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FLASHES E BRILHOS

Educação lança campanha para combater evasão escolar no RN

O Governo do Estado, através da Secretaria da Educação e da Cultura anuncia o calendário de matrículas para o letivo de 2019. As escolas estaduais, entre os dias 01 a 30 de outubro, vão iniciar a atualização da oferta de vagas que serão disponibilizadas na rede de ensino para 2019. O próximo ano letivo inicia-se no dia 14 de fevereiro de 2019.

Secretaria Estadual de Educação divulga calendário de matriculas para o ano letivo de 2019

Secretaria Estadual de Educação divulga calendário de matriculas para o ano letivo de 2019

A Secretaria lança a campanha Chamada Escolar, destinada aos alunos que estão fora da escola, por motivo de evasão, por exemplo. No período de 06 a 30 de novembro esses alunos e seus responsáveis poderão fazer a matrícula pelo portal público do SIGEduc (sigeduc.rn.gov.br) ou através do aplicativo Matrícula Escolar RN (disponível gratuitamente no sistema Android). Uma vez realizada a inscrição via sistema, o responsável terá quatro dias úteis, a partir da solicitação e confirmação, para efetivar a matrícula junto a escola, apresentando toda a documentação do aluno. Paralelamente, no mesmo período, de 6 a 30 de novembro, também ocorrerão as matrículas para o ensino médio em tempo integral.

Caso o estudante ou responsável não consiga fazer a matrícula por essas plataformas, ele pode também fazê-la na própria escola ou na sede da Diretoria Regional de Educação e Cultura (DIREC) onde a escola está jurisdicionada ou, ainda, na Central de Matrículas, localizada no andar térreo da Secretaria de Educação, localizada no Centro Administrativo do Estado. “Em 2018 foram ofertadas 240 mil vagas e em 2019 a expectativa é que esse número aumente”, comentou Ana Paula Flor, coordenadora da Central de Matrículas da SEEC

De 06 a 30 de novembro acontece também a matrícula, dos estudantes com necessidades educacionais especiais (NEE).  Em seguida, de 26 de dezembro a 18 de janeiro, será a vez dos alunos que vão fazer a renovação da matrícula, dos alunos veteranos.  A própria escola fará a solicitação no sistema.

Os alunos da rede estadual de ensino que buscarem transferência para outra unidade da própria rede devem comparecer na secretaria da escola, no período de 26 de dezembro de 2018 até o dia 21 de janeiro de 2019. O mesmo prazo vale para as transferências dos alunos oriundos da rede municipal para a estadual de ensino. Os estudantes que por motivo pessoal desejem ser transferidos devem buscar a sua escola no período de 26 de dezembro até o dia final das demais transferências, dia 21/01/19.

A publicação do resultado das vagas concedidas e efetivação das solicitações de transferências será publicado no SIGEduc no dia 25 de janeiro e o responsável terá quatro (4) dias úteis mesmo mês para levar toda documentação do aluno e efetivar a vaga na escola.

FLASHES E BRILHOS

MADA reforça música feita por mulheres. Confira a programação completa

Daqui a duas semanas começa a edição de 20 anos do Festival MADA. Pelo line up completo divulgado nesta sexta-feira (28), esta tem todas as condições para se tornar uma edição histórica – bora ver se ao vivo tudo funciona para confirmar as expectativas. Ao todo foram escaladas 26 atrações. Dentre as headliners estão Cordel do Fogo Encantado, Atooxxá, Pitty, Nação Zumbi, Baiana System, Rincon Sapiência e Franz Ferdinand (Escócia), que se apresenta pela primeira vez no Nordeste.

Pitty: novo formato

Pitty também é uma das atrações do festival

O MADA confirma em 2018 a vocação de festival grande. O evento, que só deixou de ser realizado em 1999 e em 2010, consolida posição de destaque no circuito de festivais no Brasil ao mostrar ano a ano curadorias sintonizadas com o que de mais contemporâneo está sendo produzido no país. A fórmula é equilibrar artistas em ascensão com atrações de grande público. A programação deste ano não foge a regra.

Nesta edição, talvez mais do que em todas as outras, o Nordeste está fortemente representado. 18 das 26 atrações tem origem na região, embora algumas residam atualmente no Sudeste, como a recifense Duda Beat, radicada no Rio de Janeiro, e as natalenses Far From Alaska e Luisa e os Alquimistas, morando em São Paulo. Mas o Nordeste nestes artistas é um questão de sotaque, porque a sonoridade caminha mais pelo universal urbano e eletrônico.

A escocesa Franz Ferdinand é aposta do festival para alavancar circuito internacional

A escocesa Franz Ferdinand é aposta do festival para alavancar circuito internacional

A presença feminina também é marcante:  11 cantoras darão voz a este festival nos dois dias do evento. Algumas chegam à Natal com boa expectativa, é o caso de Jade Baraldo, Larissa Luz e a já citada Duda Beat. A elas, vale a pena ficar de olho em outras atrações que vem despontando no cenário nacional, como é o caso do rapper Rincon Sapiência e do grupo Atooxxá. Dos gringos, a produção apostou em dois nomes novos que vêm galgando espaço em seus países, é o caso da banda Saint Chameleon (Áustria) e o da cantora Alfonsina (Uruguai). Mas o grande destaque – de todo o festival por sinal – são os escoceses do Franz Ferdinand. Bastante queridos do público brasileiro, eles vêm ao país para apenas três concorridos shows, sendo que pela primeira vez no Nordeste.

