais de assistentes virtuais criados pela plataforma. A Kore.ai (matriz) passou recentemente por uma rodada de investimento série D, na qual levantou US $150 milhões. Visite www.kore.ai para saber mais.