Sesap destaca importância de ações no Dia Nacional de Combate à Tuberculose

O Brasil registra uma média de 73 mil casos anuais de tuberculose. Já o Rio Grande do Norte, em 2020, notificou 1.465 casos de todas as formas clínicas da doença, com os maiores números em Natal, Mossoró e Parnamirim.  Em 2019, o RN registrou 1.597 casos do agravo.

Em alusão ao Dia Nacional de Combate à Tuberculose, 17 de novembro, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT), reforça a importância das ações educativas e informativas junto à população. Prevenção contra a doença, diagnóstico precoce e o incentivo ao tratamento adequado das pessoas diagnosticadas com o agravo estão entre as pautas para o combate à doença. Além disso, ações fundamentais como palestras em salas de espera, fixação de faixas e cartazes informativos, concessão de entrevistas em rádios locais, entre outras ações, tem como intuito o esclarecimento para a população sobre a tuberculose.

É importante ressaltar que o programa estadual acompanha a ocorrência de casos, desde o diagnóstico até a cura, estimulando a busca ativa de suspeitos para o diagnóstico precoce, realizado prioritariamente por meio do Teste Rápido Molecular, equipamento que detecta a presença do M. tuberculosis no organismo, além de mostrar o padrão de resistência à Rifampicina, um dos principais fármacos do arsenal terapêutico utilizado para o tratamento.

O Programa Estadual apoia as unidades de saúde para que intensifiquem suas ações nesse dia de mobilização nacional, para dar visibilidade ao tema da tuberculose e divulgar os serviços, salientando o seu empenho em ofertar assistência qualificada para os doentes e seus contatos, esclarecendo aos usuários sobre a doença, seus sinais e sintomas e como obter o tratamento, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Outro ponto destacado pelo programa consiste na necessidade de um olhar ainda mais atento por parte dos profissionais de saúde e também das pessoas em geral nesses tempos de Covid-19, já que as duas doenças têm sintomas em comum, como tosse, febre, cansaço/fadiga e dificuldade de respirar. “Divulgar a tuberculose, mostrando seus sinais e sintomas, bem como onde se pode obter ajuda para identificar e tratar os doentes, é o caminho para combater o estigma que cerca a doença e diminuir os coeficientes de incidência e de mortalidade, não só na população geral, mas também naquelas que apresentam algum grau de vulnerabilidade, como a população privada de liberdade, portadores de HIV, crianças e idosos”, disse Valéria Nepomuceno, responsável técnica do PECT.

Sintomas e tratamento

A Tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível por via aérea, ou seja, ocorre a partir da inalação de aerossóis, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. Na TB pulmonar, o principal sintoma é a tosse (seca ou produtiva). Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório (pessoa com tosse por três semanas ou mais) seja investigado para a Tuberculose. Há outros sinais e sintomas, além da tosse, que podem estar presentes, como febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga, entre outros.

O tratamento dura seis meses, sendo acompanhado pelos profissionais de saúde, por meio de consultas, exames e dispensação do tratamento medicamentoso regularmente.