O MADA vai acontecer entre os dias 12 e 13 de outubro, no gramado do Arena das Dunas. Uma novidade nesta edição é a ampliação do espaço. Ao invés de dois palcos grandes, desta vez serão três palcos, sendo dois (lado a lado) no gramado e o terceiro na área Podium. O festival ainda contará com Feira Mix, praça de alimentação e área de convivência. A abertura dos portões será às 17h. Os ingressos, à venda no site Sympla, custam entre R$ 60 (meia) e R$ 80 (inteira promocional) a pista (cada dia).

Larissa Luz: Ex-Araketu e Lucy in The Sky aposta em álbum solo

Larissa Luz: Ex-Araketu e Lucy in The Sky aposta em álbum solo

Cena Potiguar
A pulsante cena potiguar marca presença no festival com dez atrações. Dos conhecidos, Talma&Gadelha, Alphorria e as já citadas Far From Alaska e Luisa e os Alquimistas. Dentre as novidades, está Ângela Castro, que com 15 anos de vivência na música estreou em carreira solo neste ano com o disco “Buena Onda”. Outros nomes interessantes para ficar de ouvido ligado são a banda de punk rock só de meninas Demonia, a drag queen Potiguara Bardo, cujo disco de estreia está repercutindo bem, a cantora Bex e as bandas Ardu e Ciro e a Cidade.

O VIVER preparou um guia com informações sobre o som de cada uma das atrações que vai tocar no evento. Confira.

Sexta, 12 de outubro
Palco A:

20h20 – Jade Baraldo  (SC): Combina MPB e pop eletrônico com uma voz suave e letras bem formuladas. Em seus clipes ela em esbanja sensualidade, é o caso de “Brasa”, seu maior sucesso. Algumas influências são Lana Del Rey e Lorde.

21h40 – ATOOXXA (BA)

Coletivo formado por Raoni Knalha (voz), Rafa Dias e Wallace Chibata (guitarra). O grupo se destaca por ressignificar o pagode baiano a partir de bases eletrônicas. O maior sucesso é “Popa da Bunda”. Do novo disco, “LUVBOX”, prestes a ser lançado, o single “Caixa Postal” resgata a estética dos anos 1990.

23h20 – Cordel do Fogo Encantado (PB)

O grupo que fez fama com uma mistura de ritmos nordestino e poesia popular está de volta a ativa depois de oito anos parado. O reencontro de Lirinha e companhia resultou no disco de inéditas “Viagem ao Coração do Sol”.

2h – Pitty (BA)

Campeã de participações no MADA. Foram sete, sendo uma com o projeto Agridoce. Nesta nova apresentação a cantora traz o show “Matriz”. A apresentação conta com músicas como “Na Pele”, lançado com participação de Elza Soares, e “Contramão”, com Emmily Barreto (Far From Alaska) e Tássia Reis, além de sucessos da carreira e algumas surpresas.

Palco B:

19h40 – Alfonsina (URU)

Cantora, compositora e multiinstrumentista, ela começou na música em 2010 por incentivo do produtor musical inglês Tricky (ex-Massive Attack). Seu som bebe no jazz e na canção popular uruguaia.

21h – Saint Chamaleon (AUT): A banda transita pelo funk, jazz, música clássica e cigana. Criado em 2010, o grupo primeiro fez um circuito de festivais pela Europa até que lançar o EP “Sail”, em 2015. O álbum mais recente é “Mockingbird”, de 2018.

22h30 – Far From Alaska (RN): Rock de riffs pesados e vocais femininos. O disco mais recente, “Unlikely”, colocou tempero pop com mais efeitos eletrônicos.

0h30 – Nação Zumbi (PE): Um dos grupos mais importantes do país, referência para muita gente que veio depois. Fez shows históricos no MADA e retorna ao festival como uma das atrações mais aguardadas. Ao manguebeat raiz, os músico têm dado outros sons que não deixam a sonoridade do grupo parada no tempo.

Palco Podium:

18h – Demonia (RN)

Banda de punk rock formada por Quel Soares, Nanda, Isabela Graça, Karina Moritzen e Karla Farias. As músicas transitam por temas políticos e agressivos, com tiradas ácidas, divertidas e grudentas.

19h – Talma e Gadelha (RN)

Banda de rock com pitada pop, o Talma&Gadelha lançou recentemente no Itaú Cultural e Casa Natura, em São Paulo, o disco “Marfim”, que marca uma nova fase do grupo.

20h – RIEG (PB): Trio de trip hop e pop experimental recheado de referências visuais. Criada em 2010, a banda soma cinco EPs e um álbum conceitual.

21h – Duda Beat (PE): A cantora lançou seu primeiro disco em 2018, “Sinto Muito”. O trabalho casa o brega pernambuca no com uma mistura de reggae, dub e pop. Seria algo como “sofrência pop” cantada com uma voz de sotaque apaixonante. A música “Bixinho” tem tudo pra ser um dos hits do MADA.

22h – Dingo Bells (RS)

Trio de indie pop que vem ganhando terreno na cena brasileira. Já estiveram no Lollapalooza Brasil 2016, abriram shows do Ringo Starr e Maroon 5. As principais músicas são “Dinossauros” e “Eu vim passear”

Sábado, 13 de outubro
Palco A:

19h40 – Angela Castro (RN)

Com 16 anos de carreira, a artista lançou disco solo em 2018, mostrando um pouco de suas vivências musicais, mas caindo em sonoridades de rock setentista, beats eletrônicos, dub e afrobeat.

