FLASHES E BRILHOS

Esse jornal se acabou, diz Bolsonaro ao Jornal Nacional sobre a Folha

Durante entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, nesta segunda-feira (29), Jair Bolsonaro (PSL) voltou a atacar a Folha e afirmou que “por si só, esse jornal se acabou”.

As afirmações de Bolsonaro se deram em resposta a uma pergunta do jornalista William Bonner, apresentador e editor-chefe do Jornal Nacional.

Bonner questionou: “O senhor sempre se declara um defensor da liberdade de imprensa, mas, em determinados momentos, chegou a desejar que um jornal deixasse de existir. Como presidente eleito, o senhor vai continuar defendendo a liberdade da imprensa e a liberdade do cidadão de escolher o que ele quiser ler, o que ele quiser ver e ouvir?”

Fachada da loja de açaí de Walderice Santos da Conceição, 49, em Mambucaba, Rio de Janeiro
Fachada da loja de açaí de Walderice Santos da Conceição, 49, em Mambucaba, Rio de Janeiro – Lucas Landau – 2.mai.2018/Folhapress

“[Sou] totalmente favorável à liberdade de imprensa”, respondeu Bolsonaro. Contudo, disse que há a a questão da propaganda oficial de governo, “que é outra coisa”.

Em seguida, o presidente eleito citou o caso de Walderice dos Santos da Conceição, a Wal, ex-assessora dele na Câmara dos Deputados que vendia açaí e prestava serviços particulares ao deputado federal em Angra dos Reis (RJ), onde ele tem casa de veraneio.

“Aproveito o momento para que nós realmente venhamos fazer justiça aqui no Brasil. Tem uma senhora de nome Walderice, minha funcionária, que trabalhava na Vila Histórica de Mambucaba e tinha uma lojinha de açaí. O jornal Folha de S. Paulo foi lá, nesse dia, 10 de janeiro, e fez uma matéria e a rotulou de forma injusta como “fantasma”. É uma senhora, mulher, negra e pobre. Só que nesse dia 10 de janeiro, segundo boletim “A iniciativa da Câmara”, de 19 de dezembro, ela estava de férias. Então, ações como essa por parte de uma imprensa, que mesmo a gente mostrando a injustiça que cometeu com uma senhora, ao não voltar atrás, logicamente que eu não posso considerar essa imprensa digna”.

Bolsonaro prosseguiu: “Não quero que [a Folha] acabe. Mas, no que depender de mim, imprensa que se comportar dessa maneira indigna não terá recursos do governo federal”. O presidente eleito, depois, completou: “Por si só esse jornal se acabou”.

Em janeiro deste ano, a Folha revelou que Bolsonaro usava verba da Câmara para pagar Walderice. Ela figurava desde 2003 como funcionária do gabinete do deputado federal, recebendo salário de R$ 1,3 mil ao mês, mas vendia açaí em uma barraca vizinha à casa de veraneio dele em Mambucaba (RJ).

Walderice pediu demissão do gabinete de Bolsonaro após as reportagens da Folha.

Na sequência da entrevista à Globo, Bolsonaro fez nova acusação contra o jornal. “Inclusive a última matéria, onde eu teria contratado empresas fora do Brasil, via empresários aqui para espalhar mentiras sobre o PT. Uma grande mentira, mais um fake news do jornal Folha de S. Paulo, lamentavelmente”, afirmou.

O presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo
O presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo – Reprodução/TV Globo

O presidente eleito disse que a reportagem da Folha o acusa de ter contratado empresas no exterior, por meio de empresários, para enviar mensagens anti-PT por aplicativo.

Na verdade, a reportagem publicada no dia 18 de outubro afirma que empresários impulsionaram disparos por WhatsApp contra o PT.

O pagamento por empresas de ações que beneficiem a campanha de um candidato é proibido pela lei eleitoral.

Após as afirmações de Bolsonaro, Bonner pediu a palavra e fez um comentário.

“Como editor-chefe do Jornal Nacional, eu tenho um testemunho a fazer. Às vezes, eu mesmo achei que críticas que o jornal Folha de S.Paulo tenha feito ao Jornal Nacional me pareceram injustas. Isso aconteceu algumas vezes. Mas para ser justo do lado de cá, eu preciso dizer que o jornal sempre nos abriu a possibilidade de apresentar a nossa discordância, apresentar os nossos argumentos, aquilo que nós entendíamos ser a verdade.”

