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O cantor Eduardo Costa está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais por suspeita de estelionato em uma negociação imobiliária.

O cantor teria trocado uma casa na região de Capitólio no valor de R$ 2 milhões, no sul do estado, por outra no Lago da Pampulha, em Belo Horizonte, avaliada em R$ 9 milhões. O restante, ele quitou com bens de luxos, como carros e barcos.

No entanto, os novos donos do imóvel alegam terem sido enganados pelo sertanejo. Isso porque o terreno, situado às margens do Lago de Furnas, é alvo de desapropriação pelo Ministério Público Federal desde 2013.

Em 2014, cerca de 240 construções em Áreas de Preservação Permanente da região foram notificadas pelo MPF com o risco de serem demolidas. Os proprietários garantem que não sabiam dessa situação e acusam Eduardo Costa de estelionato.

Procurada, a assessoria do cantor informou que as questões levantadas “estão em litígio judicial e não há a sentença transitada em julgado”. “Não há qualquer decisão judicial definitiva, seja com relação às questões cíveis e/ou de âmbito penal. A assessoria de imprensa do cantor Eduardo Costa, em respeito a seus fãs e admiradores, apenas esclarece que as acusações à sua figura pública são totalmente falaciosas, sendo certo que não foram colocados à tona os fatos realmente ocorridos”, diz a nota emitida pelos assessores.

A Polícia Civil de Minas Gerais também foi acionada, mas não se manifestou sobre o caso até a publicação desta nota.

Polêmicas em Capitólio

Essa não é a primeira vez que o cantor se envolve em problemas na cidade do sul de Minas. No ano passado, um áudio vazado traz Eduardo reclamando da segurança no antigo imóvel e pedindo para que o prefeito o ajude a comprar uma “casa top” na região de Escarpas do Lago, balneário de Capitólio.

— A prefeitura nunca me auxiliou, prefeito nenhum nunca chegou e falou: “Olha, Eduardo, vamos arrumar uma casa top para você, vamos arrumar um preço mais bacana para você”. Eu preciso que as pessoas me auxiliem e eu tenho o maior prazer de ajudar a região de Furnas, de Escarpas [do Lago], mas eu preciso que essas pessoas me auxiliem. Se esse povo se unisse e dissesse: “Vamos comprar uma casa para o Eduardo aqui, vamos dar um negócio top aqui”. Eles poderiam se juntar para me ajudar, mas ninguém quer fazer.

No fim, Eduardo admite que a Prefeitura de Florianópolis ofereceu a ele um imóvel em troca de ser uma espécie de garoto-propaganda da cidade e atrair turismo pra lá.

— Eu ganhei da Prefeitura de Florianópolis, do prefeito e de uma construtora, uma cobertura de frente para o mar, só que eu vou ter que morar lá por quatro anos, frequentar lá, fazer os programas de televisão lá porque eles querem turismo e eu posso levar isso para Escarpas [do Lago] também, só que eu preciso que me ajudem.

À época, Eduardo assumiu a autoria do áudio e se desculpou pelas declarações.