21h10 – Luisa e os Alquimistas (RN)

Luisa vai mostrar no MADA canções do disco “Vekanandra” (2017) e “Cobra Coral” (2016). A sonoridade passeia pelo pop, a música eletrônica das periferias do Brasil, pelo soul e por influências jamaicanas.

22h50 – Rincon Sapiencia (SP)

O rapper se apresenta pela primeira vez no RN um ano após o lançamento do disco “Galanga Livre”, que catapultou sua carreira. Além da poesia marcante, a negritude de seu trabalho se faz sentir nos ritmos, que vão desde a capoeira até o blues, passando pelo coco, tropicália e o afrobeat

00h30 – Franz Ferdinand (UK): A banda surgiu no comecinho dos anos 2000 com uma mistura de rock e dance music que pegou nas pistas mundo afora. Em Natal, eles prometem mostrar os sucessos da carreira, como “Take me out”, “Do You Want to”, “This Fire” e “Darts of Pleasure” e apresentar o álbum mais recente, “Always Ascending”, lançado no começo do ano.

Palco B:

19h – Oto Gris (SP): Trio formado em 2015 com forte influência da MPB setentista, o jazz, o rock progressivo e o reggae. O novo single “Brilhos Negros” soma flautas, percussões, sussurros e sintetizadores para criar a base pulsante, sombria e poética.

20h20 – Alphorria (RN)

Banda de reggae com mais de 20 anos de carreira. Marcaram época nos anos 90, abrindo shows para diversos nomes nacionais e até puxaram bloco no Carnatal. Eles sobem ao palco para mostrar não só sucessos antigos como músicas inéditas que vão compor o disco novo.

22h – Larissa Luz (BA)

Já passou pela banda feminina Lucy in the sky e pelo Araketo. Em 2012 inicia carreira solo. O disco mais recente é de 2016, “Território conquistado”, que traz participação de Thalma de Freitas e Elza Soares. Ela também está em turnê ao lado da potiguar Khrystal com o espetáculo Elza.

23h40 – Francisco El Hombre  (SP)

Banda que mistura rock, música brasileira e latinidades. Em 2017 ganharam o Grammy Latino de melhor canção em língua portuguesa pela faixa “Triste, louca ou má”. Ano passado o grupo fez um dos animados shows do festival Dosol.

2h – Baiana System (BA)

Uma das bandas mais impactantes da nova cena brasileira. Famosos pela mistura da guitarra baiana com o soundsystem jamaicano, o grupo retorna a Natal depois de fazer o melhor show do MADA passado. No repertório, sucessos do premiado álbum “Duas Cidades”. Vale muito essa segunda dose!

Palco Podium:

19h – Ciro e a Cidade (RN)

Da nova safra de bandas potiguares. O quinteto tem um pé no indie rock e outro no brega nordestino. Lançaram recentemente o EP Encharcado. As composições evocam sonoridades da MPB dos anos 70 e do indie rock anos 90.

20h – ARDU (RN)

Influenciada por Toro y Moi, Icarus e Letrux, a banda mistura instrumentos orgânicos, samples e sintetizadores para criar uma espécie de chillwave tropical.

21h – BEX (RN)

Cantora e produtora musical cujo som transita por experimentações eletrônicas, passando pelo blues, jazz, house, dub, hip-hop e diversos sub-gêneros.

22h – Potiguara Bardo (RN)

A drag queen lançou o disco de estreia “Simulacre” há poucas semanas, mas o trabalho já caiu nas graças de boa parte do público alternativo de Natal. Mistura de vários ritmos, como house, reggae, lambada, vale a pena ver como as músicas vão funcionar ao vivo. O clipe de “Você não existe” já conta com mais de 120 mil visualizações.

Atualizada em 28.09.2018, às 9h
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RN perdeu doadores de órgãos em 2018

Na data em que se celebra o Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos, o Rio Grande do Norte não tem muito o que comemorar. Isso porque o Estado diminuiu em 37,5% o número de doadores de órgãos em um ano, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira (27). Em números absolutos, o RN tinha 32 doadores no primeiro semestre de 2017. Agora, até o primeiro semestre de 2018, o Estado possui 20 doadores. Os números fazem do RN o terceiro pior estado do Brasil em relação à queda na quantidade de doadores. O coordenador da Central de Transplantes do RN, Yuri Galeno, atribui a redução ao corte das linhas telefônicas do Hospital Walfredo Gurgel, onde funciona  a Central, o que contribuiu para a redução de notificações de morte cerebral e, consequentemente, de doadores.

É preciso notificar a existência de potenciais doadores. Sem linha telefônica, notificações caíram

É preciso notificar a existência de potenciais doadores. Sem linha telefônica, notificações caíram 

“Cortaram o telefone do  Hospital Walfredo Gurgel por falta de pagamento. Passamos boa parte do ano sem a disponibilização de telefones para o público geral e isso atrapalhou o número de notificações. As  notificações caíram e a gente sabe por estudos internacionais, que quando diminui a notificação consequentemente vai diminuir a captação e doação. É feito todo um trabalho de educação continuada com os profissionais da saúde para que eles estejam sempre notificando e avisando a central de transplantes, mas não tinha nem como fazer isso porque não tinha telefone para fazer. Isso já foi regularizado, a conta foi paga e o telefone voltou a funcionar”, disse à Tribuna do Norte. As notificações são quando as unidades de saúde suspeitam que há morte cerebral por parte do paciente. O hospital deve ligar para a Central de Transplantes, que dará início aos trâmites necessários para uma eventual doação.