O jornalista prosseguiu: “A Folha é um jornal sério, um jornal que cumpre um papel importantíssimo na democracia brasileira. É um papel que a imprensa profissional brasileira desempenha e a Folha faz parte desse grupo da imprensa profissional brasileira”.

Bolsonaro apenas ouviu e não respondeu nada.

Diferentemente do que Bolsonaro afirmou na entrevista, a Folha não mentiu sobre a funcionária fantasma de seu gabinete. Desde a primeira reportagem, o agora presidente eleito vem dando diferentes e conflitantes versões sobre a assessora para tentar negar —todas elas não são condizentes com a realidade.

Ao Jornal Nacional, Bolsonaro disse que a assessora estava em férias quando o jornal visitou o local pela primeira vez, em janeiro.

Folha esteve na Vila Histórica de Mambucaba em duas oportunidades. A primeira, em janeiro, durante o recesso parlamentar, quando ouviu de moradores que Walderice não tinha ligação com a política, prestava serviços na casa do parlamentar e tinha como atividade principal a venda de açaí e cupuaçu. Segundo depoimentos colhidos da região, o marido dela, Edenilson, era caseiro de Bolsonaro.

Neste dia, a Folha se encontrou com Bolsonaro, por acaso, no local. Ele deu diversas explicações sobre Walderice, mas em nenhum momento disse que ela estava de férias —como falou meses depois.

Na segunda oportunidade, em 13 agosto, a Folha retornou à vila e comprou das mãos de Walderice um açaí e um cupuaçu, em horário de expediente da Câmara. À reportagem, ela afirmou trabalhar no local todas as tardes.

Minutos depois de a reportagem se identificar e deixar a cidade, ela ligou para a Sucursal da Folha em Brasília afirmando que ia se demitir do cargo.

A secretária figurou desde 2003 como um dos 14 funcionários do gabinete parlamentar de Bolsonaro, em Brasília. Seu último salário, foi, bruto R$ 1.416,33.

As acusações de Bolsonaro à Folha no JN intensificaram um movimento espontâneo nas redes sociais para que as pessoas assinem o jornal.

“Amanhã mesmo vou assinar a Folha. Façam isso. Alguém tem que continuar fazendo jornalismo de verdade neste país”, escreveu Priscas [nome do perfil] no Twitter. Outros sugeriam uma campanha para assinar o jornal. “Eu acho que temos que fazer uma campanha para quem puder assinar a Folha”, foi a mensagem de @perdyhoward.

Esse movimento está acontecendo desde o dia 18, quando o jornal publicou reportagem mostrando que empresários impulsionaram disparos por WhatsApp contra o PT.

Também se manifestou em defesa do jornal o presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin.

“Começou mal. A defesa da liberdade ficou no discurso de ontem”, escreveu no Twitter.

“Os ataques feitos hoje pelo futuro presidente à Folha de S.Paulo representam um acinte a toda a imprensa e a ameaça de cooptar veículos de comunicação pela oferta de dinheiro público é uma ofensa à moralidade e ao jornalismo nacional”, disse o ex-governador de São Paulo.

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Trump quer abolir direito à cidadania de filhos de imigrantes nascidos nos EUA

Donald Trump fala em comício em Charlotte, na Carolina do Norte — Foto: Chuck Burton/AP

Donald Trump fala em comício em Charlotte, na Carolina do Norte — Foto: Chuck Burton/AP

O presidente americano Donald Trump quer abolir por meio de uma ordem executiva o direito à cidadania concedido a todos os que nascem no território dos Estados Unidos, de acordo com uma entrevista divulgada nesta terça-feira (30).

“Somos o único país do mundo onde uma pessoa entra e tem um bebê, e o bebê é basicamente um cidadão dos Estados Unidos por 85 anos, com todos esses benefícios”, disse Trump ao site Axios durante uma entrevista publicada nesta terça-feira (30). “É ridículo. É ridículo. E isso tem que acabar”.

A proposta foi anunciada a uma semana das eleições legislativas de meio de mandato. Na campanha para a votação de 6 de novembro, o presidente americano tenta colocar a migração no centro do debate.

