No dia Nacional da Adoção, Prefeitura conscientiza sobre a importância do tema

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Neste dia 25 de maio é comemorado o Dia Nacional da Adoção. A data que também é instituída no calendário municipal e que foi comemorada no último dia 20/05, tem como objetivo conscientizar e estimular a reflexão sobre o ato de adotar e a realização do sonho de toda criança, que é ter uma família.

Em Parnamirim, o tema está inserido nas políticas de atuação da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), que fomenta o apoio a diferentes instituições que lidam diretamente com este tema. 

Um desses grupos é o ABRACE Parnamirim/RN. O grupo, que atua em parceria com o Ministério Público (MPRN) e a Vara da Infância e Adolescência, oferece apoio às famílias que desejam adotar e que estão passando pelo processo. 

Para Franklândia Fonseca, que é presidente do grupo, o tema da adoção é de suma relevância e tanto a data municipal, quanto a nacional, trazem o assunto para o centro do debate. 

“A lei municipal sobre adoção, traz em seu corpo, a responsabilidade de se falar sobre o tema no nosso município e termina tendo um leque aberto para discursos sobre adoção, abrindo espaços para discussão nas escolas e outras instituições”, destacou.

De acordo com a presidente do grupo, Parnamirim possui, atualmente, 85 pretendentes à adoção, além de duas casas de acolhimento, onde residem crianças em processo de destituição familiar.

Levantamento recente mostra um raio-x da adoção no Brasil e  o estado. De acordo com os dados, entre maio de 2015 e o mesmo mês de 2020, mais de 4 mil crianças e adolescentes foram adotadas no Brasil. No total, existem atualmente 5.026 crianças disponíveis para adoção e uma fila de 34.443 pretendentes cadastrados. 

O levantamento mostra ainda que do total de crianças adotadas no país, 51% tem até 3 anos de idade, 27% entre 4 e 7 anos, 15% entre 8 e 11 anos e apenas 6% são adolescentes maiores de 12 anos.

No estado os números são ainda menores. Entre 2019 e 2020, o RN registrou apenas a adoção de 45 crianças. A maioria tinha menos de 3 anos e apenas uma delas tinha mais de 15.

Segundo Franklândia Fonseca, esses números mostram o quanto ainda é necessário levar conscientização para as pessoas sobre a importância do tema, além do apoio àqueles que desejam adotar.

“O grupo ABRACE surgiu a partir da ideia de pessoas amantes da temática, pretendentes da adoção e pessoas que já adotaram. Nós criamos discussões sobre o processo de adoção, os mitos, medos e preconceitos. A ideia do grupo é fortalecer o tema no município, fazendo esse acompanhamento não apenas com os que desejam adotar, mas durante e o pós-processo, porque a adoção vai muito além e existem outros aspectos os quais devem ser levados em consideração, como o psicológico, o emocional e a adaptação à uma nova estrutura familiar”, completou a presidente.