No Nordeste, o RN apresentou redução assim como  Pernambuco (92 em 2017 para 84 em 2018), Piauí (queda de 15 para 10) e Maranhão (8 para 7). Além disso, o Rio Grande do Norte ficou em terceiro colocado entre os onze estados que mais reduziram o número de doadores. Rio Grande do Sul (queda de 144 para 117) e Minas Gerais (117 para 94) lideram o ranking.

Não foi apenas no tocante a doadores que o RN apresentou redução nos dados. A recusa por parte dos familiares também apresentou aumento, indo de 42%  (julho/2017) para 52% (setembro), em números divulgados pela Sesap e Assembleia Legislativa, respectivamente.

“A gente sabe que quanto melhor é a assistência durante o internamento, maior a chance da família aceitar a doação caso ele evolua para a morte encefálica. E a gente sabe a situação que a saúde vive, de precariedade no atendimento, atraso do salário de funcionários. De um modo geral a assistência ficou de certa maneira comprometida nesse período e isso resultou num aumento no número de recusa dos parentes”, explicou, ressaltando ainda questões religiosas e educacionais e o fato do paciente não ter demonstrado em vida que queria ser doador.

Para melhorar o quadro, o atual coordenador explica que alguns cursos estão sendo feitos junto aos profissionais de saúde, aliado ao fato de que o mês atual é considerado o “Setembro Verde”, dedicado à conscientização da importância da doação de órgãos.

“O que vem sendo feito é a abordagem dos profissionais de saúde: vamos fazer três cursos com os profissionais. O primeiro foi feito hoje e outros dois em outubro,  para desmistificar o processo de doação, ensinar como faz a manutenção, como entrevistar o familiar, humanizar o processo”, explicou.

Nacionalmente, apesar de ter registrado queda em onze estados, o Brasil teve um crescimento de 7%, no comparativo entre os primeiros semestres de 2018 e 2017. Em números absolutos, o Brasil tinha 1.653 doadores em 2017 e agora possui 1.765 pessoas que se dispõem a doar seus órgãos para salvar outras vidas.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil poderá fechar o ano com um número recorde de doadores efetivos, em se tratando de projeções anuais feitos pela pasta. As expectativas é de que 2018 encerre com 3.530 doadores efetivos e 10.620 potenciais doadores, números superiores aos outros cinco levantamentos disponibilizados pelo MS.

De acordo com o MS, um doador efetivo caracteriza-se como aqueles que iniciaram a cirurgia para a retirada de órgãos com a finalidade de transplante. O Ministério espera fechar o ano com uma taxa de 17 doadores efetivos por milhão da população (PMP), ultrapassando a meta do Plano Plurianual do Ministério da Saúde, que prevê o alcance de 15 doadores efetivos PMP para este ano. Em números absolutos, o país deve contar com 3.530 doadores efetivos, batendo recorde da série histórica dos últimos cinco anos.

Doações de órgãos
De acordo com levantamento divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), atualmente, o Rio Grande do Norte ocupa o 3º lugar no Nordeste, em número de doações de órgãos com 11,4% por milhão de população (pmp). O Ceará está em primeiro lugar, com 25,9% pmp e Pernambuco em 2º lugar, com 17,7% pmp.

O RN realiza transplantes de rins, córnea e medula óssea, sendo o de córneas o maior quantitativo, com 83 transplantes realizados entre janeiro e junho de 2018. No mesmo período foram realizados 29 transplantes de rim.

No estado existem, cadastrados na lista ativa de espera, 177 pacientes aguardando transplante de córnea, 213 aguardando por um transplante renal e 50 pessoas à espera por um transplante de medula.
Estados que perderam doadores entre 2017 e 2018
Rio Grande do Sul
2017: 144
2018: 117
Minas Gerais
2017: 117
2018: 94
Rio Grande do Norte
 
2017: 32
 
2018: 20
Distrito Federal
2017: 44
2018: 33
Pernambuco
2017: 92
2018: 84
Pará
2017: 17
2018: 11
Piauí
2017: 15
2018: 10
Amazonas
2017: 10
2018: 5
Espírito Santo
2017: 23
2018: 20
Maranhão
2017: 8
2018: 7
Mato Grosso
2017: 1
2018: 0
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Domingo estreia novo projeto de samba em Ponta Negra

Os amantes do samba terão mais um ponto de encontro semanal para apreciar o ritmo. Estreia neste domingo (30), às 15h, no Beleza Bar, o projeto Domingo Batucado, onde o grupo Batuque de Um Povo reunirá artistas para participarem de uma roda em Ponta Negra.

Domingo Batucado promove roda de samba em Ponta Negra
Domingo Batucado promove roda de samba em Ponta Negra

Realizado em parceria com a produtora Nilza Rebouças, o projeto terá como primeiro convidado o cantor Berthone Oliveira, que fez parte do grupo Fé e Raiz. Ele estará ao lado dos músicos do Batuque de Um Povo, que são conhecidos na noite natalense pelas apresentações de sambas consagrados e também com composições próprias, entoadas principalmente às quintas-feiras, no bar de Nazaré, no Beco da Lama.

Na primeira edição do Domingo Batucado, os ingressos custarão R$ 20 e serão vendidos na hora.

