março 2018

A unidade é a primeira do Estado a receber o certificado do Programa Alimentos Seguros (PAS), do Sebrae.

O programa Restaurante Popular do Governo do RN é conhecido por oferecer um almoço nutritivo por apenas R$ 1, mas muitas pessoas não sabem que essa refeição segue rigorosos padrões de qualidade.

As unidades do programa precisam garantir que o alimento oferecido esteja dentro dos padrões sanitários adequados e são fiscalizados pelos órgãos de controle. A Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas-RN), vem trabalhando desde 2015 para garantir a qualidade das refeições oferecidas nas 32 unidades do programa.

Um dos restaurantes que se destaca no quesito qualidade é o de Parnamirim, que há 9 anos atende a população do município, oferecendo mil refeições por dia. A empresa Makros Consultoria, Turismo e Eventos administra a unidade que esse ano recebeu o certificado do Programa Alimentos Seguros (PAS), distribuído às empresas que seguem rigorosas normas de boas práticas de manipulação de alimentos. O PAS é coordenado pelo Sebrae que auxilia os estabelecimentos que trabalham com alimentos a seguirem um conjunto de procedimentos higiênico-sanitários instituídos pela ANVISA.

A unidade possui toda uma estrutura preparada para atender todas as normas sanitárias exigidas para a certificação. Cada setor é dividido e organizado. Um exemplo é o material de limpeza que é dividido em armários classificados por local, onde ma vassoura da cozinha só pode ser usada na cozinha. Na área de produção (cozinha) há panelões, forno combinado e fogão. Tudo organizado de forma a garantir a produção do alimento de qualidade.

A área de produção também é dividida em uma sala onde é preparado a salada e os sucos, dois açougues, um para carnes e outro para frango. Todos possuem máquina de corte e balança de precisão para separar as poções conformes medidas estabelecidas pelas nutricionistas.

Há um local só para o estoque de descartáveis e no almoxarifado ficam os alimentos não perecíveis com ventilador ligado 24h para deixar o local na temperatura ambiente de 26º graus, garantindo assim a conservação correta dos alimentos. Tudo é etiquetado com as datas de validade e, além disso, todo o material é suspenso em estrados para não terem contato com o chão ou paredes. Duas câmaras frias fazem o acondicionamento das carnes e das verduras, sempre mantendo as condições ideais para cada categoria.

Segundo a nutricionista geral da unidade, Eugênia Maciel, as boas práticas passam até pela forma de descarte dos resíduos. “Nossa casa de lixo segue todos os padrões e normas sanitárias. Os resíduos orgânicos são doados para reaproveitamento na alimentação animal”, explicou.

Para receber a certificação a unidade teve que passar por uma série de procedimentos como a capacitação dos funcionários, visita da equipe do PAS para realizar consultoria e o acompanhamento diário de um nutricionista do programa para observar a aplicação das normas.

“É todo um caminho que precisamos seguir para conseguir essa certificação. Hoje tenho orgulho de dizer que estamos cumprindo todas as normas de boas práticas. É um privilégio esse certificado para nossa empresa. E estamos trabalhando para trazer a certificação para as outras duas unidades que administramos, Canguaretama e Mossoró”, declarou a proprietária da empresa, Meiry Freitas.

O secretário da Sethas, Vagner Araújo, elogiou a iniciativa e reafirmou o compromisso da secretaria em trabalhar em cada unidade a importância de oferecer uma refeição segura e de qualidade para a população. “Estamos trabalhando para que mais unidades tenham a certificação. O de Parnamirim já é uma referência. O padrão de qualidade dos restaurantes, além de uma necessidade e uma exigência que fazemos para garantir a qualidade do que servimos, é um aprendizado para a população que atendemos. Tem efeito educativo. O objetivo do governador Robinson é garantir que o programa seja de qualidade, independentemente do valor que é pago pela refeição”, ressaltou.

População elogia a qualidade da refeição

A certificação de qualidade do PAS reflete também na popularidade da unidade e na satisfação dos usuários do programa como o moto-táxi Antônio Falcão, 65, que é usuário habitual da unidade. “Venho aqui todos os dias. A comida é excelente. Não tenho do que reclamar, ainda mais pelo preço que pagamos. Aqui é tudo limpo, tudo de qualidade”, afirmou o morador do bairro Rosa dos Ventos.

A dona de casa, Ana dos Santos, do bairro de Passagem de Areia, vem pelo menos três vezes por semana e não vem sozinha, ela traz o filho, a nora e as netas para almoçar no restaurante. “Se eu pudesse viria todos os dias. Um almoço bom desses não é qualquer canto que oferece. Eu venho e trago logo minha família toda para encher o bucho”, contou.

O Restaurante Popular de Parnamirim funciona na Av. Presidente Getúlio Vargas, 395, bairro Santo Reis, com horário de funcionamento a partir das 10h30. A unidade oferece cinco mil refeições por semana, de segunda à sexta-feira.

O programa Restaurante Popular possui 32 unidades e beneficia 24 municípios potiguares, oferecendo 112 mil refeições semanalmente. Outros 20 restaurantes serão inaugurados até junho de 2018.

