Futurista analisa a tendência technology supercycle e destaca o papel das skills na nova era

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Soft Skills estão no centro do equilíbrio entre Inteligência Artificial, Ecossistemas Conectados das Coisas e Biotecnologia

 

Inteligência Artificial (AI), Ecossistemas Conectados das Coisas e Biotecnologia são, segundo a futurista Amy Webb, em sua palestra no South by Southwest (SXSW), as principais marcas do technology supercycle

Capaz de transformar a economia e toda a forma como a sociedade se organiza, a futurista afirma que esse superciclo tecnológico é um novo período de expansão, e que os líderes da atualidade ainda não sabem o que fazer e tampouco agir diante desse fenômeno, comportando-se então baseados no medo e impulsos do fear of missing out (FOMO).

De acordo com Webb, os ecossistemas conectados migrarão de large language models para large actions models, ocupando cada vez mais o dia a dia do indivíduo. Para a especialista, a IA ainda precisa ser pensada a partir do problema fundamental em seu modelo, enquanto a biotecnologia será a responsável por mover a tecnologia, fechando a tríade do superciclo tecnológico.

Para o futurista e speaker Borja Castelar“no final de contas, toda essa tecnologia paradoxalmente nos tornará mais humanos do que nunca. É indispensável que tenhamos atenção ao capital humano, conscientes de que existe um ‘verso e reverso’ de formação, onde os atores envolvidos se moldam e complementam. Sendo assim todas as características que nos “tornam” humanos, ganham destaque nesse superciclo”, explica.

Motor de uma nova revolução para a humanidade, o superciclo tende a remodelar a existência humana que, mesmo em meio aos sentimentos de Fear, Uncertainty e Doubt (FUD), encontrará formas de se ajustar e modelar.

“Ao que tudo indica, vamos viver um ‘novo renascimento’ humano. Temos que encarar todas essas mudanças como aquelas que a internet nos trouxe a partir do seu surgimento em 1969. Devemos olhar para essas mudanças com esperança, não com medo, e por isso precisamos nos preparar mais tecnicamente, desenvolver mais skills associadas às habilidades sociais e estimular o mesmo em nossas equipes”afirma Borja Castelar.

Fato é que a Geração T – ou seja, a geração atual de transição –, experimentará e precisará ter atenção, ferramentas e/ou estruturas para avaliação das mudanças sobre a sociedade e economia, além de atualizações constantes e contínuas.

“Nós somos uma geração de transição, exatamente como aqueles agricultores analfabetos que tiveram que migrar do campo para a cidade para aprender e trabalhar. Somos marcados por revoluções e conseguimos lidar bem com essas mudanças, É claro que toda transição gera insegurança, surpresas, apreensão e ansiedade. Mas nós somos resultado de 8 milhões de anos de evolução, não vamos colapsar agora”, conclui Borja.