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Seis coisas que você não deve fazer no WhatsApp

Parte do cotidiano do brasileiro, o WhatsApp exige alguns cuidados para uma experiência longe de problemas. O aplicativo de mensagens para Android e iPhone (iOS) oferece recursos de segurança importantes que podem ser ativados pelos usuários, como a verificação em duas etapas e o backup de mensagens. Boas práticas durante sua utilização, como ficar atento a links suspeitos e evitar envio de dados sensíveis, também fazem a diferença no dia a dia. Confira, na lista a seguir, o que não fazer no WhatsApp durante o uso do mensageiro.

Saiba o que não fazer no WhatsApp — Foto: Marvin Costa/TechTudo

Saiba o que não fazer no WhatsApp — Foto: Marvin Costa/TechTudo

1. Abrir e compartilhar links suspeitos

Abrir qualquer link recebido pelo WhatsApp, sem qualquer avaliação, é dor de cabeça na certa. Se o envio foi feito por um desconhecido ou alguém com quem você tem pouco contato, desconfie. Mas, mesmo quando a mensagem vem de um parente ou amigo confiável, é preciso ter cautela, já que o link pode ser malicioso sem o conhecimento do usuário.

Ao se deparar com um link no app, observe bem a sua composição e questione: é um site conhecido? Há algo de estranho nos caracteres? No contexto da conversa, faz sentido o envio do link? Esses podem ser indicadores de spam, vírus e outras coisas indesejáveis. Na dúvida, vale também perguntar a quem mandou o link. Para evitar esse tipo de situação, o WhatsApp está testando um recurso para ajudar nessa análise.

Prints do WhatsApp com recurso de links suspeitos em funcionamento — Foto: Reprodução/WABetaInfo

Prints do WhatsApp com recurso de links suspeitos em funcionamento — Foto: Reprodução/WABetaInfo

2. Esquecer de ativar a verificação em duas etapas

Um mecanismo importante para aumentar sua segurança no WhatsApp é a autenticação em duas etapas. Com ele, qualquer tentativa de verificar o número de telefone no aplicativo deve ser acompanhada de uma senha de seis dígitos escolhida pelo próprio usuário. A funcionalidade está disponível para smartphones Android e iPhone(iOS). Para ativá-la, abra o WhatsApp, acesse “Configurações” → “Conta” → “Verificação em duas etapas” → “Ativar”. Também é possível cadastrar um e-mail para desabilitar a função caso você esqueça a senha.

WhatsApp tem verificação em duas etapas — Foto: Aline Batista/TechTudo

WhatsApp tem verificação em duas etapas — Foto: Aline Batista/TechTudo

3. Usar o WhatsApp Web em qualquer PC

O WhatsApp Web, que permite o uso do app de mensagens pelo navegador, pode ser muito prático para quem passa muito tempo no computador. Porém, alguns cuidados são necessários para manter a sua privacidade e segurança.

Evite utilizar o serviço em máquinas de outras pessoas ou de uso coletivo. Se realmente precisar, ao final, tenha certeza de que saiu de sua conta. Caso contrário, outros usuários poderão visualizar as suas mensagens. Além disso, no computador, o usuário pode ficar exposto a softwares maliciosos e sites falsos que se passam pelo mensageiro.

WhatsApp Web permite o uso do app pelo computador — Foto: Lucas Mendes/TechTudo

WhatsApp Web permite o uso do app pelo computador — Foto: Lucas Mendes/TechTudo

4. Ativar o download automático de mídias

Caso você não tenha um plano com dados de sobra ou bastante espaço no celular, desative já o download automático de mídias via rede 3G/4G ou Wi-Fi. Os vídeos, fotos e áudios recebidos pelo WhatsApp podem consumir uma quantidade enorme de dados e armazenamento. Configure o app para que você tenha que optar pelo download de cada mídia ao receber as mensagens. Dessa forma, você poupa memória do seu smartphone e garante mais Internet durante o mês.

Para fazer esses ajustes, acesse “Configurações” → “Dados e armazenamento” → “Download automático”. O caminho vale para celulares Android e iPhone. Há diversas opções para atender às necessidades dos usuários, que podem escolher, item a item, se o aplicativo deve ou não baixar fotos, áudio, vídeos e documentos, na rede de dados e via Wi-Fi.

Download de todas as mídias do WhatsApp desativado na rede de dados  — Foto: Reprodução/Raquel Freire

Download de todas as mídias do WhatsApp desativado na rede de dados — Foto: Reprodução/Raquel Freire

5. Desativar o backup automático

Com o backup de conversas do WhatsApp, os usuários não correm o risco de perder suas mensagens e arquivos caso o celular tenha um problema ou seja roubado, por exemplo. O recurso é útil ainda simplesmente para a troca de aparelhos. Para isso, no app para Android ou no iPhone, vá até “Configurações” → “Conversas” → “Backup de conversas” para ativar ou configurar a função. Depois, todas as suas informações estarão guardadas para caso necessite resgatá-las novamente.

Vale lembrar que o WhatsApp terá backup ilimitado em breve via Google Drive, para celulares Android.

WhatsApp terá backup ilimitado no Android em breve — Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo

WhatsApp terá backup ilimitado no Android em breve — Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo

6. Descuidar-se ao compartilhar informações sensíveis pelo mensageiro

O WhatsApp protege mensagens e chamadas automaticamente com criptografia de ponta-a-ponta, para que ninguém possa ter acesso a elas. O aplicativo é considerado bastante seguro nesse sentido, porém, há quem acredite que existem vulnerabilidades no serviço. Além disso, dados pessoais podem ser compartilhados indevidamente por outros usuários, uma vez que não há como controlar quem pode visualizar o conteúdo repassado. Portanto, é melhor se prevenir e evitar a troca de informações sensíveis pelo app, como dados pessoais, documentos, senhas e endereços.