Na verdade, dezenas de outros países, incluindo Brasil, Canadá, México e muitos outros no Hemisfério Ocidental, concedem cidadania automática a quem nasce em seu território, de acordo com um estudo do Center for Immigration Studies, uma organização que apóia a restrição da imigração e cujo trabalho os assessores de Trump frequentemente citam.

De qualquer forma, a ideia levantada por Trump está longe de virar realidade, pois uma mudança na Constituição implica procedimentos que não incluem o decreto presidencial.

Na entrevista, o presidente afirmou que pretende assinar um decreto para que as crianças nascidas em território americano e filhas de imigrantes, em situação irregular ou não, não se beneficiem mais deste direito.

Além da resistência que a proposta pode gerar, os juristas questionam o desejo do presidente de acabar com um decreto com um direito garantido pela 14ª Emenda da Constituição.

“Sempre me disseram que você precisava de uma emenda constitucional. Mas sabe o quê? Você não precisa”, disse Trump.

“Agora eles estão dizendo que eu posso fazer isso apenas com uma ordem executiva”, afirmou.

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Dirigente do PSL diz que há ‘mais ou menos’ 15 nomes definidos para ministérios

Comitiva com Bolsonaro deixou casa do presidente eleito, na Barra da Tijuca, em direção à casa do empresário Paulo Marinho — Foto: Alba Valéria Mendonça/G1

Comitiva com Bolsonaro deixou casa do presidente eleito, na Barra da Tijuca, em direção à casa do empresário Paulo Marinho — Foto: Alba Valéria Mendonça/G1

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), saiu de casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para participar de uma reunião em que devem ser discutidos nomes para integrar o ministério de seu governo.

A reunião é na casa do empresário Paulo Marinho, aliado de Bolsonaro desde o início da campanha. Além do presidente eleito, participam do encontro o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), provável ministro da Casa Civil do novo governo, e Paulo Guedes, já anunciado por Bolsonaro como ministro da Economia.

Na saída da casa de Bolsonaro, Gustavo Bebianno, dirigente do PSL, falou com a imprensa. Uma jornalista perguntou: “Quantos ministérios já se sabem os nomes?”

Bebianno respondeu:”Em torno de 15, mais ou menos.Já temos alguns nomes. Mas isso o presidente vai anunciar”.

Questionado sobre a reunião, ele disse que vai ser discutido o desenho do novo governo. “Estamos estudando alguns nomes para o ministério, a composição da equipe que vai trabalhar dentro do Palácio”, afirmou. ” A prioridade é a conclusão da montagem da equipe”, concluiu Bebianno.

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É real! Diretor da Samsung confirma que celular dobrável está quase pronto

Samsung estaria estudando dois tipos de tela dobrável

Samsung estaria estudando dois tipos de tela dobrável

Uma das tecnologias mais aguardadas do momento, o celular dobrável da Samsung está bem perto de virar realidade. Em entrevista a jornalistas brasileiros na Coreia do Sul, um dos principais executivos da empresa confirmou que estamos prestes a ver mais um pouco do aparelho.

“Acho que no próximo mês vamos ter mais informações sobre o display dobrável. É uma tecnologia que está sendo desenvolvida há quatro anos, precisa ser suportada por componentes e tudo o mais. Em termos de hardware ele tem alguns desafios por ser dobrável”, contou Harksang Kim, líder de pesquisa e desenvolvimento da área de visual mobile:

Mas estamos nos últimos estágios de desenvolvimento

As “informações” que Kim cita não devem ser exatamente o lançamento do smartphone, mas algum tipo de protótipo ou novos detalhes do produto. Isso pode ocorrer durante o encontro da Samsung para desenvolvedores, que será realizado entre os dias 7 e 8 de novembro em San Francisco (Estados Unidos).

Recentemente, o executivo-chefe da Samsung, DJ Koh, afirmou que o aparelho será um tablet que cabe no bolso do usuário – tecnologia permitida pelo display dobrável. Kim, contudo, vê o smartphone além de um tablet:

Ele abre e fica maior, vira um tablet. Mas você precisa oferecer algo ao usuário diferente de um tablet. Quando você abre o celular dobrável, é tudo sobre multiprocessamento, interface do usuário

O celular dobrável da Samsung é uma promessa desde 2015, mas tem ganhado cada vez mais corpo nos últimos meses com executivos da empresa vindo a público falar diretamente sobre ele. Isso é um sinal de que o dispositivo está bem perto de virar realidade.

