Desemprego cai para 12%, mas ainda atinge 12,8 milhões de brasileiros

O Globo

Depois de um começo de ano ruim para quem busca trabalho, o desemprego cedeu no segundo trimestre do ano. O número de pessoas que procura uma vaga caiu para 12,8 milhões, e a taxa para 12%. Os dados são da pesquisa Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira.

O levantamento considera tanto o mercado que contrata com carteira quanto o informal. A taxa veio em linha com a previsão dos analistas consultados pela Bloomberg, que projetavam desemprego de 12% no período.

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Se considerados, além dos desempregados, as pessoas que desistiram de procurar emprego diante da dificuldade de encontrar uma vaga, trabalhadores que fazem uma jornada semanal inferior a 40 horas e gostariam de trabalhar mais, e pessoas que procuraram vaga mas não estavam disponíveis para começar por razões diversas, como não ter com quem deixar o filho, é possível dizer que falta trabalho para 28,4 milhões de brasileiros. Esse grupo ficou estável em relação ao começo do ano, mas cresceu na comparação com o segundo trimestre de 2018, em 923 mil pessoas.

O número de desalentados, aqueles que desistiram de procurar vaga por falta de esperança, foi estimado em 4,9 milhões de pessoas e ficou estável nas duas comparações.

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O grupo de desempregados encolheu em 621 mil pessoas em relação ao começo deste ano e ficou estável na comparação com o segundo trimestre de 2018.

A população empregada cresceu nas duas comparações, somando 93,3 milhões de pessoas – mais 1,5 milhão de pessoas em relação ao trimestre anterior e mais 2,4 milhão na comparação como o mesmo período de 2018. Cresceu o número de trabalhadores com carteira, para 33,2 milhões de pessoas, mas o número de trabalhadores sem carteira também subiu, para 11,5 milhões de pessoas.

— Pela primeira vez, desde o início da recessão, em 2014, a carteira de trabalho desponta. É um movimento importante, principalmente porque metade das vagas geradas estão na indústria, que sempre é indicativo de entrada e saída da crise — explica Cimar Azeredo, diretor-adjunto de Pesquisas e coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.