Iniciativa inédita quer conscientizar sobre os efeitos negativos do tempo na cicatrização e destaca os impactos humano e financeiro de negligenciar o tratamento

Uma coalizão de sete organizações, entre sociedades e associações médicas, de enfermagem e pacientes, com apoio da ACELITY, lança a campanha O Tempo Não Cicatriza. Para feridas complexas, o tratamento é o melhor remédio no Brasil. O objetivo da iniciativa é informar a população e os profissionais de saúde sobre a importância da prevenção e o impacto negativo do tempo no cuidado com as feridas complexas – lesões agudas ou crônicas de difícil cicatrização – e educá-los sobre prevenção, causas, consequências e importância do tratamento.

“A campanha O Tempo Não Cicatriza. Para feridas complexas, o tratamento é o melhor remédio surgiu da constatação de que as feridas complexas são um problema de enormes proporções que são desencadeadas como consequência do Diabetes mal controlado. Impactam significativamente na qualidade de vida dos pacientes, podendo levar à amputação e até à morte”, afirma o presidente da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD), Prof. Dr. Fadlo Fraige Filho.

O pé diabético, uma das feridas crônicas mais frequentes, atinge 2% dos diabéticos brasileiros por ano[1] – o equivalente a 280 mil pessoas. O não tratamento das úlceras nos pés hoje corresponde por 40% a 70% do total de amputações não traumáticas de membros inferiores realizadas no Brasil[2]. Já a úlcera por pressão, outro tipo de ferida crônica, popularmente conhecida como escara, é o terceiro tipo de ocorrência mais frequentemente notificado pelos Núcleos de Segurança do Paciente (NSPs) dos hospitais brasileiros[3]. Estima-se que sua incidência nos hospitais do país seja de 39,81%[4], razão pela qual reduzir o risco de úlceras por pressão é uma das prioridades do Ministério da Saúde[5].

A iniciativa também alerta sobre o risco de negligenciar o tratamento de lesões agudas, como as lacerações traumáticas decorrentes de agravos de trânsito, que deixam mais de 160 mil pessoas com lesões graves[6] no Brasil todos os anos. “As feridas complexas oneram os sistemas de saúde e de previdência por conta dos custos associados a tratamentos prolongados e ao pagamento de benefícios por afastamento e incapacidade”, completa o presidente da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT), Dr. José Mauro Rodrigues.

O Tempo Não Cicatriza. Para feridas complexas, o tratamento é o melhor remédio

A campanha faz um paralelo entre traumas emocionais e físicos para alertar a população sobre o impacto negativo do tempo no tratamento de feridas complexas. “Ao contrário das desilusões, que melhoram com o passar dos dias, as lesões agudas e crônicas de difícil cicatrização só pioram sem o cuidado adequado”, lembra a presidente da Sociedade Brasileira de Tratamento Avançado de Feridas (SOBRATAFE), Dra. Debora Sanches.

A ação será difundida por meio de hotsite (www.otemponaocicatriza.com.br), vídeo-animação e fanpage no Facebook, além da hashtag #OTempoNaoCicatriza, que acompanhará todas as iniciativas. A campanha conta ainda com conteúdo exclusivo para profissionais de saúde, com o objetivo de aprimorar o conhecimento de médicos e enfermeiros sobre o tema, por meio de iniciativas de educação continuada.

“O tema ‘feridas complexas’ precisa ser apresentado e discutido para que se consiga chegar a uma solução efetiva, que reflita em benefícios para pacientes, hospitais e profissionais de saúde”, assegura Pablo Toledo, gerente geral da ACELITY no Brasil, empresa que apoia campanha.

A iniciativa é promovida pelas sociedades brasileiras de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), de Queimaduras (SBQ), de Tratamento Avançado de Feridas (SOBRATAFE), e a de Atendimento Interligado ao Traumatizado (SBAIT); a Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD), e as associações brasileiras de Estomaterapia (SOBEST) e a de Enfermagem em Dermatologia (SOBENDE).

Com a campanha, as instituições envolvidas esperam conscientizar a população sobre feridas complexas e seus riscos, levando as pessoas a procurarem um profissional da saúde que possa avaliar a utilização de tratamentos mais adequados. As opções terapêuticas variam de acordo com o tipo de lesão e a região do corpo em que estão localizadas.

Atualmente, estão disponíveis no País soluções inovadoras como curativos avançados com propriedades antimicrobiana, antiodor, regenerativa ou hidratante, que contribuem para a cicatrização. Também existem tecnologias hospitalares e domiciliares, como o sistema de pressão negativa, que utiliza a pressão controlada e localizada sobre a lesão por meio de um curativo de espuma coberto por uma película e ligado a um sistema de drenagem e a câmara hiperbárica que permite ao paciente respirar oxigênio puro enquanto fica sob uma pressão de duas a três vezes superior à pressão atmosférica ao nível do mar. Ambas as tecnologias aceleram o tempo de cicatrização de feridas.