Existe uma corrida entre empresas para viabilizar o lançamento da tecnologia. Companhias chinesas também trabalham em um dispositivo dobrável e há uma disputa para saber quem apresentará a tecnologia potencialmente revolucionária primeiro.

Samsung estaria entre dois protótipos

Segundo reportagem da Bloomberg publicada na sexta (26), a Samsung está debatendo atualmente entre dois protótipos: um que é maior e se abre horizontalmente e outro que se abre verticalmente.

O horizontal tem ganhado votos de designers por ser mais fácil de segurar com uma mão, apesar do display parecer mais estreito quando aberto.

A tela do aparelho abrirá como os celulares flip de antigamente, de forma bem suave. O display, segundo a Bloomberg, é revestido por um filme que pode deixar a tela não tão brilhante quanto consumidores podem gostar.

O atual protótipo pesaria mais de 200 gramas por possuir uma tela maior do que qualquer outro smartphone no mercado. É possível que a Samsung tenha que diminuir a bateria para deixá-lo mais leve, segundo fonte da Bloomberg.

O display dobrável já teria passado por testes que abriram ela 200 mil vezes para verificar a durabilidade, mas existem preocupações de que problemas técnicos possam ocorrer na produção em massa. A tela dobrável, ao rachar, se quebra como um papel seco.

Junto ao Google, a Samsung tem trabalhado em um sistema operacional moldado para o smartphone dobrável. A interface final dependerá de qual aparelho será escolhido entre os dois protótipos. Uma fonte ouvida pela Bloomberg apontou que a Samsung pode não conseguir lançá-lo comercialmente até o segundo trimestre do ano que vem.

* O repórter viajou a convite da Samsung

UOL Tecnologia

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Governo do RN publica decreto que regulamenta transição para Fátima

Comissão de transição terá acesso, mediante requerimento formal, às informações contidas em registros ou documentos da administração estadual; membros não terão remuneração

José Aldenir / Agora RN

Fátima Bezerra assumirá Governo do RN em 1° de janeiro de 2019

O Governo do Rio Grande do Norte publicou na edição desta terça-feira, 30, do Diário Oficial do Estado o decreto que dispõe sobre a atuação de órgãos da administração durante o processo de transição da gestão de Robinson Faria (PSD) para a da governadora eleita, Fátima Bezerra (PT).

O objetivo da medida, segundo a publicação, é garantir os princípios de responsabilidade e transparência da gestão fiscal. Todo o processo será dirigido pelo próprio governador, com apoio do Gabinete Civil.

O decreto estabelece que a próxima governadora poderá indicar nomes para compor uma comissão de transição, que será formada também por nomeados por Robinson Faria. O grupo terá acesso, mediante requerimento formal, às informações contidas em registros ou documentos da administração estadual. O colegiado será desfeito no dia 1° de janeiro de 2019, quando Fátima Bezerra tomará posse no cargo.

De acordo com a assessoria de comunicação do Governo do Estado, a expectativa é que a comissão de transição tenha de 10 a 12 membros, com metade indicada por Robinson Faria e a outra metade, por Fátima Bezerra. A nomeação deve acontecer até o final desta semana. Os integrantes, segundo o decreto, não receberão remuneração pelo desempenho de suas atividades.

Para o desempenho das atividades da comissão de transição, serão disponibilizados espaço físico e a infraestrutura necessária, nas dependências da Escola de Governo, e treinamento, acesso e suporte para utilização do Sistema Eletrônico de Informações.