Evite a troca de informações sensíveis via WhatsApp  — Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo

Evite a troca de informações sensíveis via WhatsApp — Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo

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No alto de seus 87 anos, Palmirinha acaba de ser contratada pela Globo

 Palmirinha Onofre é a nova contratada da Globo (Foto: Divulgação/Veja)
Palmirinha Onofre é a nova contratada da Globo (Foto: Divulgação/Veja)

Palmirinha Onofre com 87 anos de idade, sendo bons deles dedicados a culinária e ao mundo da TV, acaba de ser a mais nova contratada da Globo. Segundo o site Notícias da TV, a vovó mais amada do Brasil fechou contrato com o canal pago GNT, que pertence ao grupo Globo.

No caso, Palmirinha será uma espécie de consultora do reality show Chef ao Pé do Ouvido, uma espécie de MasterChef , que vai estrear no próximo ano no canal pago. Como Palmirinha está com 87 anos e não tem toda aquele vitalidade do passado, a vovó fará gravações rápidas diretamente da casa dela.

A ideia é que Palmirinha dê dicas de como preparar pratos, além de falar sobre a importância da segurança no uso de utensílios da cozinha. O GNT da Globo, por enquanto, faz suspense, sobre mais detalhes do programa ou o número de participantes. Palmirinha, por exemplo, teve que assinar um contrato no qual ela fica proibida de falar sobre a novidade. A apresentação do novo programa ficará por conta da influenciadora digital Thaynara OG.

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No Prêmio Multishow 2018, Tatá Werneck e Anitta ‘repetem’ looks usados por outras famosas

Anitta e Tatá Werneck comandaram o Prêmio Multishow 2018. (Foto: Reprodução)

Anitta e Tatá Werneck foram as apresentadoras do vigésimo quinto Prêmio Multishow, exibido na noite da última terça-feira, 25, em todas as plataformas do canal de TV por assinatura. A festa premiou diversos cantores, como Ivete Sangalo, Marília Mendonça e Luan Santana.

Nas redes sociais, o look usado por Anitta e por Tatá Werneck chamaram a atenção e demonstraram uma certa inspiração das duas. Tatá se baseou em um modelito usado por Ivete Sangalo com um decote em ‘v’. A única diferença é que a atriz e apresentadora preferiu esticar um pouco mais a peça, pois o maridão (Rafael Vitti) estava por ali.

Ivete Sangalo e Rihanna serviram de inspiração para as apresentadoras. (Foto: Reprodução)

Já Anitta, foi até a gringa buscar inspiração. A morena, que está separada do empresário Thiago Magalhães, optou por um look sensual de couro com cinto e uma fivela gigantesca. Rihanna também já usou algo muito parecido durante o lançamento do seu perfume exclusivo.

De acordo com informações do jornalista Leo Dias, do Fofocalizando, a assessoria da Anitta é a mesma do grupo Atitude 67, do qual Leandro faz parte. Nas redes sociais o beijo é apontado como golpe de marketing para o grupo de pagode e também para Anitta colocar fim no nome do ex, Thiago Magalhães.

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600 mil recorrem à informalidade

Por de trás da Casa de Saúde São Lucas, no bairro de Petrópolis, em Natal, o vendedor ambulante Samuelson da Costa, 44 anos, tornou-se presença certa nas tardes de segunda à sexta. Costuma chegar às 13h com o seu carro, modelo Parati de cor preta, carregado de bolos, tortas, salgados, sucos e comidas regionais, e só sai quando vende tudo. Têm dias que isso não demora a acontecer, segundo relata: os clientes conquistados pelo simpático vendedor fazem fila no início da tarde para levar os seus produtos para casa. “Graças a Jesus, as coisas estão dando certo”, afirma sorridente, ao falar das vendas.

Samuelson da Costa vende salgados, bolos e comidinhas na rua por trás da Casa de Saúde São Lucas, em Petrópolis

Samuelson da Costa vende salgados, bolos e comidinhas na rua por trás da Casa de Saúde São Lucas, em Petrópolis

O autônomo é um entre os mais de 600 mil trabalhadores informais do Rio Grande do Norte, que se dedicam a ocupações sem garantias de previdência e outros direitos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A parcela significa quase a metade dos 1,3 milhão de pessoas que têm alguma ocupação de renda no estado. Desde 2015, início da crise econômica, esse número está em crescimento.

Cobrador de ônibus durante nove anos e oito meses, Samuelson mudou de trabalho há um ano e dois meses, depois de passar um período desempregado. “Deixei de ser cobrador e comecei a entregar currículos em outras áreas, mas foi na época da crise econômica e não consegui nada”, relembra. Com uma larga experiência no transporte coletivo, queria procurar outra área para se sustentar. “Aí minha esposa lançou o desafio: por que não vender produtos?”.

Aceitou o desafio e começou  a venda  com salgados, bolos e refrigerantes. O local escolhido para improvisar o seu ponto de vendas foi a rua atrás da Casa São Lucas, lugar de trabalho da esposa. Assim a divulgação do trabalho ficaria mais fácil. Foi ganhando clientes aos poucos – a maior parte funcionários do hospital – e hoje é conhecido por todos. “A divulgação foi boca a boca”, diz. “Hoje, o pessoal todo já conhece, e eu já tenho clientes até de outros locais de trabalho aqui perto”.

