Polícia ouve mais de 40 pessoas, mas espera laudo para concluir apuração sobre morte de jovem abusada em UTI

G1 GO

Técnico em enfermagem é suspeito de estuprar paciente de 21 anos na UTI de hospital — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Foto: Divulgação

A força-tarefa da Polícia Civil que investiga morte da jovem abusada na UTI de um hospital de Goiânia informou que já concluiu a fase de depoimentos, ouvindo mais de 40 pessoas. Agora, o delegado aguarda laudos do Instituto Médico Legal (IML) para concluir o inquérito. O técnico em enfermagem Ildson Custódio Bastos está preso e responde por estupro, mas nega o crime.

A estudante universitária Susy Nogueira, de 21 anos deu entrada no hospital com uma crise convulsiva. Na madrugada do dia 17 de maio, imagens mostram que ela foi abusada por um técnico em enfermagem. O profissional foi demitido do hospital e preso no dia 29 do mesmo mês.

“Foram mais de 40, quase 50 pessoas, entre funcionários do hospital, da UTI, os pais dela, outros médicos que já acompanharam ela em outros momentos da vida. Os depoimentos conversem para a mesma versão, que ela chegou em estado grave e teve um tratamento correto. Depois de constatado o abuso, ela continuou sendo atendida de maneira normal”, contou o delegado Washington da Conceição.

Ele contou ainda que aguarda laudos do IML que vão confirmar a causa da morte da jovem para definir qual vai ser a conclusão do inquérito. Porém, não há um prazo para que esses documentos fiquem prontos.

“Preciso disso para saber o resultado da morte, porque posso enviar o inquérito falando algo e, quando o laudo chegar, mudar tudo. Vou pedir também à Justiça uma prorrogação do prazo para a conclusão, justamente para aguardar os laudos”, disse o delegado.

O advogado da família, Darlan Alves Ferreira, disse que um legista foi contratado para analisar as imagens da câmera que ficava no leito da UTI em que Suzy estava. O objetivo é fazer uma análise de como ocorreram os atendimentos enquanto a jovem esteve na UTI, apurar se houve alguma irregularidade e tentar esclarecer se causa da morte da universitária é a mesma apontada pelo hospital.

G1 tentou contato por telefone com o advogado, mas as ligações não foram atendidas para saber se o profissional já tem um laudo sobre o caso e se ele será encaminhado à Polícia Civil.