A comissão de transição deverá ter acesso, aos seguintes documentos e informações:

I – Plano Plurianual (PPA);
II – Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício seguinte, contendo os Anexos de Metas Fiscais e de Riscos Fiscais;
III – Projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) ou, se for o caso, a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício seguinte;
IV – o mais recente Balanço Geral do Estado;
V – demonstrativo dos saldos disponíveis transferidos do exercício findo para o exercício seguinte;
VI – demonstrativo dos restos a pagar, distinguindo-se os empenhos liquidados/processados e os não processados referentes aos exercícios anteriores daqueles relativos ao exercício findo, com cópias dos respectivos empenhos;
VII – demonstrativos da Dívida Fundada Interna e Externa, bem como o cronograma de pagamento para o exercício seguinte;
VIII – relações dos documentos financeiros, decorrentes de contratos de execução de obras, consórcios, parcelamentos, convênios e outros não concluídos até o término do mandato atual;
IX – relação dos incentivos fiscais concedidos, contendo ainda as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração;
X – termos de ajuste de conduta firmados;
XI – termos de gestão firmados;
XII – relação de contratos de aluguel de bens móveis, imóveis e de serviços;
XIII – relação atualizada dos bens móveis e imóveis que compõem o patrimônio do Poder Executivo;
XIV – relação de almoxarifados e seus respectivos estoques;
XV – relação e situação dos servidores, em face do seu regime jurídico e quadro de pessoal regularmente aprovado por lei, para fins de averiguação das admissões efetuadas;
XVI – cópia dos relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal referentes ao exercício findo, contendo os Anexos do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) do 5º bimestre e os Anexos do Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do 2º quadrimestre/1º semestre, bem como cópia das atas das audiências públicas realizadas;
XVII – relação dos precatórios;
XVIII – relação dos programas (softwares) utilizados pela Administração Pública;
XIX – demonstrativo das obras em andamento, com resumo dos saldos a pagar e percentual que indique o seu estágio de execução; e
XX – relatório circunstanciado da situação atuarial e patrimonial dos órgãos previdenciários.

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Governo ainda não tem data para pagamentos da folha de outubro e 13º

Os servidores públicos do Estado ainda não têm notícias sobre o calendário de pagamento da folha salarial referente ao mês de outubro. Também não há informações sobre a quitação do 13º salário atrasado desde o mês de dezembro de 2017 para quem recebe a partir de R$ 4 mil. No momento, a única expectativa, conforme declaração da assessoria de imprensa do Governo do Rio Grande do Norte, é a de que o Executivo deve se pronunciar sobre o assunto nesta terça (30) ou quarta-feira (31). Questionada pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE se o calendário completo seria divulgado, inclusive a projeção para pagamento do 13º salário de 2018, a assessoria não soube responder.

Pagamentos dos salários do mês de outubro e da primeira parcela do 13º ainda estão indefinidos

Pagamentos dos salários do mês de outubro e da primeira parcela do 13º ainda estão indefinidos

“Tudo indica que teremos novidades amanhã (hoje) ou até a quarta-feira sobre o pagamento dos salários de outubro”, adiantou a assessoria de imprensa do Governo Estadual sem dar certeza de que, de fato, o calendário para pagamento do funcionalismo será anunciado nos próximos dias.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do RN (Sinsp-RN), Janeayre Souto, foi enfática ao comentar sobre a falta de informações sobre a folha salarial de outubro: “Nada ainda, nem para fazer um chá. Estamos indo atrás para saber”.

Amanhã haverá novas reuniões do Fórum Estadual de Servidores do RN, que reúnem representantes de diversos Sindicatos e Associações, para discutir o tema. “O Fórum está chamando uma reunião das entidades para definir quais as providências serão tomadas caso não tenhamos nenhuma informação até quarta-feira (31). Vamos pressionar o Gabinete Civil para que haja um posicionamento, inclusive para saber do 13º salário de 2018, cuja primeira parcela deve ser paga agora em novembro”, disse Santino Arruda, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do RN (Sinai-RN).

Santino destacou que “uma greve no fim do ano não é boa, ainda mais em período de transição, mas uma paralisação não está descartada”.

O sindicalista contou que uma comitiva do Sinai-RN esteve na Secretaria Estadual de Planejamento e Finanças (Seplan), e que “infelizmente não há garantia de nada, nem sobre o 13º de 2017, embora esteja circulando que o pagamento do salário de outubro saia até o dia 10 de novembro”.

Servidores da segurança
A TRIBUNA DO NORTE teve acesso à nota interna emitida ontem pelo Sinpol-RN (Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN) aos policiais civis. O texto diz que quanto ao 13º salário de 2017 “continua a mesma situação: o Governo alega que não há dinheiro para pagar, e que ainda existe a remota possibilidade de adiantamento dos royalties do petróleo” para quitação do benefício.