Samuelson se tornou tão conhecido, junto com a esposa Naide, que começaram a expandir a lista de produtos e serviços oferecidos. Em 14 meses, passou de três para mais de oito. Hoje, o homem, além de vender no ponto montado, faz encomendas de tapiocas recheadas, cuscuz, tortas doces e salgadas, munguzá, arroz doce, mais de três sabores de bolo, refrigerantes, salgados e sucos variados.

Com exceção do refrigerante e do salgado, o restante é preparado por Naide. Todos os dias, antes de ir para o trabalho, a técnica em enfermagem prepara os produtos em casa. A tarde, a mulher passa a atuar no Centro Cirúrgico do São Lucas e Samuelson vende. Quando acaba de vender, o autônomo aproveita para lavar a louça de casa e evitar trabalho de limpeza no outro dia, e, se for o caso, vai ao supermercado para comprar os produtos que vai necessitar. Às 19h, volta para buscar ao São Lucas para buscar a esposa.

O casal tem se dado bem com a rotina. Naide, segundo conta o marido, é “uma boleira de mão cheia” e “sempre soube cozinhar”, mas nunca havia trabalhado com vendas. As únicas encomendas eram para os familiares. “Aprendeu tudo sozinha e hoje faz sucesso”, elogia. Para dar o descanso à esposa, escolheu trabalhar de segunda à sexta. Os fins de semana e feriado não estavam valendo a pena. “No fim de semana estava vendendo pouco”, explica. “E eu também prefiro não trabalhar por conta da minha esposa, que é a responsável pelos produtos. Ela merece um descanso”.

Fazendo um balanço, Samuelson não se arrepende de ter topado o desafio da esposa. Juntos, conseguem a renda da casa, composta somente pelos dois – o casal não tem filhos. “Isso aqui está dando certo primeiramente por conta de Deus e, depois, dos amigos”, relata. “Hoje, eu consigo pagar as despesas do mês direito e estou melhor do que quando estava dentro da área de transporte coletivo”. Se pensa em largar? “Só se aparecer uma proposta muito boa, mas eu penso no hoje. E, hoje, eu estou satisfeito”.

Do bugre à parati
Quando decidiu se tornar vendedor autônomo, um obstáculo se postou diante de Samuelson: como transportar os produtos e onde montá-los? Nem ele, nem a esposa tinham veículo para isso. A solução foi um bugre inutilizado do irmão, dado para ajudá-los.

Nos primeiros meses, era na traseira do bugre cor de vinho, já velho, que as vasilhas e bandejas de produtos eram colocadas para a venda. Aos poucos, o vendedor juntou dinheiro e comprou uma parati, em estado mais novo. É na mala do carro que os produtos são colocados em exposição. “Daqui a uns quatro anos eu quito, mas ficou melhor porque é um carro que cabe mais coisa”, relata.

O carro é utilizado também para o lazer do casal. Ele facilitou a vida de Samuelson para comprar os ingredientes e melhorar o deslocamento. Outro fator positivo foi a segurança. “O bugre é um carro aberto, os produtos ficavam todos lá, mas nunca aconteceu nada não, ainda bem”, relembra, aos sorrisos.
Por trás dos números 
A série “Por trás dos números – Emprego” traz, nesta última semana do mês de setembro, reportagens sobre a vida das pessoas que estão em diversas situações de ocupação. Nesta quarta-feira, abordamos os trabalhadores que atuam na informalidade.

Rio Grande do Norte
627 mil trabalhadores estão em situação de trabalho informal no Rio Grande do Norte

1.330.000 pessoas tem alguma ocupação no estado

Fonte: IBGE

FLASHES E BRILHOS

Diploma não é garantia de emprego

O taekwondo surgiu na vida de Fábio Matias em 2007 e ganha cada vez mais importância desde então. O potiguar começou a dar aulas da modalidade em escolas de Natal com apenas três anos de prática e, em 2012, iniciou a graduação de Educação Física para se qualificar e seguir em definitivo na área. A formação e as aulas ministradas se tornaram inconciliáveis por causa do horário. Fábio teve que trocar de emprego e hoje, um ano depois de formado, insere-se entre 1,3 milhão de brasileiros com ensino superior completo que ingressaram no mercado de trabalho entre 2014 e 2017 em funções que exigem somente o ensino médio.

Fábio Matias prefere trabalhar na área de formação: “dar aulas me satisfaz, é algo que eu gosto e faço com maior prazer”

Fábio Matias prefere trabalhar na área de formação: “dar aulas me satisfaz, é algo que eu gosto e faço com maior prazer”

 

Os dados são de um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Diesee) no ano de 2017. Não há números regionais. O estudo mostra que grande parte dos profissionais desempregados empreendem ou aceitam trabalhos com menor nível de especialização. No caso de Fábio, o problema não foi diretamente o desemprego: quando se graduou, em julho de 2017, já ocupava a vaga de atendente online em uma empresa de telecomunicação. Entretanto, a mudança, para retornar para a área de Educação Física, está sendo um desafio.

“Dar aulas me satisfaz, é algo que eu gosto e faço com o maior prazer”, declara o educador físico, de 30 anos. “Mas desde que eu me formei ainda não consegui uma vaga de emprego na área, apesar de estar distribuindo currículos e me preparando para fazer concursos públicos”.

