A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres visitou, na manhã desta segunda-feira (04), as maternidades Leide Morais, zona norte, e Araken Irerê Pinto, zona leste de Natal. O objetivo das visitas foi fiscalizar a situação das maternidades e obter informações sobre o parto humanizado realizado no município. “A Frente Parlamentar vai realizar uma audiência, agora em setembro, para discutir sobre a saúde da mulher, por isso as visitas nas maternidades. Nosso objetivo é acompanhar in loco as instalações, conhecer as dificuldades e melhorar o que está ruim”, disse a vereadora Eudiane Macedo (SD).
Referência no quesito parto humanizado, a estrutura da maternidade Leide Morais causou boa impressão às vereadoras da Frente. “Saber que temos uma maternidade com nível excelente de estrutura e de organização, além de ótimos profissionais, nos deixa muito felizes, principalmente porque o momento do parto é o momento mais importante para a mulher”, afirmou a vereadora Nina Souza (PEN).
A maternidade possui 24 leitos, sendo 15 individualizados e até o mês de julho realizou 1007 partos normais e 633 cirurgias cesáreas. De acordo com Débora Viana, diretora interina, um dos grandes problemas na Leide Morais é o quadro de profissionais. “Alguns profissionais estão em tempo de se aposentarem, outros pediram exoneração por conseguirem outros empregos. Muitas vezes não conseguimos fechar uma escala por falta de funcionários”, explicou Débora.
“Podemos constatar que realmente a Maternidade Leide Morais é referência em estrutura e no acolhimento à mulher, além de prezar pelo parto humanizado. Verificamos também o problema, creio que inerente a todo o serviço público, que é a questão do pessoal. Muitas vezes o hospital fica à mercê das cooperativas que dão o suporte para fechar as escalas médicas. Uma solução para este problema seria a efetivação do concurso público da saúde”, disse a vereadora Júlia Arruda (PDT).
Em relação à maternidade Araken Pinto também foram observadas boas instalações além de um bom número de profissionais trabalhando. São 360 funcionários entre obstetras, enfermeiros, nutricionistas, pediatras, assistentes sociais, bioquímicos atendendo nos 23 leitos. “Conhecemos a estrutura da maternidade Araken Pinto e tomamos conhecimento que os leitos e os profissionais são suficientes para o número de partos realizados”, afirmou a vereadora Ana Paula (PSDC).
Outro dado verificado foi o alto número de cesáreas. Foram efetuados no mês de julho 92 partos normais contra 67 cesáreas. “O que me impressionou foi a quantidade de partos cesáreos equivalentes aos partos normais. Conversamos com a diretora que nos informou que haverá uma parceria com a maternidade Leide Moraes com o objetivo de divulgar mais informações sobre o parto normal, o parto humanizado, para que haja um incentivo e o número cresça”, concluiu a vereadora.