Nilton Arruda, presidente do Sinpol-RN, informou que o “Governo do RN deverá continuar efetuando o pagamento dos salários do mês corrente até o dia 10 do mês seguinte. Nesse passo, a folha salarial de dezembro de 2018 já ficará sob responsabilidade da próxima gestão”.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar do RN também foi consultada, e confirmou não haver nenhuma informação sobre o assunto “folha salarial de outubro, 13º de 2018 e pendências do 13º salário de 2017”.

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Ministério Público e Polícia Civil investigam postagem de mãe que fantasiou filho de escravo

O caso envolvendo uma mulher que postou nas redes sociais imagens do filho de 9 anos fantasiado de negro escravizado será investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte. O caso ganhou grande proporção nas redes sociais na noite da segunda-feira (29), quando milhares de pessoas compartilharam as imagens da criança fantasiada.

Criança de 9 anos foi para festa de Halloween fantasiado de negro escravizado
Criança de 9 anos foi para festa de Halloween fantasiado de negro escravizado

Na postagem, a mãe relatou que o filho que quis ir de escravo para uma festa de Halloween na escola, que fica na zona Sul de Natal. Nas imagens, a criança aparece com tinta escura no corpo, tecidos brancos na cabeça e também formando uma espécie de saia, além de correntes no pescoço, pés e maquiagem reproduzindo cicatrizes por açoitamento.

“Quando seu filho absorve o personagem. Vamos abrasileirar esse negócio #escravo”, postou a mãe em sua conta no Instagram.

Algumas pessoas chegaram a defender a mãe, avaliando a fantasia como uma brincadeira simples. Porém, após diversas críticas, inclusive de artistas pelo Brasil, a mãe ainda chegou a rebater e, com ironias, fez a própria defesa. “N leiam livros d História do Brasil. Eles dizem q existiu escravidão d negros no país, mas isso é mentira. Ñ discuta com essa afirmação, pois vc estará sendo racista, A PIOR PESSOA, um lixo”, postou a mãe que ainda relacionou as críticas à sua preferência política. Ela bloqueou a conta em seguida e circulou uma postagem com um pedido de desculpas atribuído ao perfil que a mulher possui.
“Queria somente pedir desculpas pelo fato! Jamais foi minha intenção ofender alguém, estou extremamente arrependida por tudo que aconteceu e me sentindo MUITO mal com os xingamentos e as ameaças horríveis que estão me mandando. Desculpa a todos, do fundo do meu coração! #paz”, postou. A reportagem da TN tentou, sem sucesso, contato com a mulher.

Tanto o Ministério Público quanto a Polícia Civil vão apurar os fatos. A Promotoria de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente instaurou um procedimento para acompanhar o caso, mas que irá transcorrer em segredo de Justiça por envolver uma criança, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente. Já na Polícia Civil, a situação está sendo apurada pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente, mas ninguém ainda foi ouvido sobre o caso.

Em nota, o CEI da Romualdo Galvão, escola em que a criança estuda, disse que não compactua com qualquer tipo de expressão de racismo ou preconceito.

“Lamentavelmente, a escolha do traje para a participação do Halloween, feita pela família do aluno, tocou numa ferida histórica do nosso país. Amargamos as sequelas do trágico período da escravidão até os dias de hoje. O Colégio CEI não incentiva qualquer tipo de expressão de racismo ou preconceito, tendo os princípios da inclusão e convivência com a diversidade como norte da nossa prática pedagógica”, disse a escola em nota.

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Recapemanto da Hermes precisará de nova licitação

Com metade dos serviços já executados, a conclusão das obras de recapeamento das Avenidas Hermes da Fonseca e Salgado Filho será definida após nova licitação a ser realizada pela Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semov). Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (29), o secretário Tomaz Neto explicou que a pasta rescindiu o contrato então vigente com a Potiguar Construtora, responsável pela obra, por discordância com a proposta de realinhamento de preços apresentada pela empresa.

Empresas que se classificaram em licitação desistiram de recapear a avenida Hermes da Fonseca

Empresas que se classificaram em licitação desistiram de recapear a avenida Hermes da Fonseca

Com a rescisão, a Semov convocou as outras duas construtoras que participaram da licitação classificadas em segundo e terceiro lugares no processo, mas ambas não aceitaram assumir os trabalhos. Agora, a saída é iniciar um novo processo licitatório, que dura em média 45 dias, para escolher a nova empresa para concluir o recapeamento.