Professor de taekwondo mesmo sem a formação superior, Fábio chegou a dar aulas em três escolas de Natal, localizadas na zona Norte.  A carga horária dependia do dia, mas, na maior parte da semana, as aulas findavam somente às 17h. Depois que passou a fazer Educação Física em uma faculdade particular localizada na zona Sul, começou a se prejudicar. As aulas começavam às 18h. Entre a hora em que era professor e a em que era aluno, precisava se arrumar para a aula e atravessar a cidade de ônibus. Não havia tempo e era normal chegar trinta minutos atrasado.

Nas três escolas, Fábio tinha contrato de prestação de serviço, sem carteira assinada. Pesou os prós e contras de se manter neles e trancar o cursos superior ou procurar outras áreas para trabalhar, permanecendo no emprego. Optou pelo segundo e acabou sendo aceito por uma empresa de telecomunicação com atuação no estado, com o horário de trabalho entre às 8h e às 14h. “Passei a ganhar menos, mas consegui carteira assinada e podendo ir para as aulas, conseguir terminar o curso”, relata.

A formação veio em julho de 2017. Um ano depois, ele continua no mesmo cargo na empresa de telecomunicação, com duas tentativas frustradas de promoção. Mas, hoje, sente-se mais qualificado dentro da educação física para procurar empregos mais rentáveis na área. Não há muito tempo, fez entrevistas para escolas. Agora, aguarda a resposta, com a expectativa de voltar a ser professor – seja de educação física geral ou somente da modalidade em que luta há 11 anos.

No rastreio das vagas, Fábio vê o mercado de educação física um pouco restrito, mas não desanima. Se a vaga em que fez a entrevista der certo, já sabe que vai trocar de emprego. “Vou passar a ganhar semelhante, mas terei folgas nos feriados e fins de semana e um horário de trabalho melhor”, avalia. “Sai mais em conta”. Isso também possibilitaria ele voltar a atuar em mais de uma escola, o que aumentaria a sua renda.

Outra opção são os concursos – “um pouco restritos para a educação física, mas que sempre tem vagas” – de professor e de outras áreas fora da educação, como a Polícia Militar e a Polícia Federal. A área de segurança é outra do seu interesse, desde que serviu obrigatoriamente o Exército, aos 18 anos.

Ainda na espera dos resultados e de lançamento dos editais, o que Fábio sabe, com certeza, é que permanecer no seu cargo hoje não é algo que pensa a longo-prazo. “Eu vejo outras oportunidades, até mesmo o mestrado”, diz. “Quando eu era mais moleque, não pensava em educação física, mas isso foi mudando ao longo do tempo e hoje é uma área em que eu me encontrei”.
Por Trás dos Números
A série “Por trás dos números – Emprego” traz, nesta última semana do mês de setembro, reportagens sobre a vida das pessoas que estão em diversas situações de ocupação. Nesta quinta-feira, abordamos os trabalhadores com formação superior que ocupam vagas que exigem qualificação de ensino médio ou semelhante.

Brasil
2,2 milhões de pessoas com formação de ensino superior ingressaram no mercado de trabalho no Brasil entre 2014 e 2017,

1,3 milhão passou a ocupar vaga em funções que exigem somente o ensino médio

Fonte: Dieese

FLASHES E BRILHOS

Antonio Gentil ganha homenagem de Conselho de Cultura

Pelos relevantes serviços prestados à cultura potiguar, em especial à população da cidade de Campo Grande-RN, o empresário Antonio Gentil, fundador da Gentil Negócios e do Instituto Gentil, foi homenageado na tarde da última terça-feira (25) pelo Conselho Estadual de Cultura do RN (CEC/RN).

Conselho de Cultura considera que empresário trata a cultura de forma “exemplar”

Conselho de Cultura considera que empresário trata a cultura de forma “exemplar”

Antonio Gentil recebeu das mãos do presidente do conselho, Iaperi Araújo, o diploma de reconhecimento cultural durante a sessão plenária especial que aconteceu na sede da Academia Norte-Riograndense de Letras (ANRL) e contou com a presença de todos os conselheiros, além do Diretor Geral da Fundação José Augusto (FJA), Amaury Júnior.

Sob o lema “Conhecimento que Transforma”, o Instituto Gentil propõe o estímulo ao conhecimento (leitura, música, informática, arte, etc.), por meio da realização de cursos, oficinas, palestras e seminários no intuito de qualificar e  oferecer melhores oportunidades às crianças e aos jovens da cidade de Campo Grande. O Instituto acredita que transformar a vida de cada uma dessas pessoas é o primeiro passo para transformar toda uma comunidade.

Durante a apresentação do Instituto Gentil, o empresário também destacou a sua trajetória pessoal e empresarial e de como elas foram fundamentais para a criação do espaço em 1996, através de um sonho de contribuir com projetos socioculturais em sua terra natal. “O Instituto Gentil nasceu como complemento de mim. Lá procuramos ofertar o que um dia me faltou”, enfatizou emocionado Antonio Gentil.

Para o advogado Diógenes da Cunha Lima, presidente da Academia Norte-Riograndense de Letras, Antonio Gentil, através do Instituto Gentil, trata a cultura de forma exemplar e comparou as iniciativas realizadas no RN com as que acontecem nos mais diversos países desenvolvidos. “Acabamos de ver aqui, nesta apresentação, como a cultura deve ser tratada. É preciso reconhecer essas iniciativas para que outras pessoas as tomem como exemplo e passem a investir em ações socioculturais”, destacou o imortal da Academia Norte-Riograndense de Letras.

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