Tomaz Neto disse que a gestão municipal adotou as medidas possíveis para que a obra fosse concluída dentro da licitação já realizada, porém esbarrou na falta de interesse da empresa vencedora da obra. “Começamos os serviços em junho. Foi feito todo o trecho entre a Praça das Flores, em Petrópolis, até a Igreja Universal, em Lagoa Nova, no sentido Centro-Zona Sul. Essa medição custou algo em torno de R$ 1,181 milhão, sendo R$ 816 mil com recursos federais e R$ 360 mil com recursos próprios do Município. A nossa parte foi paga, mas o dinheiro do Ministério das Cidades só foi repassado em setembro. Nesse período, houve três reajustes no preço do asfalto e a empresa fez o pedido de realinhamento. Nós negamos e eles paralisaram a obra de forma irregular. Apresentamos notificações em 24 de setembro e 17 de outubro para eles retomarem a obra. Como não voltaram para o serviço, seguimos com o que a lei diz”, relatou o secretário.

Enquanto a segunda metade do recapeamento não é concluída, a Semov acordou com a Potiguar Construtora para que fosse feito um serviço de tapa-buracos ao longo do trecho restante. Assim, é possível reduzir os transtornos aos motoristas até que a obra seja retomada.

Inicialmente, os serviços de recapeamento das avenidas Hermes da Fonseca e Salgado Filho foram orçados R$ 3,016 milhões, mas com a interrupção da obra, a expectativa é de um acréscimo de pelo menos 17%. “Infelizmente tivemos esses contratempos, alheios à nossa vontade. Estamos finalizando a planilha de custos e estimamos que o novo valor salte para R$ 3,5 milhões”, prevê o secretário.
Além dessa avenida, a Prefeitura do Natal também pleiteia junto ao Ministério das Cidades R$ 18 milhões para recuperar 51 ruas e avenidas da cidade em 2019. A resposta do Governo Federal ainda não foi enviada ao Município.
83 ruas e avenidas devem ser recapeadas pela Prefeitura de Natal;
32 ruas e avenidas foram recapeadas nos últimos quatro anos;
51 ruas e avenidas devem ser recapeadas no próximo ano;
R$ 18 milhões foi o valor pleiteado pela Prefeitura de Natal junto ao Ministério das Cidades.
Coluna Versátil News

Aumento do limite de financiamento de imóveis começa a vigorar hoje

Agência Brasill

A elevação dos limites de financiamento de imóveis pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) começa a valer a partir de hoje (30). A medida estava prevista para entrar em vigor em janeiro, mas a antecipação foi definida durante reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Ontem (29), o CMN se reuniu em Brasília. Com a medida, os mutuários poderão financiar imóveis de até R$ 1,5 milhão com juros menores que as taxas de mercado, em todo o país.

São Paulo - Prédios (Agência Brasil/Arquivo)
Centro de São Paulo – Arquivo/Agência Brasil

Coluna Versátil News

Sergio Moro não descarta participar do governo Bolsonaro

O juiz federal Sergio Moro durante Fórum Estadão Mãos Limpas e Lava Jato Foto: Adriana Spaca / Agência O GloboO juiz federal Sergio Moro durante Fórum Estadão Mãos Limpas e Lava Jato Foto: Adriana Spaca / Agência O Globo

O Globo

O juiz federal Sergio Moro não descarta a possibilidade de aceitar um convite do presidenteeleito Jair Bolsonaro (PSL) para o Ministério da Justiça e aceitaria de bom grado a indicação para Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista na TV nesta segunda-feira, Bolsonaro afirmou que vai convidar Moro para ocupar uma vaga no Supremo ou o Ministério da Justiça.

A interlocutores, Moro afirma que a vantagem de integrar a equipe do presidente eleito seria afastar o temor de alguns setores da sociedade de algum tipo de quebra do Estado Democrático e de Direito.

A escolha do Ministério da Justiça, porém, o levaria para Brasília antes, já que a primeira vaga na Suprema Corte será aberta em 2020, quando o ministro Celso de Mello completa 75 anos.

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